Casamento Impulsivo romance Capítulo 649

Helena chegou à casa de Bráulio, que estava se preparando para sair.

"Tá indo para a delegacia ou para o treino de capoeira tão cedo?" Helena zombou dele.

Bráulio respondeu devagar: "Vou para a empresa."

Helena deu uma risadinha: "Com esse rolo todo na obra, e você, o chefe, não sabe de nada? Ainda tem cabeça pra ir pro escritório?"

Bráulio disse: "Já sei o que aconteceu na obra e não esperava por isso. Já dei ordem ao responsável para colaborar totalmente com a polícia, fiz minha parte como cidadão, o que mais você quer que eu faça?"

"Eu não acredito que você não sabia das coisas que o Lúcio estava aprontando", Helena questionou.

Bráulio ficou sério: "Acredite ou não, eu realmente não sabia. Ele ajudou na licitação, mas achei que fosse só por interesse próprio, não imaginei que fosse perder a cabeça desse jeito. Se eu soubesse antes, teria avisado a polícia para salvar os inocentes."

"Não se faça de bonzinho, você e ele são farinha do mesmo saco. Fico só curiosa se você também acredita nessas coisas", Helena provocou.

Bráulio deu um passo à frente, olhando-a profundamente: "Se eu acreditasse em milagres, não pediria vida eterna nem riquezas, só pediria... que você se apaixonasse por mim."

"Então você tá perdido, mesmo que existissem milagres, seu desejo não seria realizado."

Helena respondeu encarando-o com firmeza.

Bráulio deu um sorriso amargo.

Ela não parecia nem um pouco envergonhada, sem um pingo da timidez que uma mulher deveria ter nesse momento.

Pelo visto, realmente não gostava dele nem um pouco, por isso não se envergonhava.

"Eu não posso ajudar no que você quer saber. Na licitação, sim, o Lúcio me ajudou, mas foi por interesse próprio. Quanto à pessoa que vocês querem investigar, não conheço e nunca vi, o Lúcio que fez as conexões. Lamento, mas você não vai conseguir nenhuma informação valiosa de mim."

"Se você é tão inútil assim, eu vou embora."

Helena virou-se para sair.

"Além de querer informações valiosas, eu realmente não sou nada importante para você?"

Bráulio sentiu uma onda de emoções e a segurou pelo braço, pressionando-a contra a parede enquanto questionava.

Helena respirou fundo, o que isso tinha a ver com o Kelvin?

Havia muitas razões para ela não gostar dele, e nenhuma delas tinha relação com Kelvin. Queria explicar, mas estava cansada de dar explicações.

"Me solta."

Ela empurrou-o com força e levantou o joelho para atingi-lo em um ponto sensível.

Por sorte, Bráulio conhecia bem suas manhas e recuou dois passos a tempo de desviar.

Helena ergueu a sobrancelha com satisfação e foi embora sem olhar para trás.

Bráulio fechou os olhos por um momento.

Ela não negou, então parecia que ainda não tinha superado Kelvin.

"Que dia azarado, não consegui nenhuma pista do Bráulio e ainda tive que ouvir um monte de besteira." Helena reclamou ao telefone com Nilo depois de sair do elevador.