CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 354

Renata acabara de chegar ao portal quando André entrou. Ele acenou ligeiramente com a cabeça para ela e, em seguida, apressou-se a se aproximar de Marcel: "Sr. Marcel, descobri tudo. Rita consultou um advogado recentemente para saber se poderia reaver o dinheiro gasto com uma criança que não fosse sua. Ela mesma admitiu que a razão pela qual puxou o cabelo da Srta. Soares foi porque Diego a incitou a fazer isso. Diego não queria ir para a cadeia e temia ser perseguido por agiotas após ser liberado, então ele pensou em forçar a Srta. Soares a ajudá-lo de alguma maneira."

"..."

Isso era um tanto embaraçoso.

No entanto, Renata sempre foi rápida em corrigir seus erros e reconhecer suas falhas. Ela se virou com um sorriso no rosto, que suportaria qualquer repreensão: "Peço desculpa, eu mal-entendi a situação entre você e Aline. Já está tarde hoje, mas em outro dia trarei um presente como forma de desculpa."

"Não é nada de mais, o importante é que tudo foi esclarecido."

Depois que Renata saiu, o semblante de Marcel escureceu, e não restou nenhum traço da simpatia anterior: "Investigue com quem Aline tem se relacionado recentemente, incluindo as pessoas ao seu redor. Quero saber de tudo."

"Certo", respondeu André, mas não se moveu. "A Família Adams recusou a nossa proposta de parceria."

Mesmo que a Família Sousa fosse influente em Cidade A, no RJ eles precisariam reconstruir sua rede de contatos, e a maneira mais rápida seria através de parcerias com empresas locais.

Marcel pausou o ato de tomar chá: "Recusaram?"

Ele havia jantado com o vice-presidente da Família Adams na noite anterior e o mesmo parecia muito interessado no projeto. Além disso, a recusa veio rápido demais.

"Sim, ouvi dizer que foi uma ordem direta do Eduardo, que veio há pouco."

Marcel: "..."

...

No Grupo Família Adams.

Eduardo olhava distraidamente para os documentos em suas mãos, sem virar as páginas há cinco minutos.

No silêncio do escritório, a faxineira estava limpando, fazendo o mínimo de barulho possível.

Após terminar a faxina, ela estava recolhendo suas ferramentas para sair quando Eduardo a chamou de repente: "Sua vida conjugal é feliz?"

A faxineira, que tinha cerca de quarenta anos, mas aparentava ser mais velha por causa dos anos ao relento e do trabalho duro, com fios de cabelo brancos já aparentes, ficou nervosa com a súbita interrupção do Sr. Adams. Em cinco anos trabalhando na Família Adams, isso nunca tinha acontecido. Assustada com a pergunta, ela deixou suas ferramentas caírem.

"Plat!"

As ferramentas atingiram o chão e a água suja espirrou por todo lado.

Eduardo franziu a testa ao ver a água suja espalhada pelo chão.

A faxineira, recuperando-se do choque, começou a esfregar o chão desajeitadamente com o esfregão, pedindo desculpas: "Sinto muito, Sr. Adams, eu me distraí por um momento."

Era realmente inesperado. O Sr. Adams, que estava sempre tão focado em seu trabalho, perguntar sobre seu casamento parecia mais inacreditável do que ser acusada de preguiça no trabalho.

Felizmente, ela era mais velha e não tinha as ilusões românticas de uma jovem garota. Ela apenas assumiu que havia cometido algum erro.

Eduardo observou as mãos dela tremendo: "Não fique nervosa, só responda honestamente à minha pergunta."

"..."

Nicolas: "Então, Sr. Adams, você já pensou em ter um filho com a jovem senhora?"

O rosto de Eduardo escureceu como o fundo de uma panela, e depois de um longo momento, ele conseguiu espremer duas palavras entre os dentes: "Saia."

Ela nem sequer o deixava chegar perto dela, como ele poderia pensar em ter um filho?

Nicolas saiu rapidamente, temendo que um segundo de demora pudesse custar o aumento de salário que ele havia acabado de conseguir. Ao chegar à porta, lembrou-se de algo que ainda não havia relatado: "A jovem senhora já deixou a sala de chá, parece que ela teve uma discussão com um homem mais velho, ela saiu de lá com uma expressão ruim no rosto. Se você ligasse agora para se preocupar com ela, certamente ganharia muitos pontos."

Eduardo estreitou os olhos friamente em sua direção: "Ela me deixa para ter um encontro com um homem mais velho, e depois de uma briga, eu deveria ligar para consolá-la? Você acha que eu faria esse tipo de coisa subserviente e sem princípios? Se alguém deve consolar, ela deveria me consolar."

Depois que Nicolas saiu, Eduardo pegou a pesquisa irritante que estava sobre a mesa e a amassou, jogando-a na lixeira.

Isso estava completamente errado.

Ele tentou continuar lendo o documento que estava analisando antes, mas seus olhos continuavam a desviar para o celular.

Nicolas disse que ela já havia saído da sala de chá, ela o havia deixado na frente da delegacia sem sequer dizer adeus, não deveria ela ligar para explicar? Mesmo que fosse apenas um período de estágio como sua namorada, não deveria ela ter um pouco de consciência de seu papel?

Claramente, Renata não tinha essa consciência, e depois de esperar dez minutos, Eduardo não recebeu nenhuma ligação dela com explicações. A raiva que borbulhava dentro dele de repente rompeu todas as barreiras da razão.

Ele pegou o celular e discou o número de Renata com uma expressão fria no rosto.