CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 232

Alfonso ergueu uma sobrancelha: "Tsc."

Embora eles nunca tivessem participado pessoalmente em uma atividade de team building, eles tinham visto tal evento, onde jogos que requerem cooperação em equipe são sempre parte essencial do processo.

"É a primeira vez que o Vinicius participa de uma atividade coletiva desse tipo, ele parece bastante entusiasmado. Depois, eu também farei com que..."

Ele foi interrompido no meio da frase quando Eduardo, que estava ao seu lado, de repente começou a andar rapidamente, tão rápido que não pôde ser detido.

Renata pretendia apenas passar pelo processo sem muita preocupação, se eles perdessem, que assim fosse, mas os colegas de equipe estavam ansiosos, incentivando-os: "Segure firme, não deixe cair, só falta essa última parte."

"Grupo A vai vencer, força Grupo A, Renata, Gerente Gomes, conseguir ou não o bônus de quinhentos reais para cada um depende de vocês, mantenham-se firmes."

Contagiada pelo ânimo deles, Renata involuntariamente corrigiu sua atitude derrotista, sentindo um senso de honra de cooperação em equipe que nunca havia experimentado antes. Ela nervosamente alinhou a ponta do seu canudo com o de Vinicius, e então juntos tentaram transferir o chaveiro de um lado para o outro. O canudo era muito macio e qualquer descuido poderia dobrá-lo sob o peso do chaveiro.

Quanto mais próximo do sucesso, maior a tensão.

O clima estava agradável naquele dia, e o salão não tinha ar condicionado, fazendo com que as palmas das suas mãos e suas costas ficassem cobertas de suor.

No entanto, justo quando ela concentrou toda a sua atenção e finalmente conseguiu transferir o chaveiro para o canudo de Vinicius, seu braço foi subitamente puxado por alguém, forçando-a a recuar alguns passos.

'Clang'.

O chaveiro de metal caiu no chão, produzindo um som claro.

Os gritos e incentivos ao redor cessaram de repente, e a atmosfera animada do local foi como se tivesse sido pausada, todos olharam chocados para as duas pessoas que haviam irrompido no espaço.

Os braços esquerdo e direito de Renata foram agarrados, à direita por Eduardo, à esquerda por Rafael, dois homens com personalidades e temperamentos completamente diferentes, mas naquele momento, suas expressões faciais eram surpreendentemente idênticas, frias e intimidadoras.

Vinicius retomou sua postura e tirou o canudo da boca, "Estamos em uma atividade de team building, pessoas não relacionadas, por favor, saiam, ou não me culpe por chamar a segurança para retirá-las."

Antes eram três mulheres em um drama, agora são três homens em um, e ainda por cima um drama de artes marciais cheio de ação e perigo, onde um descuido poderia resultar em ferimentos acidentais.

Vinicius franziu a testa, sua expressão sombria: "Eduardo, você passou dos limites."

As sobrancelhas de Eduardo se arquearam em desdém, um desdém nascido de uma fúria extrema: "Desde quando você, uma flor de lótus, tem direito de se meter nos meus assuntos com ela?"

Ela era o retrato da flor de lótus, com uma fachada suave e magnânima, ostentando a nobreza de um cavalheiro que parecia desdenhar as trivialidades mundanas. No entanto, era mais astuto do que os buracos do caule de lótus, e ele não tinha dúvidas de que o encontro de hoje tinha as digitais de Vinicius por toda parte.

Rafael, que estava ao lado, mantinha-se agora silencioso como um frango, com uma expressão de quem estava alheio ao que acontecia, como se não tivesse sido ele quem, com o rosto fechado, arrastou Renata para longe de Vinicius. Mas por dentro, ele torcia com entusiasmo para os dois homens à sua frente, que pareciam prestes a sair no tapa: um maçarico e uma ostra, que se enfrentassem logo, de preferência de um jeito que ambos ficassem no chão, incapazes de se levantar.

Os olhos de Vinicius se estreitaram levemente: "Minha funcionária está sendo importunada por alguém que não tem nada a ver com isso, eu certamente tenho o direito de intervir. E quanto a você, um ex-marido, que negócios ainda teria com ela?"

Eduardo, com uma expressão gelada, assim que terminou de falar, agarrou o pulso de Renata e a arrastou para fora. Sua ação foi tão inesperada que todos os presentes, inclusive Renata, não conseguiram reagir a tempo.

Renata tropeçou e deu dois passos para segui-lo: "Eduardo, para onde você está me levando?"

O homem, com uma voz grave e dentes cerrados, murmurou três palavras: "Cartório de Registro Civil."