Casados à Primeira Vista romance Capítulo 72

Charlie não era repreendido pelo pai desde a infância e culpou o Kevin e a Karen pelo que tinha acontecido.

Se não fosse pelas artimanhas de Kevin, a Família Yaleman não ia cooperar com a Innovative Tech assim, do nada. Além disso, ele não poderá ficar envergonhado no banquete de caridade da Rovio Incorporation Inc.

Charlie cerrou os punhos e amassou o jornal, descontando no papel a raiva que sentia de Kevin.

"Charlie, o que aconteceu?" Na verdade, Kristine já sabia o que tinha se passado, mas fingiu não saber de nada.

Todos os homens gostam de mulheres inocentes.

Por isso, Kristine tentava se passar por uma mulher obediente e inocente quando estava perto de Charlie.

Charlie estava furioso mas, quando viu Kristine, foi como se tivesse visto um raio de esperança. Forçando um sorriso, ele perguntou: "Quando você vai se encontrar com a Karen?"

"Combinamos de almoçar juntas hoje ao meio-dia." Respondeu Kristine, sorrindo gentilmente, mas incomodada com o fato de Charlie estar pensando em outra mulher.

"Você é tão maravilhosa. Ainda bem que tenho você ao meu lado." Charlie foi até ela e a abraçou. "Vamos."

Kristine o segurou e disse: "Charlie, pode ser que ela me dê ouvidos em certos assuntos, mas se você estiver junto comigo..."

Na verdade, Kristine tinha subornado as pessoas mais próximas de Charlie e sabia de todos os passos dele nos últimos tempos.

Ela sabia muito bem que Charlie ainda não tinha conseguido se aproximar de Karen. Perto dele, Karen era fria como o gelo.

Só Kristine sabia o verdadeiro objetivo do seu encontro com a Karen e Charlie não podia ir com ela ou arruinaria o seu plano.

Kristine chegou cedo ao restaurante e pediu alguns pratos que Karen gostava.

Kristine ficou esperando Karen no restaurante perdida em lembranças do seu passado.

Quando Kristine tinha oito anos e Karen seis, elas se mudaram para uma casa nova com o pai e conheceram Charlie, então com dez anos.

Seu pai pediu que ela fizesse amizade com o jovem mestre da família Gook para combater a infelicidade do rapaz.

Kristine se lembrava constantemente das palavras do pai. Daquele momento em diante, sempre que o Jovem Mestre Charlie estava por perto, ela o tratava com gentileza e devoção.

Karen, sendo mais nova, nunca se importou com as instruções do pai, chegando até a morder Charlie em uma briga.

O que ninguém imaginava era que, depois da mordida, a amizade deles fosse crescer e que Charlie seria sempre muito gentil com Karen, inclusive defendendo-a de qualquer um que a importunasse.

Naquela época, Kristine não entendia porque o Charlie era tão legal com a Karen.

Ela sempre fazia tudo por ele, mas ele não dava valor à ela.

Seu pai queria que ela se aproximasse de Charlie, na torcida de que ela pudesse conquistar o coração dele e se tornasse nora da família Gook no futuro.

Entretanto, Charlie só tinha olhos para Karen. Não importava aonde ele fosse, Karen estava com ele e Kristine era sempre deixada para trás.

Os anos se passaram e eles cresceram.

O pai de Kristine tentou instruí-la para que ela fosse a esposa perfeita para o Charlie no futuro.

Ele chegou até a matriculá-la para estudar economia dos Estados Unidos, para que ela estivesse preparada para um dia entrar na família Gook.

Depois de dois anos nos Estados Unidos, Kristine recebeu a notícia de que Charlie estava noivo de Karen.

Ele era o príncipe encantado dela, o homem com quem seu pai disse que ela se casaria. Por que ele estava noivo de Karen?

Ela só precisava se formar e voltar para casa, para assumir a posição de noiva do Charlie.

Mas, tão longe de casa, ela recebeu aquela notícia que despedaçou o seu coração.

Naquele momento, sentiu como se o céu estivesse caindo sobre ela, como se fosse o fim do mundo, e seu coração doeu tremendamente.

O coração só parou de doer quando conheceu seu novo amor, por quem se sentiu atraída desde a primeira vez que o viu.

Ela nunca tinha visto um homem tão elegante e educado antes, além de ser um colírio para os olhos.

Kristine perguntou dele para vários conhecidos e descobriu que ele estava fazendo mestrado em finanças na Universidade de Harvard e se chamava Matthew Kyle. Fora isso, não sabia mais nada sobre ele.

Um tempo depois, eles se encontraram em uma conferência da universidade e fez com que ele prestasse atenção à ela.

Finalmente, teve a chance de falar com ele. Ela tomou a iniciativa correr atrás dele e mandar e-mails até que eles começaram a namorar.

Por ele ser muito ocupado e quase nunca dar as caras, durante o namoro eles só saíram juntos duas vezes.

Uma dessas vezes foi em um evento da universidade e a outra após ela tomar a iniciativa de convidá-lo para comer fora, mas ele foi embora antes mesmo de beber uma xícara de café.

Apesar de terem namorado por dois meses, eles nunca tinham sequer andado de mãos dadas.

Talvez ele nem se lembrasse dela.

Se não se importava nem um pouco com ela, por que ele aceitou o pedido de namoro?

Talvez ela fosse a única que se importasse com o relacionamento.

Desde que voltou para casa, ela nunca mais o tinha visto.

No entanto, entre um homem bonito e elegante e um homem com poder, ela preferia um homem com poder. Charlie, da família Gook, sempre foi o homem com quem ela queria se casar.

Karen estava ocupada com seu trabalho como design no dia em que a irmã voltou dos Estados Unidos, então Kristine pediu para Charlie ir buscá-la. Naquele dia, Charlie repediu a novidade para ela.

Karen sempre estava muito ocupada com seus estudos e trabalho e raramente tinha tempo para o Charlie ou para o seu relacionamento, o que era motivo constante de reclamações dele.

Kristine sabia que a sua oportunidade estava se aproximando.

Ela queria interferir no relacionamento deles e teve uma ideia.

Ela sempre passava mal com o calor do verão. Com isso em mente, Kristine fingiu desmaiar nos braços de Charlie.

As faíscas se acendem quando um homem e uma mulher estão em contato um com o outro. Naquele dia, eles foram para um hotel antes de voltarem para casa.

Charlie queria passar cada vez mais tempo com Kristine, mas sempre a chamava pelo nome da Karen. Kristine não se importava, era ela que estava deitada abaixo dele e não a Karen. Ela venceu.

Karen sempre esteve tão ocupada com estudos e trabalho e agora podia continuar ocupada. Kristine fazia as coisas que a irmã não estava disposta a fazer.

Quando experimentamos certas coisas algumas vezes, essas coisas se tornam um hábito.

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