Caminho traçado: uma babá na fazenda romance Capítulo 2

Caminho traçado: uma babá na fazenda update Capítulo 2 A fuga

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— Aurora, acorda! — Minha mãe gritava em meu quarto.

— Ainda são cinco da manhã, não é minha hora de sair. — Falei assustada, olhando as horas no relógio do celular.

— Você não vai sair hoje, Alice está com febre, você ficará com ela, porque Sandro sozinho não consegue dar conta dela doente.

— Mas fiquei de encontrar a Isa hoje.

— Na próxima semana você a encontra, Alice é mais importante. — Disse não se importando com o que falei.

— Mãe é que…

— Escuta aqui. — Ela já veio para cima de mim, segurando meu pescoço. — Você vai ficar olhando sua irmã e não sairá do quarto dela para nada, entendeu?

— Entendi — Minha resposta saiu como um sussurro, por falta dor ar que faltava em meus pulmões, porque suas mãos apertavam forte meu pescoço.

— Não quero você e o Sandro conversando nada que não seja sobre a Alice. Nada de gracinhas, menina!

— Parece que a senhora gosta mais dele do que de mim.

— Não é hora de discussão nem drama, vá para o quarto dela e deite lá do lado da cama.

— A senhora quer que eu me deite no chão? — Sabia que minha mãe não gostava mais de mim e me maltratava como e quando podia, mas sempre que falava algo, ainda me assustava com tanta frieza vindo de sua boca.

— Se não quer dormir, vá passar as roupas dela que lavou ontem, não se esqueça de separar por cor ao guardar, se não, fica difícil de achar as peças depois.

Saiu do quarto sem esperar resposta. Levantei e coloquei minha roupa, super composta. Nada de shorts ou algo que desenhasse meu corpo e fui para o quarto da minha irmãzinha. Alice tinha dois anos, era um doce de menina, claro, porque eu a criava assim. Sempre nos demos bem, eu a amava muito. Desde que nasceu, fui eu que cuidei dela, dei seu primeiro banho, acompanhava nas consultas mensais ao médico.

Minha mãe e o Sandro também a amavam, mais do que tudo no mundo, eles dariam a vida por ela se preciso. O cuidado que não possuem comigo, tem de sobra com ela, o que me deixava de certo modo aliviada, pois quando ir embora saberei que ela será bem tratada.

Entrei no quarto de Alice e ela estava coberta, dormia, mas sua cara era de dor. Logo medi sua temperatura, dei remédio e me deitei ao seu lado, sabia que minha mãe não voltaria a entrar no quarto antes das sete, hora que levantaria para se arrumar e ir ao trabalho.

Amanheceu, minha mãe já havia ido trabalhar, Sandro veio ver Alice duas vezes pela manhã.

Agora são uma e meia da tarde, ainda não almocei. Alice parecia melhor, a febre havia ido embora e ela já comia tudo que eu oferecia. Ela havia acabado de dormir, então fui para a cozinha comer algo, pois estava morrendo de fome. Sandro estava em pé frente à pia, bebendo água.

— Cadê a Alice? — Perguntou num tom ríspido.

— Acabou de dormir, a febre já passou. — Respondi sem o encarar.

Comecei a servir o meu prato e me lembrei de Isa, talvez agora que Alice esteja melhor, poderia sair e me despedir dela. Na minha inocência, pedi permissão ao meu padrasto.

— Sandro. — Ele me encarou. — Já que a Alice está melhor, posso sair um pouco? É que tinha um compromisso hoje.

Capítulo 2 A fuga 1

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