Caminhar Contra A Luz romance Capítulo 59

Assim que Máximo ouviu que era Alma, seu tom tornou-se imediatamente respeitoso:

"Senhora, para ser sincero, o Diretor Hurst realmente não está. Recentemente, o Grupo Hurst está num momento crucial do grande projeto de casas de repouso. O Diretor Hurst e a Srta.… estão participando de coletivas de imprensa, entrevistas com jornalistas e também de algumas reuniões sobre planejamento de terrenos. Ele realmente não está na empresa."

Alma respondeu:

"Entendi."

Máximo não havia mentido para ela.

O motivo pelo qual Dante e os outros souberam que o projeto do Grupo Hurst era igual ao dela era justamente porque, a partir de hoje, o Grupo Hurst anunciaria publicamente o início oficial do projeto de casas de repouso.

Depois de desligar, Alma permaneceu sentada no escritório.

Ficou ali a tarde toda.

Ela pensava em como poderia entrar em contato com Oliver o mais rápido possível.

Até que anoiteceu.

Alma pegou novamente o telefone fixo e discou diretamente para o telefone da casa de Oliver.

Pensou que, mesmo que Oliver não saísse para vê-la, ela precisaria esclarecer tudo pelo telefone.

Isso não poderia ser adiado.

Logo alguém atendeu.

"Alô, boa noite, aqui é uma empregada da Família Hurst, com quem gostaria de falar?" A voz feminina ao telefone lhe pareceu um tanto familiar.

Aquela voz parecia ser da nova empregada que, certa vez, ela vira sair com uma cesta na manhã seguinte, depois de esperar Alina do lado de fora da casa da Família Hurst durante toda a noite.

"Olá, eu sou… Alma." Alma declarou diretamente.

Ela pensou em se apresentar como Sra. Hurst, mas, ao lembrar que os empregados da Família Hurst nunca a tratavam como esposa, desistiu.

Também cogitou dizer que era mãe de Alina, mas, ao lembrar que Alina nunca a reconhecia como tal, desistiu novamente.

No fim, decidiu dar apenas seu nome.

"A senhora é a dona?" A empregada perguntou respeitosamente.

Alma ficou em silêncio.

"Dona, a senhora… é mãe da princesinha?" Embora Alma não tenha respondido, a voz da empregada soou cheia de surpresa e alegria.

A voz de Alma saiu rouca e embargada:

"Já não sou mais… mãe dela."

Ela queria desesperadamente saber o que a mãe diria.

"Não tem nada a ver comigo." O tom de Alma era frio.

A empregada olhou para Alina.

As lágrimas de Alina caíram ainda mais.

"Por favor, pode me dizer aonde Oliver foi? Quando ele volta?" Alma desviou do assunto de Alina e foi direto ao ponto.

"Eu também não sei ao certo, parece que nestes dias a empresa está comemorando com a Srta. Sequeira, então haverá algumas festas, por isso o senhor está chegando tarde todos os dias. Mas não sei exatamente onde são essas festas." A empregada respondeu honestamente.

"Entendi, obrigada." Dito isso, Alma desligou.

"Dona…" A empregada ainda queria contar mais sobre a princesinha, mas Alma não lhe deu essa chance.

Ao desligar, ela olhou para a princesinha, que chorava copiosamente, parecendo uma criança de cinco anos completamente desamparada.

"Minha mãe é mesmo muito ruim, Dona Mafalda!" Alina chorava de forma extremamente sentida.

Dona Mafalda ficou em silêncio.

Ela já tinha visto a senhora preocupada com Alina, guardando sozinha na porta da Família Hurst durante toda a noite. Não importava o medo na solidão da madrugada, naquele frio que quase congelava uma pessoa. Naquele dia, a senhora vestia-se tão leve que até as roupas estavam do avesso.