CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 360

Ao mesmo tempo, uma voz ansiosa caiu sobre ela do alto: "João, seu filho foi sequestrado, os sequestradores exigem que você atenda ao telefone, e em dez segundos eles ameaçam fazer o pior, fale logo."

Renata estendeu a mão para pegar o telefone, mas parou no meio do caminho.

Ela sabia que não conseguiria extrair nenhuma informação útil de João, mesmo prometendo proteger a ele e sua filha, esse homem não revelaria mais nada.

João, com os olhos injetados de sangue, atirou-se contra o vidro, balbuciando: "Eu sou o João, eu entendi, eu nunca mais cometerei erros, por favor, liberte meu filho, eu imploro."

Depois disso, começou a bater com a cabeça no vidro repetidas vezes: "Eu imploro, eu imploro."

Ele bateu tão forte que os guardas da prisão não conseguiram impedi-lo a tempo e logo sua testa começou a sangrar.

Renata, observando o sangue escorrer pelo vidro transparente, sentiu-se desorientada, suas mãos e pés estavam gelados quando saiu do salão de visitas, e atrás dela vinham os sons de João chorando de gratidão: "Obrigado, obrigado."

Ao sair da prisão, o sol escaldante do verão incidia sobre ela, mas Renata não sentia nenhum calor, apenas frio, um frio que vinha de dentro, fazendo seu coração sentir ondas de gelo, congelando sua mente.

Ela entrou no carro.

O estacionamento da prisão era ao ar livre, sem nenhum lugar para sombra, e após ficar exposto ao sol por um tempo, o interior do carro estava fervendo.

No entanto, Renata não percebeu isso e, ao entrar, não ligou o ar-condicionado até que seu corpo começou a protestar fisicamente, e ela rapidamente ligou o carro e ajustou o ar-condicionado para a máxima potência.

Não sabendo quanto tempo ficou sentada ali, seu telefone tocou.

Era uma chamada de vídeo de Viviana.

Renata atendeu: "Alô."

"O que você está fazendo? Sua voz está tão fraca," a voz de Viviana estava cheia de entusiasmo, "Eu consegui ingressos para o show, dois, perfeito para nós duas, finalmente vou participar desse grande evento onde pagamos para cantar para o cantor, arredondando, é como se eu estivesse dando um show."

Renata: "......"

Isso deve ter ido direto de zero a dez.

Viviana falou sem parar por um bom tempo, até que percebeu que Renata estava mais silenciosa do que o normal. Ela se aproximou da tela e olhou mais de perto para o fundo do lado de Renata: "Prisão, estatal, de, Pinheiros? O que você está fazendo na prisão? Por que você não estaciona em um lugar com sombra? Ficar dentro do carro nesse calor, não está quente?"

Renata com uma expressão de derrota: "Viviana, pode vir me buscar? Pegue um táxi e use meu carro para voltar."

"Oh, claro," Viviana concordou imediatamente, sem sequer perguntar o motivo: "Eu chego em no máximo meia hora, vá encontrar um lugar com sombra para me esperar."

Meia hora depois.

Um táxi parou na entrada da prisão, Viviana desceu do carro e correu em direção ao carro de Renata, enquanto gritava para a pessoa atrás dela: "Ei, anda logo, está muito quente."

Miguel estava vestido com uma camisa de manga comprida, com as mangas casualmente enroladas até o cotovelo, exibindo a postura de um profissional competente. Mesmo sob o sol escaldante, mantinha uma atitude calma e composta.

Ele já havia visitado esse lugar algumas vezes antes, e devido à sua excelente aparência e reputação bem conhecida, os funcionários do portão já o reconheciam: "Advogado Miguel."

Miguel acenou com a cabeça em cumprimento e ofereceu um cigarro ao homem.

Viviana puxou Renata para o banco de trás, "Vamos sentar atrás, temos um motorista particular."

Miguel se aproximou do carro e, ao ouvir isso através da porta, levantou um sorriso frio: "Trezentos, você vai pagar pelo aplicativo ou em dinheiro?"

Viviana estreitou os olhos, tentando discernir a placa: "Só existe esta estrada para descer a montanha, será que é coincidência?"

Miguel não achava isso. Ele havia feito alguns testes; ele diminuía a velocidade e o perseguidor também, ele acelerava e o outro carro fazia o mesmo. Se fosse só isso, poderia ser justificado como falta de habilidade para ultrapassar em estrada de montanha, mas ele até mesmo chegou perto da beirada da estrada, sinalizando para que o outro ultrapassasse, e mesmo assim não o fizeram, o que era suspeito.

"Provavelmente é isso, talvez seja porque estou frequentemente sendo seguido, então desenvolvi um reflexo condicionado de me sentir inseguro com carros atrás de mim."

Viviana: "..."

Olha só o que você pode fazer.

O carro de trás de repente emitiu um rugido acelerado, querendo ultrapassar. Dessa vez, Miguel não deu espaço. Havia duas mulheres no carro que não poderiam se defender, e se o perseguidor bloqueasse a estrada à frente, não seria possível simplesmente virar o carro com um pisão no acelerador, seria como cair numa armadilha.

Mas ele estava acostumado a dirigir seu próprio carro, então ignorou que o carro de Renata era apenas um veículo comum, avaliado em centenas de milhares, enquanto o perseguidor conduzia um carro modificado que valia milhões, e que havia uma grande diferença na aceleração entre os dois. Ele só podia assistir enquanto o outro carro raspava o deles ao ultrapassar.

A janela traseira foi abaixada, e alguém com um frasco de vidro cheio de líquido atirou-o em direção à janela meio aberta do lado de Renata.

Miguel, ao ver a pessoa com o frasco, gritou por instinto: "Feche a janela."

Mas já era tarde demais, a janela subia lentamente e uma pessoa normal não poderia reagir no instante em que ouvisse a ordem.

O perseguidor era claramente treinado, pois conseguiu jogar o líquido com precisão para dentro do carro.

Um som de corrosão "zzzz" começou a ser ouvido, junto com o gemido abafado de dor de uma mulher.

(No próximo capítulo, escreverei o conteúdo que todos querem ler, com todos os detalhes, sim.)