Casada à Força: Jogo Proibido nas Chamas romance Capítulo 122

Ela tinha dezenas de motivos para não dizer a verdade.

"Entendeu errado?" Antônio franziu o cenho, o olhar gélido refletia claros sinais de desagrado. Num movimento brusco, virou-se e a prensou sob seu corpo, impondo-lhe uma sensação sufocante. "Acha que eu sou capaz ou não?"

Stella ficou paralisada, com uma expressão como se tivesse sido atingida por um raio, imóvel, refletindo sobre a absurda pergunta daquele homem.

O que aquilo significava?

Havia algumas marcas de batom vermelho vivo na camisa de Antônio, como espinhos que, num instante, feriram os olhos de Stella. Seu rosto, antes corado, perdeu a cor, e seu olhar se tornou subitamente frio. Ela respondeu com indiferença: "Se você é capaz ou não, deveria perguntar a Srta. Alves. Ela é quem pode responder melhor."

O homem fixou nela os olhos escuros, sem entender direito o que queria dizer.

Stella estava completamente rígida, sem ousar mover um músculo, sofrendo debaixo do peso do homem sobre ela.

No quarto escuro e apertado, sobre uma cama estreita, o rosto da mulher era puro gelo, como se estivesse sendo forçada a algo que não queria.

Ela estava recusando aquele homem, sem a menor hesitação.

Na testa de Antônio, veias saltavam com intensidade, a expressão bonita tomada por um tom sombrio. O que ela pensava? Achava que ele a tomaria daquela maneira? Não. Ele a respeitaria, esperaria até que ela aceitasse de bom grado.

Antônio não era nenhum monstro, pensou. Não iria devorá-la, e muito menos forçá-la movido por impulso. De que ela tinha medo?

Antônio murmurou, a voz carregada de irritação e com um tom de comando: "Olhe para mim. Diga: eu sou tão assustador assim?"

Os olhos de Stella traíram seu coração; ela estava apavorada com aquele homem. Em seus olhos claros havia pânico. Segurava com força a camisa de Antônio, os dedos tão tensos que chegaram a ficar esbranquiçados. "Sim... tenho medo, medo que você me queira à força."

Ao ouvir isso, Antônio franziu ainda mais a testa, o rosto bonito tomado por uma sombra escura. "Droga, por que você me rejeita? Casar comigo foi tão ruim assim para você?"

Stella virou o rosto, como se estivesse prestes a desistir de qualquer resistência, tranquila e silenciosa como um gato domesticado, aguardando o carinho do dono.

O olhar de Antônio pousou nos lábios rosados de Stella, e, num ímpeto, ele se abaixou e a mordeu com força. "Tão desobediente... Nenhuma mulher jamais ousou me rejeitar. Você é a primeira. Não vou perdoar."

Sem cerimônia, seus lábios tomaram posse de tudo nela.

Não! Stella sentiu uma dor aguda e o calor da respiração daquele homem...

Detestava aquilo, ele não podia tratá-la assim. Mas Antônio já tinha perdido o controle, não pretendia soltá-la. A força com que a segurava era tão grande que parecia querer esmagar seu ombro, e o beijo, movido por raiva, não tinha qualquer traço de delicadeza.

Stella chorou. Antônio, de repente, percebeu algo errado e a empurrou para longe. Ao olhar, viu que ela sangrava em vários pontos do corpo, marcas de suas mordidas.