CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 402

Eduardo, sem se dar conta da falta de apreciação pelo seu chamativo pacote, sugeriu com toda a sua inocência: "Não há um candidato adequado em Cidade A, que tal dar uma olhada no RJ?"

Marcel deu um sorriso frio, quase rangendo os dentes ao falar: "Sr. Adams está correto, André, você vai compilar uma lista de todos os jovens talentosos do RJ, exceto o Sr. Adams, para mim."

Após essas palavras, ele virou-se para Renata, "Então, vamos encontrar dois por dia, se gostarmos de alguém, começamos um relacionamento, se não gostarmos mais, terminamos, aproveitando a juventude para variar..."

Eduardo não podia permitir que Marcel transmitisse esse tipo de ideologia para Renata, caso contrário, ele teria que ficar constantemente ao seu lado. Ele interrompeu: "Foi essa sua visão de romance que afugentou a mãe, não foi?"

Marcel: "??"

Confrontado com o olhar inquisitivo de Renata, Marcel, que havia vivido tantos anos, finalmente compreendeu o que significava atirar uma pedra no próprio pé.

"Renata, o motivo pelo qual eu e sua mãe nos separamos é um pouco complexo, não é algo que se possa explicar em uma ou duas frases..."

Tudo já havia acontecido, e a mãe dela já havia falecido há dez anos; como eles se separaram já não era importante. O que ela estava realmente interessada era no assunto da Sra. Nunes: "Como você sabia que Elisa não iria hoje à Montanha de Romã?"

Marcel entregou-lhe um arquivo: "Elisa, originalmente chamada Érica, cresceu em uma família pobre, onde havia preferência por meninos. Depois de terminar o ensino fundamental, ela começou a trabalhar em uma fábrica para pagar os estudos do irmão. Dez anos atrás, enquanto trabalhava como garçonete, conheceu Fábio Sousa e tornou-se sua amante, mas essa relação durou apenas um mês. Fábio raramente a visitava, então meus homens não conseguiram descobrir mais."

Uma mulher com educação apenas até o ensino fundamental e que teve uma breve interação com Fábio há tantos anos, seria difícil encontrar algo começando pela vasta rede de contatos de Fábio, mas era muito mais fácil começar por Elisa.

Ele relatou a Renata as palavras que ouviu na villa de Fábio: "É quase certo que aquela mulher é Elisa. Ela está no RJ, não sei desde quando, mas deixei pessoas observando a casa e nunca a viram sair. Ela provavelmente está sendo mantida lá contra a sua vontade."

Mesmo que Vítor Sousa quisesse matar alguém, ele não seria tão imprudente a ponto de fazer isso em sua própria villa, então Elisa com certeza ainda estava viva. No entanto, considerando a situação daquela noite, mesmo viva, ela definitivamente não estava bem.

"Então você não tem certeza se aquela pessoa é Elisa?" Renata estava um pouco desapontada, esperando por tanto tempo, pensando que hoje a verdade seria revelada, mas acabou por ser em vão, "E se não for ela..."

Seria uma oportunidade perdida.

"Haverá alguém observando no cemitério, se ela for lá, eles ligarão."

Marcel olhou para Eduardo: "Seria fácil descobrir se a mulher na villa do Vítor é Elisa ou não, mas não sei se o Sr. Adams estaria disposto a ajudar."

Eduardo: "......"

Então eles o desprezavam, mas ainda queriam sua ajuda, certo?

...

Na villa de Fábio.

Aline chorava até ficar rouca, "Pai, você realmente quer que eu me case com aquele vegetal que pode morrer a qualquer momento? A velha bruxa da Família Vaz anda dizendo por aí que casar comigo é apenas para trazer sorte para o filho dela. Se eu me casar e ele acordar, minha felicidade para o resto da vida estará arruinada. E se ele morrer, todo mundo vai saber que eu fui a noiva usada para trazer sorte e que acabei matando-o. Que família respeitável iria querer me casar depois disso?"

"Seu avô deixou claro quando escolheu o herdeiro que a filha do líder se casaria com ele, e se não houvesse uma candidata adequada, escolheriam de outra família. Antes, o Tio Marcel não tinha filhas, então tudo bem, mas agora descobri que ele tem uma filha, e ela tem a mesma idade que eu. Ele estava sendo parcial, com medo de que Renata se casasse com aquele vegetal prestes a morrer, por isso continuou escondendo a existência dela."

Fábio estava com dor de cabeça por causa do barulho dela, "De onde você tirou que Renata é filha do seu Tio Marcel?"

Fábio, que tinha se misturado no mundo dos negócios por muitos anos, entendendo claramente os procedimentos nos âmbitos militar, político e comercial, percebeu imediatamente que aquilo era uma armadilha.

Ele foi até um canto e fez uma ligação no celular, a pessoa do outro lado disse que iria verificar. Fábio esperou alguns minutos, inquieto, sem receber nenhuma informação.

Fábio não aguentou mais e foi até o policial líder, ofereceu-lhe um cigarro e disse em voz baixa: "Minha família tem negócios, a Família Sousa da Cidade A, o senhor pode verificar, tudo legal. Viemos ao RJ também para expandir nossos negócios, não ousaríamos fazer nada ilegal. Certamente alguém nos denunciou falsamente. Eu sei que é cansativo para vocês virem até aqui, quando tiverem um tempo, eu faço questão de ser o anfitrião."

Ele deu ao policial um olhar que dizia "entende o recado".

O policial, indiferente, não se moveu e nem aceitou o cigarro estendido: "Não atrapalhe a justiça. Se o que disseram na denúncia é verdade ou não, saberemos após a busca. A polícia não acusa inocentes, mas também não deixa escapar nenhum criminoso."

Fábio: "..."

O outro estava claramente determinado a dificultar as coisas para ele.

Depois de cerca de quinze minutos.

Elisa, desgrenhada e agitada, foi trazida para fora por dois policiais, um de cada lado: "Chefe, encontramos isso no porão."

Fábio se apressou em explicar: "Oficial, ela é uma das minhas amantes, recentemente foi diagnosticada com depressão, se não ficar de olho nela, ela ameaça se suicidar. Eu realmente não posso ficar com ela o tempo todo, e tenho medo que ela possa se matar enquanto estou fora, então quando saio, tenho que trancá-la no porão e a libero quando volto."

Policial: "Leve-a para investigarmos, se é realmente uma amante e se sofre de depressão, só saberemos depois de verificar."