CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 251

Renata ainda estava sentada sem se mover, enquanto Viviana já tinha saltado para o lado e virado alguém pelo braço, "Rafael, seu desgraçado, não combinamos que bastava eu perguntar? Eu faço a pergunta na frente e você me trai por trás, e a Renata ainda pensa que estou conivente contigo, pronta para ser enganada."

Renata, a quem chamaram de vaca, ficou em silêncio.

Rafael afastou a mão de Viviana, puxou a cadeira ao lado de Renata e sentou-se com autoridade: "Claro que para conquistar uma mulher tem que ser pessoalmente para mostrar sinceridade. Pronto, você já fez a minha apresentação, pode ir agora. Vá até a rua ao lado e compre uma marmita para levar, à noite eu te pago."

Viviana olhou para ele com fúria: "Então não seria melhor você perguntar sozinho?"

"Você não entende, um homem aparecer sem motivo muitas vezes é irritante, então precisa de uma oportunidade. Você já criou a atmosfera, agora claro que eu tinha que aparecer."

"..."

"E você sabe por que era popular mandar cartas de amor através de amigos na escola, em vez de abordar a pessoa diretamente?"

"Por quê?"

"Se for rejeitado, não é embaraçoso. Finge que não sabe e continua tentando na próxima vez."

Com os dentes cerrados, Viviana fez um gesto de concordância relutante: "Quanto à cara de pau, ainda é você o campeão."

Ela virou-se para sair, mas Rafael a chamou de volta, "Estou brincando, você acha mesmo que eu ia mandar você comprar marmita na rua ao lado? Não sou tão rápido em descartar os outros. Sente-se, o garçom já está trazendo o pedido."

"Não é porque você ainda não se livrou de mim?" Viviana sentou-se com um sorriso sarcástico, "Porque assim que eu for, Renata vai repetir a rejeição, quer apostar?"

Agora foi a vez de Rafael fazer o gesto de concordância: "Quando se trata de entender, ainda é você, a melhor amiga."

Renata realmente pensava assim, por isso não impediu Viviana de ir embora. Discutir assuntos pessoais na frente dos outros nunca é bom, mas segurar também não é bom.

Ela e Rafael tinham dez anos de amizade e não queria que isso estragasse tudo. Algumas coisas precisam ser esclarecidas logo: "Rafael..."

Rafael interrompeu-a: "Eu estava sentado de costas para você e até ouvi você suspirar, não precisa repetir."

Viviana, embora não quisesse se intrometer nos assuntos amorosos da amiga, como chefe dos fãs de casais fictícios, ver o protagonista destruindo a relação era brutal e doloroso: "Renata, já que não tem ninguém ao seu lado, deixa ele te perseguir. Você é tão bonita, seria anormal não ter nenhum pretendente. Além disso, amor só surge com o convívio..."

"Srta. Viviana..." Ela estava tentando secretamente arranjar um encontro para Rafael, quando de repente ouviu uma voz aguda atrás dela. Ela se assustou e virou-se para ver Nicolas parado atrás dela com uma expressão amarga: "Srta. Viviana, você aceitou os quinhentos mil do Sr. Adams para arrumar um par, deveria pelo menos garantir o pós-venda, não é? Isso tudo aconteceu tão rápido, e você já está arranjando outro par? Se isso se espalhar, quem vai querer contratar seus serviços no futuro?"

Viviana olhou confusa para o homem atrás de Nicolas: "?? Eduardo, aqueles quinhentos mil não eram dinheiro para mudar de assunto? Desde quando virou dinheiro para arranjar casamentos? Não difame minha reputação."

Além disso, ela nem pretendia aceitar, mas como não podia devolver, foi forçada a aceitar.

Eduardo estava vestido com um terno preto, usando uma gravata que só se usa com roupas formais, seu rosto estava extremamente sério e imponente, seu olhar pousou sobre Renata, parecendo sombrio e inacessível, e era impossível ver a figura dele abraçando um coelho e falando sozinho no apartamento dela na noite anterior.

Ele disse: "O dinheiro para calar a boca não é dado pelos familiares da mulher? Ao aceitar, você não está reconhecendo que eu sou um parente dela?"

Viviana: "..."

Não só Renata, mas até mesmo Eduardo não pôde evitar franzir a testa, "Você estava fazendo bico em um clube masculino na noite passada? Por que está falando de um jeito tão estranho?"

Ele se sentou na cadeira que Nicolas havia puxado e, como a mesa era redonda, assim que levantou os olhos, encontrou-se com Rafael.

Rafael soltou um 'tsk': "Hoje em dia, casar-se com uma esposa realmente não é fácil, ter que competir com outros já é ruim, mas ter que competir com chiclete é ainda pior."

Eduardo levantou levemente as pálpebras, era a primeira vez que ele jantava em um restaurante barulhento como aquele, e seu humor certamente não era dos melhores, suas palavras eram afiadas: "Se eu fosse você, certamente teria vergonha de sentar aqui, já disseram que não gostam de você e ainda assim você insiste em ficar, nem sei quem é o verdadeiro chiclete."

Ele havia chegado a tempo de ouvir o comentário de Rafael e pôde facilmente adivinhar o contexto.

Viviana ficou chocada: "Eu errei nas palavras que disse antes, a sorte no amor dos outros é como flores de pessegueiro, mas a sua é como um cacto, todos com espinhos, seria melhor se livrar deles o quanto antes, caso contrário, tenho medo que você seja picada até a morte antes de eles decidirem quem ganha ou perde."

Renata levantou-se e foi até a recepção, eles não podiam ver aquele lugar de onde estavam sentados e pensaram que ela havia ido ao banheiro. Não demorou muito e Viviana também partiu, deixando Rafael, Eduardo e Nicolas, três homens, sentados à mesa, irritados uns com os outros.

Claro, o campo de batalha era principalmente entre os dois primeiros, Nicolas era apenas um número a mais, agindo como se fosse invisível.

Dez minutos depois, Nicolas não aguentou e disse: "A jovem senhora não poderia ter ido embora diretamente, poderia? Oh, parece que a jovem senhora realmente foi embora diretamente."

A primeira parte ainda era uma pergunta, mas a segunda já era uma afirmação, porque ele já tinha visto Renata.

Ela e a Srta. Viviana, cada uma com uma sacola de comida para viagem, caminharam em direção ao banco do parque do outro lado da rua.