CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 469

Renata perdeu a paciência de repente e, com o rosto fechado, falou friamente: "Não há nada de errado em nos considerarmos mutuamente, afinal, como saber quem é adequado para nós sem nos conhecermos melhor? Cuide da sua própria empresa, Sr. Ribeiro, e deixe meus assuntos, especialmente esses, fora de seu cuidado."

Ela tentou com força retirar sua mão do aperto de Alex, mas ele a segurava firmemente, não querendo soltá-la, não importava o quanto ela lutasse.

"Solte-me." A emoção de Renata estava começando a ficar fora de controle, ela passou a mão pelo cabelo, tentando esconder de Alex seus olhos que começavam a ficar vermelhos.

As palavras que foram ditas apenas acenderam o pavio dessa discórdia. Essas emoções estavam pesando no coração dela desde o incidente com Eduardo.

Nos últimos meses, ela viveu em constante medo e insônia. Temeu não encontrar Eduardo e ter que enfrentar sozinha os longos anos à frente, sem ninguém para compartilhar as alegrias ou as tristezas, uma tortura até mesmo pensar nisso; e temeu encontrar Eduardo, temeu receber uma ligação ou alguém dizer que encontraram seus restos.

Ela vivia nesse puxa e empurra diário, com o coração já invadido por toda espécie de emoção, esticado ao máximo, qualquer pequena perturbação poderia fazê-la desmoronar.

Se não fosse pelo desejo de Eduardo de vê-la viver bem, se não fosse o corpo frágil de Morticia que não poderia aguentar o impacto, ela já teria desistido.

Alex disse: "Se eu soltar, você vai fugir."

Eles estavam em um lugar muito visível, e qualquer pessoa que passasse por perto acabaria vendo-os.

Ele puxou Renata para um canto mais escondido, ficando frente a frente com ela, e finalmente viu seus olhos vermelhos, sentindo uma dor aguda no coração.

A garganta de Alex apertou, e ele levantou a mão para tocar seu rosto, com uma voz rouca chamando: "Renata."

Renata deu um passo para trás: "Sr. Ribeiro, por favor, mantenha a compostura. Eu não tenho interesse em ambiguidades com você, nem deixe que você desenvolva qualquer percepção errada."

Alex estendeu o braço e a abraçou, apoiando seu queixo no topo da cabeça dela: "Desculpe, eu falei algo errado antes. Estou com ciúmes de vê-la todos os dias rodeada por aqueles dois. Não fique brava, não é bom para você nem para o bebê."

Renata soltou uma risada irônica e o empurrou com força, batendo na roupa como se estivesse tirando a poeira inexistente, como se ele a repugnasse: "Sr. Ribeiro, você perdeu o juízo? Mal nos conhecemos, que ciúmes você poderia ter?"

Alex: "…"

Essas eram as palavras que ele havia dito na entrada, e agora Renata as devolvia, deixando-o sem argumentos para rebater.

E quando Renata estava prestes a se afastar, sem qualquer intenção de jogar jogos de conquista, ele, nervoso, a segurou rapidamente, temendo que ela desaparecesse: "Renata, não vá, ouça-me, eu sou Eduardo."

"…"

Essas três palavras ecoaram em sua cabeça como um trovão, Renata olhou para ele em choque. Suspeitar era uma coisa, mas ouvir a confirmação era outra.

Era realmente frustrante.

"Renata, eu não estou envolvido em nenhuma farsa literária, eu sou realmente o Eduardo. Olhe para o meu rosto, como pode haver outra pessoa tão parecida comigo no mundo?"

Ele soltou Renata, mas ainda mantinha uma mão firmemente em seu braço, como se temesse que ela fugisse, e com a outra mão afastou a franja para mostrar sua testa lisa. "Veja, assim não ficamos exatamente iguais?"

Renata o observou por um momento, indiferente, e disse: "Você sempre foi parecido com ele, senão como eu teria te confundido com ele antes?"

Alex: "…"

Caramba.

Isso tinha ido longe demais.

Renata: "Você diz que é ele e pronto. E esse seu rosto, quem sabe não passa de uma cirurgia plástica? Com a tecnologia de cirurgia da Coreia do Sul atual, não seria impossível criar uma ilusão perfeita. E com todo o seu dinheiro, encontrar um bom cirurgião plástico deveria ser a coisa mais fácil do mundo, certo?"

Alex, agora realmente ansioso: "Então o que eu preciso fazer para você acreditar?"