CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 254

Vinícius percebeu imediatamente que algo estava errado com Renata e, quando ela estava prestes a correr para longe dele, rapidamente agarrou sua mão: "O que aconteceu?"

Não muito longe, ao ver que Renata olhava em sua direção, Nicolas disse nervosamente: "Parece que a senhorita viu o senhor."

Este tipo de comportamento poderia ser considerado espionagem.

Eduardo franzia a testa: "Não, ela não está olhando para mim."

Assim que terminou de falar, viu Renata se soltar da mão de Vinícius e correr rapidamente em direção a uma área menos movimentada.

Eduardo ordenou a Nicolas: "Intercepte-a."

Vinícius ficou atordoado por um momento e também começou a segui-la, mas havia muitas pessoas na rua e Renata, movendo-se habilmente entre a multidão, logo se misturou e desapareceu de vista.

O olhar de Renata seguia a figura esguia que não estava muito longe; a mulher tinha altura média, cerca de um metro e sessenta e cinco, movendo-se rapidamente pela multidão como um peixe, ocasionalmente revelando metade de um rosto lateral que era intimamente familiar para Renata, com uma pulseira de jade no pulso e usando um cheongsam bem ajustado ao corpo.

Nos dias que antecederam a morte de sua mãe, essa mulher costumava visitar sua casa frequentemente, Renata costumava vê-las sentadas no jardim conversando, e elas falavam durante toda a tarde, parecendo ter uma relação muito próxima. No entanto, ao contrário das pessoas da Família Gomes, que foram se distanciando lentamente, ela desapareceu instantaneamente sem deixar vestígios.

Após a morte de sua mãe, essa mulher nunca mais apareceu, nem mesmo compareceu ao funeral.

As ruas estavam movimentadas e a mulher rapidamente se perdeu na multidão. Justo quando Renata começava a se sentir desanimada, ela avistou novamente a silhueta da mulher.

Depois de algumas repetições dessa sequência, as duas gradualmente atravessaram a multidão e se dirigiram para as bordas da área turística. O barulho e a agitação foram deixados para trás, e à frente havia uma pequena área de estacionamento iluminada apenas por duas lâmpadas incandescentes de baixa potência. Provavelmente porque o estacionamento estava cheio e era a hora mais movimentada da rua famosa na internet, ninguém saía e nenhum outro carro conseguia entrar, então o lugar parecia particularmente quieto e desolado.

A mulher foi diretamente para o fundo do estacionamento. Renata desacelerou, hesitando entre seguir ou não—

Ela queria seguir porque tinha encontrado alguém com uma conexão com sua mãe e talvez pudesse descobrir algo sobre o passado com ela, mas não queria seguir porque seu sexto sentido fortemente lhe dizia que havia perigo.

Especialmente porque a mulher claramente já estava dentro do carro, mas o veículo ainda não tinha começado a se mover.

Após alguns segundos de hesitação, Renata decidiu virar-se e ir embora.

Ela tinha saído às pressas no impulso de ver uma pessoa conhecida, mas, depois de se acalmar, também percebeu que a mulher claramente estava atraindo-a; caso contrário, com tanta distância e tantas pessoas entre elas, se não fosse intencional, então ela teria tido muita sorte.

Renata veio à cidade A para trabalhar e não esperava se deparar com essa situação; ela não estava preparada para nada e nem sequer tinha uma arma de defesa consigo. Seguir dessa maneira imprudente não era apenas arriscado para obter informações, era se colocar na posição de ser presa fácil.

Não é coragem enfrentar perigos sem ter certeza da segurança; é estupidez.

Se essas pessoas estavam tentando atrair Renata e não conseguiram dessa vez, certamente planejariam outra tentativa.

Percebendo as intenções de Renata, as pessoas escondidas começaram a ficar impacientes. Embora sequestrar alguém em uma rua movimentada fosse arriscado, eles preferiam ser capturados pela polícia a falhar na missão e serem repreendidos pelo chefe.

No entanto, antes que pudessem interceptar Renata, foram impedidos por outra pessoa.

Ao ver claramente quem estava diante deles, suas expressões mudaram de cor, e um medo involuntário apareceu em seus olhos, que foi rapidamente suprimido ao lembrar do rosto gentil e amável do chefe.

...

Vendo que ela não falava, Eduardo apertou os lábios, abaixando um pouco a voz: "Se você pode vir, por que eu não poderia? Ou será que o Vinicius comprou essa área toda?"

Dava para sentir o cheiro de ciúme até do outro lado da rua.

Renata ainda precisava encontrar Vinicius, ela tinha saído correndo sem dizer uma palavra, e agora ele com certeza estava preocupado. Além disso, embora estivesse passeando, ela tinha um propósito, passou mais tempo olhando para os edifícios do que para as barracas na rua, era quase como se estivesse trabalhando: "Tudo bem, então continue com sua viagem, eu tenho que ir."

"Para onde? Procurar o Vinicius? Você não consegue ficar longe dele?" Eduardo segurava a mão dela firmemente, "Se não consegue manter a calma, então esquece, e você nem consegue acompanhá-lo. Se realmente houvesse perigo antes, até ele te encontrar, você provavelmente já estaria em uma mesa de autópsia na delegacia. Um homem que não tem reação ou velocidade suficiente, é só para enfeitar?"

Não se sabia se era porque os dois eram rivais no amor ou porque a língua afiada de Eduardo estava ainda mais afiada hoje, mas Renata sentia que ele estava particularmente mordaz ao falar de Vinicius.

"...... Ter uma língua venenosa é uma doença, você deveria se tratar, antes que um dia acabe se envenenando."

"Eu só estou tentando mostrar a você a realidade. O que adianta ter um rosto bonito e um bom temperamento? Toda vez que você está em perigo, ele não está lá, um homem é só para ficar olhando?"

Apenas em termos de aparência, ele não era inferior a Vinicius, mas as garotas parecem ter um filtro natural para um bom homem quando se trata de um estudioso gentil, sentem-se seguras e pensam que ele seria um bom marido: "Vamos fazer uma aposta, para ver se o Vinicius consegue te encontrar em dez minutos."

"Não estou interessada."

Ela nem estava com Vinicius, por que tantas exigências?

Eduardo ignorou completamente sua recusa: "Se você perder, vai ter que me acompanhar para comer alguma coisa."