CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 160

Eduardo ergueu os olhos para olhar para ele, com uma frieza indiferente e disse: "Você comprou todos os ingressos??"

Vinicius: "……"

"Apenas se divorciou e já está tão ansioso para levar a sua nova companhia para conhecer a família?"

Vinicius não respondeu, optando pelo silêncio.

Durante o voo, a atmosfera na primeira classe era fria, havia um senso de urgência como se espadas estivessem desembainhadas e bestas engatilhadas.

Depois do avião pousar e o telefone de Renata voltar a ter sinal, ela viu a mensagem do tio, dizendo que estava no aeroporto para buscá-la.

Lucas Soares era conhecido por ser um marido dominado, e a tia, uma mulher cujos olhos só viam dinheiro, assim, ao longo dos anos, as duas famílias mantiveram basicamente uma relação de trocar mensagens em feriados e datas festivas.

Ela tinha ligado para o tio com antecedência, mas era apenas por uma questão de cortesia para visitar o túmulo do avô; ela já tinha reservado um hotel antecipadamente.

Renata respondeu com um 'ok' para o tio e se levantou para seguir a multidão para fora, passando pela primeira classe, onde todos os outros assentos já estavam vazios, exceto por duas pessoas que ainda estavam confortavelmente sentadas.

Um era Vinicius, o outro era... Eduardo?

Renata franziu a testa: "O que você está fazendo aqui?"

"Seu o tio não te disse?" Eduardo levantou-se, esticando o braço para pegar na sua bagagem: "Ele me convidou para passar o Ano Novo aqui."

Havia mais pessoas atrás e Renata não quis se prolongar, então se apressou a sair.

Assim que saiu da aeronave, ela correu para alcançá-lo: "Eduardo, nós estamos divorciados, porque foi à casa dos meus parentes para os festas do final de ano?"

"Estou te atrapalhando?" Ele lançou um olhar para Vinicius, que seguia atrás deles.

Renata, irritada, disse: "Sim, então você deve reservar o seu voo de volta agora."

"Essa conversa você quem deve ter com seu tio, afinal, foi ele quem me convidou."

"…"

Assim, a rara iniciativa do tio de buscar alguém no aeroporto não era para ela, mas sim para receber Eduardo!

Renata não deu mais atenção a Eduardo. Afinal, ela ficaria no hotel nos próximos dias, e depois de homenagear o avô, voltaria para o RJ, sem grandes interações com ele.

Quanto a Vinicius, que estava ali para homenagear o avô dela, era um convidado, e ela deveria ser hospitaleira.

Então, Renata se aproximou de Vinicius e perguntou: "Você já reservou um lugar para ficar?"

"Não, não conheço bem acidade, vou dar uma olhada por aí e encontrar um hotel para me instalar."

Renata tirou o telefone e perguntou: "Que tal eu reservar um quarto para você no hotel onde estou? É muito bem localizado, na área mais movimentada da cidade nos últimos dois anos, e você pode passear por aí se quiser."

Ela mostrou ao Vinicius as fotos reais na seção de comentários do hotel sem estrelas que havia reservado, não certa se ele se acostumaria com o lugar, e mencionou: "Há também um hotel de luxo por perto, mas não há hotéis cinco estrelas por aqui, se você preferir..."

"Não precisa, vamos ficar neste mesmo, parece bom."

Nesse momento, todos os outros passageiros já tinham desembarcado, deixando apenas os três no corredor. A voz de Renata soava clara aos ouvidos de Eduardo à frente.

O rosto do homem estava tenso, os lábios finos pressionados em uma linha reta, com os cantos da boca para baixo.

Renata e Vinicius foram buscar as suas malas, e ao olharem para trás, não viram mais Eduardo. Ela não se importou.

Quando eles desceram do carro, a tia os recebeu com entusiasmo: “Renata, já faz três anos que você não vem, não é? Seu tio e eu esperamos por vocês como quem espera pelas estrelas e pela lua. Finalmente, o nosso desejo se realizou!"

Renata olhou para o rosto radiante de Paola, que estava quase florescendo em sorrisos: "Tia."

Há três anos, esse rosto não era tão acolhedor. Naquela época, quando ela tinha ligado para pedir dinheiro emprestado ao tio, quem atendeu foi Paola, com uma expressão de desdém e repulsa, dizendo: "Com tantas dívidas, mesmo vendendo o seu tio você não conseguiria cobri-las. Melhor não voltar para a Cidade Y, para não nos envolver. O dinheiro que temos é para a educação do seu primo!"

Paola então voltou sua atenção para Eduardo: "Eduardo, deve estar cansado da viagem, né? Você nunca veio a Cidade Y antes. Este lugar modesto não se compara ao RJ. Caio, rápido, ofereça um cigarro ao seu cunhado..."

Ela falava quando notou a presença de Vinicius, vestido de maneira elegante e presumiu que ele fosse amigo de Eduardo: "E ao amigo dele, um cigarro."

Felipe Soares se aproximou com os cigarros, um jovem recém-formado na universidade e ainda um pouco inexperiente nas interações sociais.

O grupo entrou no restaurante e a família do tio cercou Eduardo, enquanto Renata, a verdadeira familiar, parecia a mais deslocada. Até Vinicius, que era completamente de fora, estava mais incluído, já que Paola pelo menos ocasionalmente o envolvia na conversa.

A mesa reservada ficava no segundo andar e era o pico do horário de almoço. Quando eles chegaram, o elevador já estava cheio de pessoas e, com a adição do grupo de seis, estava sobrecarregado.

Paola disse: "Renata, você pega o próximo, deixe os convidados subirem primeiro."

Renata respondeu: "Tudo bem."

Ela realmente não queria pegar o mesmo elevador que Eduardo.

Vinicius interveio: "Eu espero com você."

Ao dizer isso, sua mão tocou acidentalmente a de Renata, e ele franziu a testa. No segundo seguinte, segurou a mão dela e perguntou: "Por que tem a mão tão fria?"

Eduardo viu claramente esse gesto, e seus olhos se fixaram nas mãos entrelaçadas dos dois, sua expressão se congelando visivelmente...