CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 450

Entrou no carro.

Renata estava prestes a olhar para o tornozelo quando alguém se inclinou primeiro e segurou sua perna.

O desconhecido aroma do homem a envolveu.

Com dedos longos e ágeis, ele apertou suavemente ao redor do tornozelo inchado de Renata, que soltou um 'xi' de dor e instintivamente tentou retrair o pé.

Alex a segurou firme, ergueu a cabeça e seu olhar caiu sobre as sobrancelhas franzidas de Renata em uma expressão de dor. Uma emoção fervente pareceu fluir em seus olhos, mas ao olhar para ela, voltou ao normal: "Não se mexa."

A voz rouca soava baixa e suave.

Alex tirou o sapato dela e girou o pé dela de um lado para o outro. "Dói?"

Renata se concentrou por um momento: "Está suportável."

"Não é uma fratura, mas é um machucado no tecido mole, precisa ser tratado," Alex, pensando na forma como ela havia caminhado pulando antes, sentiu uma onda de irritação no peito e elevou o tom sem querer: "Você vai precisar ficar pelo menos um mês sem andar."

Renata quis dizer algo, mas ao ver o assistente focado na direção na frente, engoliu as palavras e também recolheu o pé que Alex ainda segurava: "Sr. Ribeiro, agradeço o conselho, mas quem decide quando eu posso sair da cama é o médico."

Alex franzia a testa em um misto de frustração: "Descansar mais um pouco sempre é melhor, caso contrário, se não sarar direito, pode ficar com sequelas permanentes e tornar-se manca..."

"Cof, cof..."

Na frente, o assistente tossiu alto, interrompendo-o: "Srta. Soares, o Sr. Ribeiro está preocupado com você, teme que sofra no futuro. Lesões nas articulações são sérias, se não curadas corretamente, podem doer com o vento, a chuva e em dias nublados."

Alex lançou-lhe um olhar de aprovação e voltou seu olhar para o ventre de Renata. Ele não pretendia dizer, mas não resistiu e acrescentou: "E você está grávida, no futuro evite pular assim."

Renata forçou um sorriso sarcástico: "Sr. Ribeiro, você está ultrapassando os limites, isso é algo que o meu ex-marido deveria se preocupar."

Alex, frustrado, exclamou impulsivamente: "Eu..."

Ele apenas pronunciou uma palavra e a razão o fez parar.

Na situação atual, era seguro que Renata não o reconhecesse. Mário poderia usar ela para testá-lo, mas enquanto não houvesse uma ruptura total, ele não agiria cruelmente.

A Família Adams, embora estivesse em uma situação difícil, não estava à mercê de qualquer um.

Renata, ao vê-lo silencioso, provocou: "O que foi?"

Alex apertou os lábios: "Estou apenas dando um conselho."

"Heh."

Renata riu friamente e ignorou-o, baixando a cabeça para começar a assistir a vídeos.

O assistente, tentando aliviar a tensão no banco de trás, falou: "Srta. Soares, nosso Sr. Ribeiro é o que chamamos de 'bom homem de família', perfeito para casar. Apesar de parecer distante, ele se preocupa com os outros e organiza tudo nos mínimos detalhes, além de adorar crianças. A Família Ribeiro tem apoiado muitos orfanatos, além de doações, o Sr. Ribeiro faz trabalho voluntário todo mês."

"O mais importante é que, diante do perigo, ele certamente estará na frente para protegê-la, muito mais confiável do que aqueles homens que parecem gentis, mas só têm palavras. Aqueles são claramente mimados em casa, não podem carregar peso ou lidar com trabalho duro. Se você se machucasse, em vez de te levar para o hospital, provavelmente estariam muito cansados para descer as escadas sem parar a cada passo."

Antonio sentia-se como uma ferramenta de elogios, esquecendo-se da moral.

"O Sr. Ribeiro até massageou seu pé. Eu cresci sem sequer tocar no pé de uma mulher, quem dirá no tornozelo."

Vinícius sorriu e acenou com a cabeça: "Agradeço por isso. Eu cuido da Renata agora. Já está ficando tarde, Sr. Ribeiro, o senhor deve ir para casa descansar."

Ele se inclinou e sussurrou para Renata: "Consegue andar?"

Renata moveu um pouco o pé e balançou a cabeça: "Não muito, você poderia ir até a recepção..."

Antes que ela terminasse a frase, Vinícius já a tinha levantado nos braços.

Essa ação foi tão repentina que não só Renata, mas todos os presentes ficaram sem reação. Quando finalmente reagiram, Vinícius já estava a vários passos distância carregando Renata.

Vinícius disse: "Eu te carrego para dentro, acabei de perguntar na recepção e não tem nenhuma cadeira de rodas disponível agora."

Renata queria descer, mas sem uma cadeira de rodas, ela demoraria muito para chegar ao consultório, e o médico provavelmente já teria ido embora.

Ela ficou rígida nos braços de Vinícius.

Por trás, o olhar de Alex em sua direção era quase palpável, ela não ousava virar-se para ver o rosto dele.

Provavelmente ele estava se sentindo rejeitado e irritado, afinal, ela acabara de recusar a ajuda dele e agora permitia que Vinícius a carregasse. Com a inteligência emocional limitada de Alex, provavelmente não conseguiria pensar em mais nada, sua mente cheia da ideia de que "ela não me deixou carregar, mas deixou Vinícius".

Vinícius sorriu brincalhão: "Relaxa um pouco, senão vou pensar que estou carregando uma pedra, não uma pessoa. Imagine que eu sou um enfermeiro ou um auxiliar do hospital, assim fica sem peso na consciência."

Renata sorriu constrangida: "Acho que não tem nenhum enfermeiro ou auxiliar tão bonito assim."

Alex ouviu cada palavra sem perder uma vírgula e resmungou desagradavelmente: "Não importa quão bonito ele seja, ele sempre chega depois do fato. Quantas vezes ele conseguiu chegar na hora quando você se machucou? Um homem tão pouco confiável, se não tivesse um rosto atraente, nem conseguiria casar."