CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 309

"Impossível."

Assim que Eduardo terminou de fazer sua proposta, Renata a rejeitou de imediato, tão emocionada que o volume de sua voz aumentou involuntariamente vários decibéis.

O homem pressionou as orelhas, que começaram a zumbir com o estímulo, e se endireitou. "Pedir para você se mudar e morar comigo é apenas para facilitar a sua proteção. A Família Sousa pode não ter tanto alcance no RJ, mas se quiserem agir contra você, seria fácil como estalar os dedos."

Ele manteve uma expressão nobre e digna: "E é só morar junto, não no mesmo quarto. Por que essa reação exagerada? Além disso, mesmo que fosse no mesmo quarto, eu não poderia fazer nada, mesmo que quisesse. Não tenho condições, então você não tem motivo para se preocupar."

Eduardo falou de algo que muitos homens considerariam uma questão de honra de forma tão leve, sem nenhum vestígio de vergonha.

Renata não sabia se deveria admirar sua coragem ou criticar a espessura de sua pele.

"Estou bem no apartamento onde estou agora."

"Aquele seu apartamento? Diego poderia mandar qualquer capanga esperar na porta e te sequestrar. Você acha que é seguro?"

"..."

"Só seria temporário. Uma vez que esse assunto esteja resolvido, você pode se mudar quando quiser," Eduardo continuou a pressionar: "Você não quer morrer antes de encontrar o assassino de sua mãe, certo? Ou você espera que eu vingue sua morte, matando todos eles para que façam companhia a você? Só podendo fazer essas exigências enquanto mantém a identidade de Sra. Adams, porque como estamos agora..."

Ele parou abruptamente, engolindo a frase 'relação ambígua' que estava prestes a dizer, sentindo que Renata poderia ir embora se ouvisse isso: "Aproveite esse tempo para economizar algum dinheiro e comprar um apartamento. Você não pode alugar para sempre. Vinicius eventualmente irá se casar, e sua situação é um tanto delicada. Se a esposa dele descobrir, poderia causar discórdia entre eles."

Renata entendeu o que Eduardo queria dizer. Ela havia se mudado para a casa de Vinicius porque não conseguia encontrar outro lugar para morar e, depois de ocupada e com um ano de aluguel pago, não teve pressa em se mudar.

E ela já estava procurando um novo lugar para morar.

Eduardo, sempre olhando para ela com um olhar calmo, viu a luta e a indecisão em seus olhos: "Se você não quiser morar na Villa Bella Vista, podemos considerar outros lugares."

Renata estava quase convencida.

Ela precisava encontrar o assassino de sua mãe e garantir sua própria segurança. Embora pudesse contratar um nível de segurança capaz de enfrentar a Família Sousa, ela não poderia pagar por isso.

Mas ela também não queria ficar devendo favores a Eduardo. A dívida financeira já era suficiente para deixá-la desesperada; se acrescentasse um favor, seria ainda mais difícil de pagar.

Os pequenos planos de Renata não podiam ser escondidos de Eduardo, que ainda mantinha uma postura tranquila e descomplicada: "Como condição, você pode cozinhar para mim todos os dias. Tenho tido problemas de estômago recentemente e o médico me recomendou evitar comidas gordurosas, picantes e cruas. Um segurança recebe um salário fixo, não comissão. Proteger uma ou duas pessoas custa o mesmo, então não há perda adicional para mim."

"..." Renata hesitou por um momento, "Vou pensar sobre isso."

A situação era repentina demais; ela precisava pensar cuidadosamente e pesar os prós e contras.

Eduardo não insistiu demais: "Tudo bem."

Renata não levou muito tempo para decidir. No dia seguinte, optou por se mudar para a Villa Bella Vista, pois depois que Eduardo a levou para casa, ela saiu novamente à noite e, ao retornar, sentiu como se alguém a estivesse seguindo.

Olhando para trás, não viu nada fora do comum.

Ela não sabia se estava sendo paranoica ou se realmente estava sendo seguida, mas decidiu se mudar temporariamente para a Villa Bella Vista.

Desta vez, ela não estava voltando como a dona da casa, então não sentia a mesma aversão de antes.

Eduardo estava na cozinha preparando a comida, com as mangas da camisa casualmente arregaçadas até os cotovelos, revelando um trecho de seus braços tonificados e esbeltos. Naquele momento, ele estava focado em cortar legumes, com gestos ainda mais habilidosos do que os dela.

"Se você não fosse indecente, como poderia achar que eu sou? Sra. Adams, mantenha a mente limpa, nem todo homem pensa com a parte de baixo e vê uma mulher apenas com aquelas intenções."

Renata riu com desdém: "Hah."

Eduardo caminhou até o armário de bebidas: "Quer tomar algo?"

"Não, obrigada." Ela respondeu, e em seguida acrescentou: "E você também não pode beber."

E se ele bebesse demais e, usando o álcool como desculpa, decidisse testar aquela sugestão absurda do médico? Ela não conseguiria se soltar, nem o venceria numa luta, e nem teria quem a ajudasse se gritasse por socorro.

Eduardo riu com malícia: "Você está me dando ordens?"

"… Então beba."

Apesar do que Renata disse, Eduardo fechou a porta do armário de bebidas e voltou para a mesa de jantar.

Três pratos e uma sopa, todos pratos caseiros comuns. Renata não tinha grandes expectativas, afinal, alguém como Eduardo, que sempre teve tudo à mão desde pequeno, ser capaz de cozinhar era já bastante impressionante.

Ela provou e, para sua surpresa, estava deliciosamente bom, com um sabor picante e refrescante que abriu seu apetite.

O resultado de abrir o apetite foi que Renata comeu mais do que o usual e ficou cheia.

Eduardo colocou os pratos e talheres na máquina de lavar louça e observou Renata caminhando pela sala para ajudar na digestão, perguntou casualmente: "Renata, quer fazer algum exercício?"