CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 293

Renata levantou-se e saiu sem esperar a concordância de Tereza, e quanto a Eduardo, depois de um breve olhar inicial, ela não voltou a fixar os olhos nele, tratando-o como se não existisse.

Quando ela mencionou 'seu namorado', os olhos de Eduardo se estreitaram subitamente, refletindo um brilho sombrio.

Ele se levantou e seguiu Renata rapidamente.

Embora a mulher não tivesse as pernas tão longas quanto as dele, ela correu, e quando Eduardo saiu, já não podia vê-la.

Com o rosto fechado, ele se dirigiu em direção à escadaria.

No salão privado, apenas Tereza permanecia, tendo dispensado o mestre de chá e os atendentes mais cedo. Ela olhou para a entrada vazia, pegou a xícara de chá de Eduardo, que estava praticamente cheia, e a bebeu de uma só vez.

Eduardo interceptou Renata no corredor entre o segundo e o primeiro andar. Ele segurou sua mão e a puxou para si, dizendo: "O que está dizendo? Até para ter ciúmes é preciso discernimento, não pode sair associando qualquer mulher a mim."

Não se sabe se era por causa do ambiente do salão de chá, mas havia chá por toda parte e o aroma permeava o ar. Renata sentiu o cheiro de chá que parecia vir de Eduardo.

Ela tentou empurrá-lo, mas o barulho que faziam já havia atraído a atenção dos atendentes lá embaixo.

Renata disse: "Estamos em público, não me puxe assim, me solte."

"Então, comporte-se, não fuja e pare de imaginar coisas," Eduardo colocou o braço em volta de seus ombros e a conduziu escada abaixo.

Naquele momento, Viviana havia ido ao banheiro. Renata não a viu no salão e pegou o celular para ligar para ela. Mal havia acessado o registro de chamadas, Eduardo tirou-lhe o telefone das mãos. "Tereza é um nome inglês. Quer saber qual é o nome dela em chinês?"

Devido à ascendência chinesa da outra, Renata nem havia considerado se Tereza teria um nome em chinês.

Ela franziu a testa levemente: "Ela é..."

"Vamos falar sobre isso no carro, as paredes têm ouvidos."

"..."

Você está expondo os segredos dela e ainda preocupado com as paredes ouvindo?

Embora pensasse assim, Renata obedientemente entrou no carro de Eduardo: "Ela é da Família Sousa?"

"A filha do Sr. Sousa, Aline Sousa. Passou muito tempo no exterior e só recentemente voltou, mas ainda passa a maior parte do tempo fora do país. A Família Sousa está negociando uma parceria com a Família Adams. Ela é a parte B, não minha namorada."

Ele não mencionou que a parceria com a Família Sousa havia sido algo que ele intencionalmente facilitou.

Renata olhou para o segundo andar do salão de chá, um lugar que visitava pela primeira vez e não poderia precisamente localizar o salão privado de Aline Sousa. A vista era dominada por janelas de madeira entalhada em cinza-azulado.

Seria coincidência?

Ela acabara de ter problemas com a Família Sousa em A Cidade e, pouco tempo depois de voltar ao RJ, Aline Sousa apareceu em sua vida.

Ela estava desinformada ou sabia? Que papel ela desempenhava nisso tudo?

Renata não era capaz de ser oportunista, preferindo aproveitar a situação para fazer com que Eduardo se afastasse do assunto, "A beleza como estratégia não é também uma das trinta e seis estratagemas? Agora ela se faz passar por sua namorada para todos, com olhos que mal podem se descolar de você, basta acenar com o dedo que ela revelará tudo o que tem."

O belo rosto de Eduardo ficou sombrio e severo, seus olhos cheios de uma frieza profunda, que deixava qualquer um arrepiado.

Ele cerrava os dentes, e a linha de sua mandíbula estava tensa, seu olhar sobre ela parecia se transformar em gelo, "Você realmente é impressionante..."

O homem pretendia zombar dela, mas as palavras pararam em sua garganta, como se um peso de chumbo o impedisse de falar sequer uma palavra.

Após um longo meio minuto, a emoção de Eduardo se acalmou, e ele esboçou um sorriso autodepreciativo: "Já que eu sou tão atraente, quando eu acenei para você, por que você ou me disse para ir embora ou para me afastar?"

Renata: "......"

Ela ainda estava pensando em como responder a essa pergunta quando Eduardo mudou sua mão de seu ombro para a nuca dela, parando toda a sua luta e resistência.

O homem se inclinou, com uma velocidade lenta e quase torturante, se aproximando dela. Durante esse processo, Renata tentou se libertar, mas ele facilmente dissipou seus esforços.

Nas mãos dele, Renata parecia um pequeno hamster indefeso.

O rosto de Eduardo parou a uma palma da distância do dela, seus lábios entreabertos e sua respiração quente caía sobre os lábios dela, "Então, suas palavras não são nada confiáveis, e eu não gosto de fazer coisas sem certeza do resultado, eu estaria disposto a usar a beleza como estratégia, mas primeiro tenho que testar a eficácia."

"......"

No segundo seguinte, Renata subitamente arregalou os olhos.