CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 394

Eduardo: "Ouvi dizer que o genro da MJ é muito apaixonado pela namorada de infância dele. Um nobre a insultou uma vez, e ele o deixou aleijado. O caso gerou grande alvoroço, e ele deveria ter sido condenado por lesão corporal dolosa, mas a mademoiselle da MJ usou seus contatos para acalmar a situação. Depois, ele foi forçado a casar com a mademoiselle e escondeu a namorada de infância em uma casa dourada."

Vendo Renata escutar com grande interesse, Eduardo queria continuar, mas não havia mais história para contar: "Mas isso são apenas boatos, quanto à verdade, só os envolvidos sabem."

"O que você quer dizer com forçado? Ele só está atrás do dinheiro dela. Come na mão dela e depois morde. Desprezível", ela disse com desprezo: "Perde a dignidade e não permite que outros falem, inventa desculpas para esconder suas ações vergonhosas, achando que pode esconder o quanto é repulsivo."

Eduardo: "......"

"Então, qual a relação disso tudo com a Lorena ser uma desgraça?"

"Quantos homens que conseguem esconder uma ex-namorada em uma casa dourada logo após se casar são normais? A pessoa que consegue manter a posição de CEO da MJ, mesmo sendo um filho adotivo, não pode ser alguém sem métodos rigorosos. Esse tipo de pessoa, você acha que ele pode tolerar que a mulher que ele gosta fique com outro homem?"

"Mas isso é tudo especulação, talvez ele seja apenas um homem comum que não está satisfeito com a vida e quer fugir dela. O Rafael pode falar demais às vezes, mas tem boa aparência e um bom físico. Naquela época, ele tinha até um carro que custava cerca de dez milhões. Talvez ela se interessasse por ele também."

Renata: "......"

Embora não estivesse certa, ela ainda enviou as suposições de Eduardo para Rafael.

Eduardo estava bem ao lado dela e, com uma olhada, podia ver o conteúdo da mensagem. Ele era realmente atencioso, sempre lembrando, como se temesse que Rafael sofresse algum mal.

Ele sentiu um aperto no coração, e a área da perna onde tinha sido mordido pela cobra começou a doer: "Você ainda não comprou a carteira que prometeu me dar."

Sem ele mencionar, Renata teria esquecido disso, "Quem ainda usa carteira hoje em dia? Com um celular, você resolve tudo. Em muitos lugares você não pode pagar com cartão, mas certamente pode usar o Whatsapp ou o 'Pagamento Alipay'."

Eduardo disse em tom suave: "Você também nunca disse que me daria outra coisa. E, além disso, se eu não soubesse que você deu uma carteira para o Vinicius e se sentiu culpada, você provavelmente nem pensaria em me dar uma."

Renata: "......"

Ela realmente não se lembrava de ter dado algo para Eduardo antes. Primeiro, porque ele não precisava, e segundo, porque não havia oportunidade. A relação entre eles nunca foi boa, fora os feriados como o Festival do Meio do Outono e o Ano Novo Chinês que eles precisavam passar com os pais, eles raramente passavam outras datas juntos.

"Você nem come a comida que te dou, então, para que te dar um presente? Seria apenas desperdício de dinheiro e motivo de vergonha para mim. Se você jogasse fora, eu deveria pegá-lo de volta ou não? Seria humilhante pegá-lo de volta, mas também seria doloroso perder algo tão caro."

Eduardo: "......"

Estava claro que ele havia tocado em um assunto delicado, como se pegasse uma pedra para atingir o próprio pé.

Renata se sentiu mais confiante à medida que falava: "O que você acha que você merecia naquela época? Uma máquina para fazer chaves?"

Eduardo mexeu os lábios e, depois de alguns segundos, conseguiu murmurar com dificuldade: "Desculpa."

Embora ele já tivesse se explicado antes, foi porque ela deu um almoço carinhoso para Vinicius e apenas pediu comida externa para ele, na época ele pensou que estava apenas com ciúmes, mas agora, olhando para trás, ele só via como seu comportamento imaturo e irritado não tinha desculpa.

"Vou te dar um presente, vamos, vamos ao shopping. Você gosta de algumas marcas que me ligaram alguns dias atrás para dizer que receberam novidades."

O que começou como um pedido de presente se transformou em dar um presente, e ainda por cima com cuidado. Exceto por Eduardo, ninguém mais seria assim.

Ela ainda não tinha terminado de falar quando mais clientes entraram na loja.

Cobertos de marcas de grife, era óbvio que não faltava dinheiro. Ela rapidamente passou pelo vendedor para recebê-los.

Renata, alheia à conversa, escolheu uma peça de roupa para Viviana e estava prestes a tirar uma foto quando uma mão segurou o cabide: "Esta peça, eu vou levar."

Renata prestou atenção na mão e depois de um breve momento, reconheceu a voz familiar.

Ela seguiu o braço até ver Aline, a encrenqueira de sempre, acompanhada por um homem. Ele era de aparência comum, não feio, mas claramente um playboy herdeiro com uma postura um tanto curvada por ser alto.

O vendedor, com um sorriso radiante, pegou a roupa das mãos de Renata: "Desculpe, mas esta peça já foi vendida."

Renata: "Eu gostei de todas as roupas daqui. Por que você não embrulha a loja inteira?"

"Não precisa me provocar. Essa quantia de dinheiro é troco para mim."

Os olhos do vendedor brilharam ao começar a calcular a comissão do mês: "Senhorita, você quer..."

Ela foi interrompida por Aline, que virou-se e falou com um tom sombrio: "Sai da frente, quem te deu voz para falar?"

Renata não tinha tempo para assistir ao espetáculo de Aline, e estava prestes a sair quando Aline voltou a atenção para ela: "Por que você não atendeu quando eu te liguei?"