CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 467

A sensação suave ao toque da palma da mão fez o coração de Alex estremecer instantaneamente; ele deveria ter soltado imediatamente, mas não apenas não soltou, como também, sem conseguir se conter, apertou-a levemente.

As pontas dos dedos ásperos de calos deslizaram pela pele de Renata, e uma sensação de formigamento surgiu daquele ponto, correndo pelas veias até o topo da cabeça.

Era como se inúmeros fogos de artifício carregassem pequenas correntes elétricas, indo diretamente para o coração.

A maçã do rosto de Alex moveu-se sutilmente, e ele baixou os olhos para encontrar o olhar de Renata.

O ambiente ao redor ficou silencioso de repente, como se, além deles, todas as outras pessoas desaparecessem.

Mas, infelizmente, alguém desatento quebrou essa atmosfera agradável com sua fala, e a mão de Alex foi afastada: "Sr. Ribeiro, o que você está fazendo, a acariciar as contas? A mão de Renata vai acabar polida de tanto toque, e a senhora acabou de perder o marido. Não é uma vantagem que você está levando aí, não é?"

Rafael puxou uma cadeira com um gesto amplo, transformando a cena de um drama romântico em uma de artes marciais.

Depois de se sentar, ele puxou a cadeira ao lado para Renata, e quando Alex estava prestes a se mover para sentar ao outro lado dela, seu braço foi agarrado pelo descarado Rafael, que chutou a cadeira ao seu próprio lado: "Sr. Ribeiro, sente-se aqui, é mais fácil para os homens ficarem juntos."

Alex deu-lhe um olhar frio, sua arrogância era tão irritante quanto sempre, e ele inclinou levemente o queixo para cima com um ar presunçoso: "Desculpe, mas eu tenho toc, não suporto o cheiro de suor dos homens, é fedorento."

Rafael nasceu com a pele grossa e era um verdadeiro malandro do exército. Ao ouvir isso, ele não ficou nem um pouco irritado. Ele tinha saído da Família Barros naquela manhã e acabara de tomar um banho; agora era um outono fresco e ele tinha estado no carro o caminho todo, de onde veio o suor?

Esse Sr. Ribeiro que apareceu do nada estava claramente apenas procurando por problemas.

Ele se levantou, passou o braço pelo ombro de Alex com uma intimidade de bons amigos, e o empurrou para a cadeira ao seu lado: "Então, Sr. Ribeiro, isso é uma doença, não? Não é só os homens que suam, as mulheres também. Até hoje, não conheci ninguém que suasse perfume. Se você tiver esse problema, vai ser difícil casar no futuro. Vem cá, eu te ajudo a curar isso."

E com isso, Rafael se inclinou intencionalmente em direção a Alex, como se quisesse maximizar o poder do cheiro de suor: "Não existe aquela terapia de dessensibilização? Se não gosta do cheiro, só precisa cheirar mais, e logo se acostuma."

Alex não se importava com o cheiro de suor, mas ele desprezava Rafael. Ele apertou os lábios e empurrou a pessoa para longe, franzindo a testa e dizendo: "Hoje é a primeira vez que nos encontramos, acho que ainda não estamos tão íntimos para ter esse tipo de contato, certo?"

"Então, que tal nos conhecermos melhor? Irmão," Rafael deu um tapa amigável no ombro de Alex, "vamos beber cachaça ou um bom vinho?"

Ele nem se preocupou em mencionar cerveja.

Alex: "Eu não bebo."

"Ah, você não bebe?" Rafael fez um som de decepção e virou-se para Renata, piscando para ela, "Renata, estive no exército nos últimos meses, faz tempo que não toco em álcool, estou morrendo de vontade. Se mais tarde eu beber demais..."

Ele se inclinou para sussurrar algo no ouvido de Renata.

A voz era tão baixa que Alex não podia ouvir, só podia adivinhar o que Rafael poderia ter dito pelas mudanças de humor da mulher.

Primeiro Renata franziu a testa e depois virou a cabeça para olhar para ele, reprimindo-o com a voz baixa: "Beba menos."

Ela nunca se importou quando ele bebia até ficar bêbado em compromissos sociais, mas agora ela estava cuidando de Rafael e até pedindo-lhe para beber menos.

Alex sentiu uma pontada de ciúmes com essa cena íntima, percebendo que Mário o estava observando, ele seguiu o olhar do outro e virou-se, "O que foi?"

Se ele não mudasse o foco da sua atenção, temia que acabasse como Joaquim, furioso a ponto de quebrar pratos.

Mário sorriu levemente para ele, com um olhar particularmente significativo: "Este cavalheiro é o novo namorado de Renata? De qual família ele é?"