CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 295

Eduardo tinha não apenas uma expressão fria, mas sua voz também era gelada, e a severidade que emanava de seu ser congelava a atmosfera animada ao redor, criando de repente uma zona de vácuo deslocada do resto do ambiente.

Renata, naquele momento, estava levemente inclinando a cabeça, prestes a dizer algo para Aline Sousa, com um sorriso ainda estampado no rosto.

Ao ver claramente o homem diante dela, o sorriso de Renata congelou em seu rosto, e ela se sentou mais ereta com um leve sentimento de culpa.

No entanto, ao se dar conta de que os dois já estavam divorciados, ela pensou que qualquer coisa que fizesse era assunto dela e que não tinha razão para se sentir culpada.

Então, ela franzia ligeiramente a testa e sua postura rígida relaxava: “Isto é…”

Antes que ela pudesse terminar a frase, Eduardo a agarrou do assento do sofá com um movimento rápido, arrastando-a e carregando-a consigo.

Todo o processo não durou mais do que meio minuto. Aline Sousa, recuperando-se da surpresa inicial ao ver Eduardo, sorriu radiante e se levantou: “Sr.…”

“Srta. Sousa,” Eduardo interrompeu-a educadamente, “eu e minha esposa precisamos conversar. Como um pedido de desculpas, todas as suas despesas desta noite no Jardim das Oliveiras serão por minha conta.”

O olhar de Aline Sousa, sob a luz piscante, era indecifrável: “Sr. Adams e Nata…”

Ela parou no meio da frase, mostrando um ar de pesar: “É raro ter companhia.”

“Eu vou encontrar alguém para lhe fazer companhia.”

Dois minutos após Eduardo levar Renata, o gerente apareceu com cerca de vinte jovens usando o uniforme do Jardim das Oliveiras e fez uma reverência respeitosa diante de Aline Sousa, dizendo: “Srta. Sousa, o Sr. Adams disse que você pode escolher à vontade, pode ficar com todos se quiser.”

A cena chamava atenção, ainda mais sendo no salão principal e com o próprio gerente prestando serviço, atraindo muitos olhares.

Aline Sousa olhou sobre o grupo e, casualmente, apontou para uma: “Ela servirá.”

Eduardo levou Renata para uma sala privada no andar de cima, onde Alfonso também estava, saboreando tranquilamente sua bebida. Ao ouvir o barulho da porta, ele olhou para cima.

Vendo Renata, ele acenou com a cabeça em cumprimento: “Srta. Soares.”

Renata estava prestes a responder quando a voz de Eduardo soou ao seu ouvido: “Eu disse para você não se associar com Aline Sousa, por que você não obedeceu?”

Na sala privada, com apenas os três e sem música, a raiva na voz de Eduardo era evidente, e suas sobrancelhas estavam franzidas com intensidade.

A atmosfera ficou tensa imediatamente.

Renata tinha uma personalidade que não tolerava ser coagida, então, mesmo sabendo que Eduardo tinha boas intenções, ser olhada de forma tão feroz não lhe agradava, e ela não lhe deu um olhar amigável: "Com quem me relaciono é assunto meu, você não tem o direito de se meter, estamos divorciados."

A palavra 'divórcio' agora irritava Eduardo, parecia que a mulher queria gravar essa palavra em sua pele com um ferro em brasa: “Você sabe quem é Aline Sousa?”

“Ela é excepcional, sempre teve as melhores notas desde pequena, foi a rainha da beleza da escola, sabe pintar, tocar, escrever e jogar xadrez, e na universidade ela fez várias matérias extras e ganhou muitos prêmios.”

Eduardo esperou pacientemente ela terminar e, com um sorriso irônico, perguntou: “Você sabe por que ela é tão excepcional?”

Renata: “…”

“Parece que você sabe. Mesmo assim, você se atreve a ficar tão próxima dela?”

“Não sei muito.”

Vendo a confusão no rosto de Renata, Alfonso explicou preguiçosamente: "Porque a primeira vez de vocês foi muito intensa, e a sua reação depois foi mais forte que a de outras mulheres, deixando alguém aqui com um profundo trauma psicológico. Por isso, ele não consegue performar com você e é por isso que, após três anos de casamento, ele se esconde de você como um rato."

Renata ficou sem palavras.

Que descrição!

"Mas ele..."

Renata queria dizer que Eduardo parecia normal e que quando interagiam, ele tinha as reações físicas esperadas de um homem, mas mesmo que ela e Alfonso não fossem próximos, era estranho discutir esse tipo de coisa entre um homem e uma mulher.

Alfonso não tinha essas preocupações: "Ele tem um problema psicológico, não é impotência. É outro departamento completamente."

Ele franziu a testa com desdém: "Se não tivesse nenhuma reação física, aí sim não teria utilidade, melhor acabar logo com isso."

Renata: "…"

Se não fosse uma ocasião imprópria, ela teria aplaudido o Sr. Oliveira.

Eduardo, rangendo os dentes, disse: "Você fala demais, cuidado para não engasgar um dia desses."

"Vocês dois, um não fala, o outro não pergunta, se esperarem resolver seus problemas emocionais para ficarem juntos, vão ter que esperar até serem enterrados lado a lado," Alfonso revirou os olhos. "Para que ir a um psicólogo? Quando morrerem, será apenas um punhado de cinzas. Mesmo que misturem suas cinzas, você não poderá fazer nada além de olhar. Melhor usar o dinheiro das consultas para melhorar o túmulo, pelo menos terão algum conforto psicológico."

Ele se levantou e bateu as mãos como se tirasse a poeira inexistente: "Está bem, tenho mais o que fazer, vou embora... Ah, sim..."

Ele olhou para Renata: "A sugestão do médico é tentar mais vezes, afinal, é apenas um problema de 'software', o 'hardware' ainda funciona. Talvez depois de algumas tentativas, dê certo."