CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 429

Grupo Ribeiro.

Alex mantinha os olhos fechados, uma mão pressionando a têmpora, o cenho franzido, claramente desconfortável.

A porta do escritório abriu-se suavemente, alguém entrou, os passos no tapete produzindo um leve som de 'sussurro'.

Ao ouvir o barulho, a mão de Alex, que massageava a têmpora, pausou, e ele lentamente abriu os olhos, olhando na direção da porta: "Você por aqui? Como assim?"

Apesar do tom frio, seus olhos e sobrancelhas expressavam um carinho indisfarçável pelo visitante.

"Ouvi dizer que Rodrigo caiu da escada por acidente e quebrou a perna, eu temi que ninguém estivesse cuidando de você, que você pudesse estar negligenciando a sua saúde de novo," disse Mário Neves ao ver ele pressionando a têmpora, "Sua cabeça está doendo novamente?"

Mário era de uma beleza delicada e elegante, corpo esguio, pele particularmente pálida, como se nunca visse o sol, seu rosto refletia o vigor de um homem nos seus vinte e poucos anos, em resumo, havia um brilho nos seus olhos.

"Não é nada, só estou cansado de ler documentos a manhã inteira," Alex baixou a mão e esticou o pescoço.

Com familiaridade, Mário pegou uma caixa de remédios da gaveta, tirou duas pílulas e as estendeu para Alex: "Irmão, o Dr. Wu disse que você não o visita há dias. Como você está se sentindo?"

"A cabeça não tem doído tanto, e com tantas coisas na empresa, tem sido difícil encontrar tempo," Alex olhou para as pílulas na mão de Mário, os cílios baixos ocultando o brilho sombrio em seus olhos: "Eu acabei de tomar remédio, deixe para lá por enquanto."

"Se você tivesse começado a cuidar da sua saúde mais cedo, eu não teria corrido para cá preocupado assim que soube que Rodrigo estava hospitalizado," ele falou enquanto derramava as pílulas da garrafa na mão e as contava: "Irmão, você está me enganando. São quarenta pílulas nesse frasco, seis por dia, de acordo com os dias que passaram, deveriam restar seis se você tivesse tomado ao meio-dia, mas ainda há oito."

Ele inclinou-se, falando em um tom suave, "Irmão, você não pode deixar de tomar seu remédio só porque é amargo. O Dr. Wu disse que você precisa tomar a medicação direito para melhorar, caso contrário, eu e nosso pai ficaremos preocupados."

A expressão de Alex permaneceu inalterada, sem qualquer sinal de que estivesse mentindo: "Eu estava muito ocupado de manhã, tomei um pouco tarde, vamos deixar para lá, eu tomo após o almoço."

Mário guardou o remédio de volta na gaveta: "O Família Ribeiro é apenas um trampolim para lidarmos com a Família Adams, não precisamos nos desgastar tanto. Afinal, não podemos apenas usar sua estrutura e ainda nos responsabilizar por transformá-la em um conglomerado internacional."

"A Família Adams é um grande navio, mesmo agora que Eduardo se foi, não é algo que qualquer um possa perturbar. Se o trampolim da Família Ribeiro não for forte o suficiente, quem irá querer correr o risco de colaborar conosco?" Ele olhou para os documentos empilhados na mesa, cansado: "Nos dias de hoje, ninguém é tolo, se a empresa não tiver uma base sólida, mesmo que o líder seja competente, as parcerias não serão consideradas."

Mário: "Eu não entendo de negócios, esse assunto é com você, irmão. Eu confio em você, vamos fazer como você diz."

Depois de falar, ele olhou novamente para Alex, tentando sondar: "Ouvi dizer que você viu a ex-esposa de Eduardo há alguns dias na festa de aniversário da Velha Sra. Rocha? Ela não suspeitou de nada ao ver seu rosto?"

"Houve suspeitas, mas eu e Eduardo não temos o mesmo temperamento, depois de algumas interações, ela percebeu a diferença."

Mário parecia querer perguntar mais, mas vendo que Alex não estava interessado em continuar o assunto, conteve-se.

O almoço foi servido no escritório, uma refeição preparada pelo assistente. Após comer, Mário supervisionou Alex tomando o remédio e ficou conversando com ele por um tempo antes de sair.

Alex perguntou sobre o que Mário tem feito recentemente.

Assim que Mário saiu, Alex foi ao banheiro, cuspiu no vaso sanitário a pílula que estava escondida sob a língua e já estava pela metade dissolvida, e depois enxaguou a boca.

Nicolas: "......"

Essa posição...

Se o Sr. Adams tivesse um terço, não, um quinto da habilidade de ser 'verde-chá', provavelmente já teria uma família completa agora.

Ele olhou pelo retrovisor e viu a senhora jovem olhando fixamente para o Sr. Gomes, sem dizer uma palavra ou recusar.

Não dava para culpar a senhora jovem por não ser firme, se ele fosse uma mulher, também gostaria de estar com o Sr. Gomes, que é gentil e erudito, tem bom temperamento, sabe ser atencioso e fala palavras de afeto com facilidade.

Ele deu uma guinada forte no volante, e o carro balançou, quebrando o clima de tensão que se formava no banco de trás.

No campo de golfe.

Quando chegaram, o Sr. Moreira também acabara de chegar. Ele olhou para Vinicius ao lado de Renata e, com um sorriso malicioso, falou: "O Sr. Gomes está pensando em assumir um cargo na Família Adams?"

Vinicius sorriu e apertou a mão do outro: "Hoje o Tio Adams não se sentiu bem e não pôde vir. Eduardo e eu crescemos juntos como irmãos, e agora que ele está desaparecido, o que posso fazer é cuidar da Família Adams até que ele volte, dentro das minhas possibilidades."

O Sr. Moreira sorriu sem mostrar se acreditava ou não e disse: "Que coincidência, hoje eu também convidei outra pessoa, quem sabe vocês não terão uma boa conversa."