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Casamento por contrato romance Capítulo 9

CAPITULO 8

Ricardo Taylor

Aproximo-me devagar, e consigo ouvir uma parte da conversa:

— Realmente estou muito desanimada hoje Billy! A minha mãe foi diagnosticada com câncer de mama! Eu não sei ainda como vou fazer para pagar o tratamento… os exames eu consegui pagar com o cheque que me deu mais cedo, mas não sei o que fazer! Se demorar, o tratamento pode não fazer efeito e…

— Calma senhorita! Posso pedir ajuda ao Sr. Taylor…

— Nem pense nisso, Billy! Ele não precisa ajudar com nada, eu apenas trabalho para ele e não pretendo pedir-lhe dinheiro algum!

Fico numa bolha de pensamentos neste momento, mas decido entrar na sala. Não consigo ouvir mais, se fosse com o meu pai, ou a minha mãe eu estaria péssimo, nem gosto de imaginar o que ela está passando.

Ela fala algumas coisas dos cavalos, mas nem consegui reclamar hoje, espero que ela fique bem. Decido pedir ao Billy para levar ela em casa, não quis que fosse embora sozinha.

Quando ele volta, decido pedir a opinião dele, explico o que tem acontecido nas empresas Taylor's, e a ideia que o meu primo deu e logo digo:

— Acha que isso daria certo, Billy? Mayara seria esta pessoa ideal?

— Não posso afirmar que sim patrão, a respeito se daria certo! Mas no caso de decidir por fazer isto… desculpe-me a intromissão, mas acredito que a senhorita Mayara seria perfeita! Ela tem o que a maioria das mulheres que o senhor se envolveu não tem: caráter, orgulho, boa família, e acima de tudo, um bom coração! A pergunta é… como vai convencê-la? — questiona.

— Você sabe que ela precisa de dinheiro para o tratamento da sua mãe, eu ouvi parte da conversa que teve com ela, posso oferecer muito mais que isso, posso deixar ela muito bem financeiramente, e será apenas um contrato por um ano, só terá que fingir estar realmente comigo para as pessoas, pois não pretendo contar a ninguém sobre isso. Precisa parecer real!

— Não acredito que será fácil patrão! Mas, podemos tentar convencê-la, provavelmente ela faria qualquer coisa pra salvar a mãe! — diz ele.

— Ouvindo isso parece-me muito egoísta da minha parte, mas preciso dela, e preciso de uma razão pra ela aceitar este contrato. Mas também sou humano, e se mesmo assim ela não aceitar, o tratamento da sua mãe eu irei pagar de qualquer forma. — digo.

Ele assente, e eu vou para o escritório. Vou redigir o contrato e deixarei pronto para amanhã, já tenho os dados dela, então facilitou pra mim. Espero que ela aceite, caso contrário, não saberia o que fazer, e voltaria a estaca zero.

Acordo cedo, estou muito ansioso. Estou prestes a tomar uma decisão muito importante, mas independente disso fico tranquilo em saber que é ela, e não consigo entender porquê. Tenho medo dela não aceitar por vergonha, por eu andar em uma cadeira de rodas, mas não acredito que esse seja o caso. De qualquer forma, os empregados continuarão me auxiliando e ela não precisará se preocupar com isso.

Aprendi a me locomover com mais facilidade, agora até consigo uma certa velocidade na cadeira, não dependo tanto de Billy. Me aproximo dos estábulos e a vejo de costas, ela nem percebe que cheguei, está muito concentrada cuidando do cavalo machucado. Está praticamente de joelhos para examiná-lo.

É realmente difícil não notar as curvas dela, aquela cintura enlouqueceria qualquer um! Aquela bunda perfeita que me desestabiliza! Só pode ser uma brincadeira comigo! "Mas o que estou pensando? Preciso me concentrar!"Penso, pois isso será apenas negócios, e não posso misturar as coisas.

— Não se preocupe querido! Já está quase curado! E não seja mais sapeca se aventurando novamente! Eu acho que sei o porque de você pular a cerca, mas não quis arriscar. Mas logo saberemos não é? Você vai me contar ! Hum? — Mayara conversa com o tal “Serelepe”, como ela o nomeou.

— Também tem o hábito de conversar com cavalos? — pergunto assustando a moça, que cora ao me ver, e se levanta, com o seu vestido rodado, pinck escuro.

— O conselho não ficou nem um pouco feliz com minha vinda para Lá Plata, e exigem que eu me case para continuar na presidência, ou os acionistas vão exigir que alguém deles assuma a presidência das empresas dos meus pais. E eu nada poderei fazer se não me casar. — fico em silêncio.

— Meus parabéns Sr. Taylor! Quando será o seu casamento? — pergunta, já querendo se levantar, mas interrompi.

— Depende... quando fica melhor para você? — digo quase infartando.

Ela fica branca. Por um segundo penso que vai desmaiar.

— Co... como é? Eu não entendi! — pergunta quase sem voz.

— Muito simples! Tenho uma proposta: quero que se case comigo, mas será por contrato! Ficará por um ano como minha esposa, mas será apenas de fachada! Para todos seremos um casal, mas dentro de casa, terá o seu quarto e fará o que quiser! Te peço apenas fidelidade nesse período! E como minha parte do acordo, te farei muito bem financeiramente, terá tudo que quiser! — expliquei, mas ela parecia pasma.

— O senhor enlouqueceu? Ouviu tudo que está falando? Eu não posso aceitar uma coisa dessas! — diz um tanto horrorizada.

— Pense Mayara! Não precisa me responder hoje! Leve o contrato se preferir, e leia com calma, se quiser mudar alguma coisa me diga e verei se podemos negociar. Não se preocupe, que enquanto for a minha esposa te tratarei como tal, e terá meu total respeito, e cuidarei de você e sua família. Ouvi quando disse ao Billy ontem, que a sua mãe está doente, e não anda bem! Posso ajudar!

— Estou um pouco sem ar, posso voltar pra casa? — perguntou.

— Sim! Apenas leve o contrato! — peço.

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