CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 126

Ao ver Alice Silva surgir na entrada e, em seguida, relembrar as palavras de Renata, não foi difícil deduzir a causa e o efeito.

Eduardo estreitou os olhos, e a temperatura de seu olhar era gélida, indiferente ao extremo.

Ele não demonstrou raiva, mas sua ira era palpável ao apertar a mão de Renata com uma força crescente, quase violenta: "Foi você quem a chamou?"

A dor aguda se espalhou do braço de Renata por todo o seu corpo, e ela não pôde evitar um leve sibilar de dor, mas antes mesmo que pudesse se libertar, Eduardo soltou sua mão.

Ele abaixou a cabeça, seu olhar caindo sobre o pulso avermelhado da mulher, "Desculpe, por um momento não controlei minha força."

Embora a postura de Eduardo naquele momento fosse cortês e ele até se desculpasse por machucá-la, o que soava mais sincero do que a desculpa perfunctória na porta do estúdio, Renata instintivamente se afastou dele.

Pois sua aparência não era diferente daquelas personalidades obsessivas das novelas, e se ele colocasse óculos com aros dourados finos, seria a imagem perfeita do erudito depravado, um psicopata assassino.

"Já que foi você quem a trouxe, então cuide de dispensá-la."

Renata chamou Alice Silva, prevendo que Eduardo não a deixaria ir facilmente, como poderia agora simplesmente seguir sua ordem e mandá-la embora?

"Você..."

"Renata." Alice Silva interrompeu a discussão dos dois, que pareciam desconsiderar a presença de qualquer um.

Ela estava pálida, seu corpo esguio tremendo ligeiramente, como se tivesse sofrido uma grande humilhação, um misto de tristeza e raiva estampado em seu rosto, "Eu e Eduardo não nos falamos há muito tempo, você não precisa me humilhar dessa maneira."

Ela olhou para Eduardo, indiferente, com um sorriso de desdém, "Mesmo que eu não tenha vergonha, não perseguiria um homem que não tem interesse em mim, tornando-me um incômodo."

A expressão de Eduardo mudou repentinamente, tornando-se sombria e séria, seus lábios se apertaram enquanto olhava para Alice Silva com um olhar frio e um aviso implícito.

Renata observava claramente de lado, pensando, mais uma vez, um casal envolvido em um relacionamento complicado onde não se falam claramente, e ela era evidentemente usada como um meio para provocar ciúmes.

Que situação... lastimável!

O que será que ela teria feito em uma vida passada para merecer isso nesta vida, tendo que lidar com esses dois?

Renata, sem muita energia, disse: "Que tal você entrar para eu poder aconselhá-los?"

Vamos ver qual é o problema que não podem superar, fazer um relacionamento parecer tão cansativo, quem não sabe poderia pensar que existe algum ódio mortal envolvido.

Alice Silva: "Não é necessário."

Eduardo: "Saia."

Ambos falaram ao mesmo tempo, um com um sorriso frio, o outro com ferocidade.

Alice Silva tinha os olhos vermelhos e, com uma reviravolta decidida, se virou para sair, mas depois de alguns passos, ela se virou novamente, "Já que estou aqui, deixe-me esclarecer uma coisa. O convite foi uma iniciativa do meu agente, já que recentemente estou considerando entrar no mundo do entretenimento, e ela quis criar publicidade para mim, o que levou a este mal-entendido. Eu já a repreendi, e isso não acontecerá novamente, desculpe."

Dessa vez, ela saiu sem olhar para trás.

Renata também queria ir embora, mas antes que pudesse se mover, Eduardo percebeu, e com um tom ameaçador disse: "Fique para jantar comigo, depois eu te levo para casa. Se você quiser dormir aqui hoje à noite, pode fazer o que quiser."

Renata olhou para a silhueta do homem caminhando em direção ao jantar, e por um momento não conseguiu conter sua empatia, achando-o de certa forma digno de pena, com dinheiro, poder, boa aparência e físico, mas infelizmente apaixonado por alguém tão difícil quanto Alice Silva, quase uma tortura não corresponder aos seus sentimentos profundos.

"Você tem certeza de que consegue comer na minha presença? Ou devo ir buscar ela para você?"

Buscar era impossível, no máximo poderia trazê-la de volta à força.

Eduardo, no entanto, olhou para ela com um olhar frio e penetrante, "Você ainda está sob a identidade da Sra. Adams, vai trazê-la de volta para que os jornalistas possam criar histórias falsas e manchar a reputação das pessoas?"

Não foi um impulso de momento de Renata revelar sua identidade ao Sr. Luís. Durante todos esses anos, ela não conseguiu encontrar informações sobre a morte de sua mãe. Ela até suspeitou que poderia ter sido um acidente, mas seu avô estava convencido de que sua mãe havia sido assassinada. Depois de muitos desvios, ela descobriu que, antes de seu acidente, sua mãe tinha aceitado um trabalho de restauração de um quadro.

Aquele quadro, que ainda não havia sido restaurado antes da morte de sua mãe, desapareceu após ela falecer.

Se o inimigo estava nas sombras, então ela se colocaria à vista de todos.

Renata não sabia se isso teria algum efeito, afinal, o caso tinha dez anos de idade e, mesmo se houvesse alguma conspiração, tudo já teria se resolvido.

Mas, sem nenhuma pista, essa também era uma abordagem.

Ela queria usar a rede de contatos do Sr. Luís para espalhar a notícia de que era filha de Marta nesse círculo.

Sr. Luís: "Ela..."

Ele abriu a boca e demorou mais de dez segundos para continuar: "Como sua mãe morreu?"

Renata compartilhou a causa da morte de sua mãe, suas suspeitas e as pistas que havia coletado ao longo dos anos.

Sr. Luís franziu a testa, discordando: "Se sua mãe estiver olhando por nós do céu, ela certamente não gostaria que você corresse perigo. Não, eu não posso deixar você se arriscar. Eu preciso cuidar de você por ela. Podemos investigar isso em particular; sempre haverá pistas."

Renata: "Meu avô ainda estava preocupado em encontrar o assassino de minha mãe antes de morrer. Não posso decepcioná-lo."

"Vamos planejar isso com calma", decidiu Sr. Luís. "Você primeiro torna a sua identidade como Nata pública. Quando você tiver uma posição mais alta neste círculo, talvez outras pistas apareçam."

'Nata' tinha alguma fama no círculo ao longo dos anos, mas como Renata era muito discreta, quase ninguém conseguia contato direto com ela, o que significava que, apesar de sua competência, apenas um pequeno grupo de pessoas estava ciente.

"Aquele documentário teve uma ótima resposta. Desta vez, Diretor Maio quer fazer um reality show com pessoas comuns e me perguntou se poderia convidar você. Usar sua aparição para promover o programa seria um ótimo impulso para a fama. Esta é uma excelente oportunidade..."