CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 409

Neste navio, havia quinze pessoas do outro lado, incluindo o piloto e aquele secretário que claramente não era dado a lutas, não seria difícil lidar com eles.

"O Sr. Adams não precisa estar tão na defensiva comigo", a voz de Fábio veio da porta.

Alguns viraram-se para olhar.

Ele estava vestido com uma túnica de algodão e linho, seguido de perto pelo secretário, aparentando ser inofensivo à primeira vista, "Eu quero viver, por isso é que procurei vocês, para discutir termos. Espero que não fiquem me perseguindo como cães farejando sangue."

Ele sentou-se, "Minhas mãos podem estar manchadas de sangue, mas nunca tirei uma vida. Pode haver irregularidades nos negócios, mas sempre dentro da legalidade, então não temo investigações..."

Seu rosto relaxado de repente se contraiu, os olhos se tornaram frios e ele mudou de tom, "Irmão Marcel, onde está o quadro que lhe pedi para trazer?"

Eduardo franziu a testa: "Como você veio parar no navio?"

Antes de embarcar, as pessoas de Marcel haviam revistado tudo e todos os rostos foram verificados. Seu aparecimento súbito só podia significar uma traição interna ou que havia esconderijos no navio, o que poderia indicar mais de quinze pessoas a bordo.

"Num navio tão grande, esconder uma pessoa é muito fácil," ele perguntou impaciente novamente: "Onde está o quadro?"

Havia urgência em sua voz.

Marcel: "O que significava aquela mensagem que você pediu ao secretário para trazer? O que quer dizer com ela ter ido atrás por vontade própria? Sem uma resposta, eu não lhe darei o quadro."

"Como eu posso saber que você me dará o quadro depois de eu responder?" ele avaliou Marcel: "Você provavelmente nem tem o quadro."

Ele tinha pedido a Elisa para levar o quadro para Marta consertar, mas aquela mulher era implacável, e não importava o quanto ele tentasse, ela se recusava a aceitar. No entanto, o marido dela era um ponto fraco. Com um pouco de manipulação e uma grande soma de dinheiro, ele poderia ser facilmente convencido.

Com a morte de Marta, ele enviou pessoas para procurar o quadro, mas mesmo revirando a villa da Família Soares, não o encontraram.

Quanto mais pensava, mais Vítor ficava inquieto: "Vamos fazer concessões. Você ordena que seus homens pendurem o quadro ali, eu verifico sua autenticidade e depois lhe digo o que quer saber."

Marcel entregou o quadro ao guarda-costas para que o pendurasse no gancho acima da janela do lado oposto.

Renata finalmente viu a misteriosa pintura tão ligada à morte de sua mãe. Estava danificada pela água e só havia sido restaurada pela metade. Não tinha nada de especial, era apenas um quadro comum de paisagem, certamente não obra de um artista famoso, e pela qualidade da tinta, não tinha mais de trinta anos.

Era um descaramento.

Acreditava que estavam impotentes contra ele, por isso ousava provocá-los sem receio.

Uma corda na mente de Renata foi como se tivesse sido puxada por uma mão gigante, com um ‘zing’, deixando sua mente em branco. Segurando o cabo da faca, ela tinha apenas um pensamento: ela queria silenciar aquela boca para sempre.

“Renata...” Eduardo, rápido e atento, a segurou, prendendo-a em seus braços: “Não seja impulsiva, não vale a pena perder a vida por esse tipo de pessoa, vamos entregá-lo à delegacia primeiro. Miguel certamente encontrará uma brecha, mesmo que não encontre, não devemos deixar rastros.”

A mensagem já estava bem clara.

Vítor não se importava nem um pouco, de qualquer modo, depois de hoje ele iria para o exterior e os braços longos de Eduardo não poderiam alcançá-lo lá fora, poderiam?

Ele olhou para Marcel, que estava pálido e com os dentes cerrados, “Irmão Marcel, o velho senhor te adorava quando estava vivo, sempre se diz que o imperador ama o filho mais velho e o povo o caçula, mas você não é nem um nem outro, por que tinha o favoritismo do velho senhor? A empresa ele te deu, o poder de mordomo também, e no final ainda queria te dar aquele quadro. Os outros nove de nós, por acaso, são filhos que ele achou por aí?”

A voz de Marcel estava rouca, com raiva ao extremo: “Aquele quadro, que segredo ele esconde?”