CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 328

Que comovente é a amizade.

Nesta sociedade efêmera, onde a natureza humana é cada vez mais posta à prova, encontrar uma amizade sincera como essa é algo que realmente toca nossos corações.

O repórter imediatamente apontou o microfone e a câmera para Renata: "Srta. Soares, a Srta. Sousa arriscou sua própria segurança para salvá-la em um momento de perigo. Como você se sente sobre isso?"

Os olhares de Aline se encontraram com os dela, e ela deu uma leve erguida no canto dos olhos.

Não temia deixar Renata saber que tinha sido tudo intencional.

Ela ansiava por ver Renata perder a compostura em público, para que todos vissem a sua verdadeira face ingrata. E mesmo que isso não acontecesse, não importava. Afinal, arruinar a reputação de Renata não era o objetivo daquela encenação.

Renata sorriu, "Comovida, extremamente comovida. Eu e Aline nos conhecemos há pouco tempo, e raramente conversamos sobre algo que não fosse trabalho. Nunca imaginei que ela arriscaria sua vida por mim."

Isso é apenas uma atuação?

Então, vamos todos atuar.

Vamos ver quem será o primeiro a não aguentar esse jogo nauseante.

Aline foi levada para um quarto individual no hospital. Ela segurou a mão de Renata e disse, com uma expressão de pena: "Nata, sei que errei. Quando você disse que gostava do meu irmão Ivan, e sonhava em estar com ele, e como ele também estava pensando em casamento, pensei em preparar uma surpresa para vocês se conhecerem melhor.

Mas eu tinha dito claramente para o Ivan encontrá-la no jardim e até passei seu contato para ele. Não entendo como ele foi parar no quarto e como tudo aquilo começou, fazendo com que ele fosse confundido com um homossexual."

Embora ela parecesse estar se arrependendo a cada palavra, cada sílaba era uma tentativa de transferir a culpa para Renata.

Aline estava tentando jogar a culpa em si mesma para tirar seu irmão Ivan da história?

Renata não se sentia culpada.

Porque Aline estava falando absurdos; ela nunca disse aquelas coisas, apenas mencionou que era fã de Ivan.

Mas, instintivamente, Renata ainda virou a cabeça para olhar para Eduardo.

O homem a observava com um sorriso que não era bem um sorriso, sem demonstrar raiva, mas a mensagem era clara: é melhor você explicar direito essa história de sonhar em estar com ele.

Renata: "......"

Repórter: "Então Ivan apareceu naquele quarto porque a Srta. Soares o chamou?"

Quando a conversa envolve uma figura pública, torna-se um tema quente, ainda mais sendo Renata a ex-esposa do Sr. Adams: "E o que dizer do Sr. Costa?"

Se isso fosse verdade...

Seria um escândalo.

De repente, os repórteres pareciam ter tomado um elixir de energia, fotografando ainda mais rapidamente do que antes.

O irmão de Aline, Ivan, havia se tornado muito popular recentemente, com uma grande base de fãs. Com este incidente, muitos se tornaram detratores. Se Renata não conseguisse esclarecer a situação, e os fãs percebessem que tinham entendido errado seu próprio ídolo, a fúria deles poderia despedaçá-la em pedaços.

Aline mal podia conter sua alegria, até a dor da perna quebrada parecia diminuir.

Renata, nervosa, disse: "Aline, já que estamos no hospital, que tal pedirmos ao médico para verificar seus ouvidos? Ou talvez seus olhos."

Aline: "??"

Renata olhou carinhosamente para Eduardo: "Meu namorado é tão atraente, por que eu iria me contentar com menos?"

Ela tocou seu peito.

Não, isso é demais.

Um pouco exagerado.

Desejo... yue.

Todos seguiram o olhar dela e encontraram o rosto deslumbrante do Sr. Adams: "......"

Parece... fazer sentido.

"Desculpe, não quis insultar o seu irmão Ivan, mas temia que sem ser direta, as pessoas pudessem me entender mal, pensando que eu estaria apenas sendo dura e mentindo." Renata continuou agindo, de uma forma que quase pedia para ser esbofeteada, exceto por Eduardo, que se divertia com a situação.

Todos: ......

O sorriso no rosto de Aline começou a vacilar, e suas mãos apertavam o lençol sob as cobertas.

"Senhorita Soares, você e o Sr. Adams estão pensando em se casar novamente?"

Eduardo parou na frente de Renata, inclinou-se e sussurrou em seu ouvido, "Chame-me de marido e eu mando todos eles embora."

Ela ficou sem palavras.

Você está tão perto do meu ouvido, pelo menos abaixe o tom, para que não fiquemos sem dignidade.

Mas, depois que Eduardo falou, quem ousaria ficar?

Num piscar de olhos, quem havia sido pago e quem não, todos desapareceram.

Eduardo olhou para o quarto de hospital agora vazio, seu rosto escureceu: "Agora, mais do que mandá-los embora, eu queria que mudassem de profissão."

Renata o empurrou: "Você é apenas um estagiário, de onde vem essa confiança para fazer pedidos tão descarados?"

Eduardo: "Quando vamos voltar?"

"A 'salvadora' ainda está deitada aqui, como posso simplesmente ir embora?"

Ele franziu a testa: "Então arranje um cuidador para ficar 24 horas."

Renata olhou para Aline na cama, que parecia estar à beira das lágrimas: "Não precisa, Aline salvou minha vida, eu ficar aqui e cuidar dela é o mínimo que posso fazer."

Na cama.

Aline quase rolou os olhos com o cheiro do chá que se espalhava.

Dizer que cuidaria dela, certamente não tinha boas intenções.

Mas por causa de Eduardo e de alguma outra razão, ela teve que segurar sua raiva e forçar um sorriso que ela considerava gentil: "Nata, por causa do meu irmão Ivan, Tio Marcel me mandou para Cidade A refletir, e agora não posso ir embora assim, você poderia falar com meu Tio Marcel em meu nome? Eu quero ficar no RJ, por favor?"

Renata: "Eu não tenho tanta influência para convencer Marcel..."

Ela fez uma pausa, sorrindo levemente para Aline.

Aline sentiu uma premonição sinistra.

Então, o cobertor foi levantado, e o que estava debaixo dele ficou exposto para todos verem.