Casamento Impulsivo romance Capítulo 61

O ônibus estava retornando ao centro da cidade, já eram três da tarde.

Bárbara Barroso tentou ligar para Kelvin Martins, mas ele não atendeu.

Depois de um tempo, ele respondeu com uma mensagem curta que dizia apenas: "Ocupado".

Bárbara franziu a testa, sentindo-se desanimada.

"Barbie, o que houve?" Janete Wolff viu sua expressão e perguntou preocupada.

Bárbara disse: "Nada, só estou pensando em ir ao hospital visitar minha avó."

"Eu vou com você," disse Janete, "também faz tempo que não vejo a vovó, será bom ir juntas. À propósito, você está com pressa de voltar para casa? Se não estiver, podemos jantar juntas esta noite! Eu mal comi no almoço, fiquei tão constrangida ao ver Nilo Oliveira que nem consegui me servir direito."

"De quem é a culpa? Você que fica fazendo suposições. Agora nem sei como encarar o Gerente Oliveira," Bárbara respondeu, entre risadas e reprimendas.

Janete mostrou a língua, envergonhada, e disse: "Como eu ia saber que estava errada? Mas se não foi o Gerente Oliveira, quem terá sido então a mexer com o Júlio Ortega?"

"Deixa pra lá, não é algo para nos preocuparmos. Estou livre à noite, então decide onde vamos comer!"

"Já sei! Abriu um novo restaurante do lado oeste da cidade, o irmão do meu vizinho é o gerente. Ele me deu um cupom de 50% de desconto. Dizem que é um lugar bem chique, e mesmo com desconto, não é barato. Mas trabalhamos duro e merecemos nos tratar bem de vez em quando, então que tal irmos lá?"

"Está bem!" Bárbara concordou com um aceno.

Todos os custos do hospital da avó estavam sendo cobertos por Kelvin.

Bárbara soube através de um médico que Kelvin havia pago um ano de despesas antecipadamente.

Assim, ela não precisava se preocupar com dinheiro por um tempo e poderia gastar seu salário como quisesse.

Embora Kelvin também tivesse dado a ela um cartão adicional, dizendo que ela poderia usá-lo para comprar o que quisesse.

Mas ela preferia não usar, temendo que ele se arrependesse. Afinal, as despesas médicas da avó já eram consideráveis, ela não queria gastar ainda mais do seu dinheiro.

"Não, mas eu não gosto de ver outras pessoas usando a mesma roupa que eu. Eu gostei tanto deste vestido que decidi comprar todos os tamanhos e destruir os que não me servem. Assim, ninguém mais vai ter um igual," a garota disse, virando-se para Janete com arrogância.

Janete, sem palavras, apenas pensou: "É muita estupidez e dinheiro sobrando."

A moça a olhou com desdém e zombou: "E daí que eu tenho dinheiro? Se você tiver coragem, pague o dobro do preço e eu deixo você ficar com ele."

"Ah, como se eu fosse gastar como você," Janete revirou os olhos.

Como se ela fosse provocada a gastar mais, isso estava fora de questão. Ela não era tola a ponto de gastar o dobro em um vestido.

"Não é questão de ser tola, é que você não tem dinheiro. Se não pode comprar, não deveria nem entrar em lojas assim, desperdiçando o tempo dos outros," a moça retorquiu, zombando.

Janete se irritou e respondeu: "Quem disse que não temos dinheiro? Talvez não possamos comprar todos os vestidos, mas temos dinheiro para um. Como você pode julgar os outros sem saber nada?"

"Se tem dinheiro, então escolha qualquer um e compre. Mostre do que você é capaz," a moça desafiou, levemente.