CAPITULO 7
Mayara Gomez
Aqueles corredores nunca pareceram tão longos, embora a bela decoração com tons diferentes de azul, e é dourado, e fita discreta nas laterais, fossem lindas, eu já imaginava que não poderia esperar boa coisa dessa conversa com o médico.
— Bem! Preciso conversar com vocês, pois fizemos muitos exames na Sra. Belém Gomez, e tudo indica que ela está com câncer de mama. Eu sinto muito dar a informação desta maneira, mas vocês precisam estar cientes que a partir de agora precisamos correr contra o tempo. Preciso de vários outros exames para confirmar qual o tipo de câncer que ela tem! Sabem, se ela nunca fez nenhum exame do tipo? — perguntou o médico.
— Não fez, a gente nunca teve condições para isso! Mas, não diga essas coisas, Doutor! Como assim! Ela pode morrer? — o meu pai pergunta, preocupado.
— Calma Senhor Matias, hoje em dia existem vários tratamentos para isso. Apenas precisamos nos apressar em fazer os exames, para começar os tratamentos o quanto antes! — o Dr. responde.
— Como vamos pagar por isso, Doutor? Deve ser tudo muito caro! — o meu pai diz.
— Pai, o que eu recebi na fazenda, dá pra fazer os exames, daí a gente aguarda pra ver o que poderemos fazer quanto ao pagamento do tratamento.
Ele assente, com os olhos marejados. Consegui uma autorização para ver a minha mãe antes de ir. Preciso voltar para a fazenda ficar com os meus irmãos, o meu pai ficará com minha mãe no hospital até ela terminar os exames, e vermos as novas recomendações do médico.
Chego em casa com o Senhor Luiz, ainda bem que ele tem nos ajudado, mas ainda não faço ideia de como conseguirei o dinheiro para o tratamento da minha mãe. Tamirez ao me ver vem correndo:
— May! May! Você precisa ir a fazenda do Sr. Taylor! Ele esteve aqui e parece que aconteceu alguma coisa por lá. Pediu pra que fosse assim que chegasse!
— Nossa, o que será? Estava tudo bem na hora em que saí de lá...
Mal termino de falar e a Louise chega, contando que um cavalo pulou a cerca e se machucou muito. Preciso ir logo, peguei tudo que vou precisar e saio rápido caminho a fazenda Taylor.
Quando chego vou direto aos estábulos ver quem foi o arteiro que se aventurou. Logo descubro que foi o “Serelepe”! Dei este nome a ele, por achar ele agitado, ele é marrom escuro, com uma estrela branca, marchador.
— Aron! Amanhã cedo precisamos descobrir o que fez o Serelepe pular a cerca, algum motivo tem. Ele é um cavalo agitado, mas nunca fez isso antes, até aonde eu sei!
— Sim Mayara, também pensei nisso. Pode ficar tranquila que amanhã vou verificar isso.
Aplico a anestesia para começar os procedimentos. Serelepe machucou a pata, e pelo pré - exame que fiz, não chegou a quebrar, mas saiu do lugar. Então darei anestesia para colocar no lugar novamente, ele é um cavalo bom, e aceita os meus cuidados facilmente.
— Aron! Preciso que se certifique que ele não se levante, pelo menos até eu chegar amanhã. Vou lá falar com o Billy agora, e explicar tudo certinho pra ele! — digo, e ele assente.
Entro na sala, aonde o Billy está me esperando.
— Sente Doutora! — ele diz elegantemente.
— Obrigada Billy! Bem! Já cuidei do Serelepe! Ele não chegou a quebrar a pata, então eu anestesiei e coloquei no lugar, coloquei um faixa provisória. Pelo menos até amanhã, preciso que se certifique que ele não se levante. Já pedi ao Aron para ficar de olho. — explico para o mordomo.
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