CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 498

Após o fim daquele encontro íntimo, Eduardo a abraçou, tentando acalmar sua respiração ofegante. Ele estava coberto de suor, parecendo alguém que acabara de ser retirado da água. "Renata, estou de volta agora. A Família Adams me substituiu na vigilância, eu não deixarei que ela vá à falência. Quando tiver a chance, peça demissão e volte a ser a restauradora de artefatos antigos que você ama ser."

A voz dele ainda trazia um suspiro evidente, e o peito se movia em um ritmo acelerado. "Desde que você começou a trabalhar na Família Adams, só vejo cansaço e infelicidade no seu rosto. Renata, você estava tão radiante depois que nos divorciamos. Eu espero que você brilhe assim estando ao meu lado, assim como brilhava na televisão."

Renata não esperava que Eduardo pensasse dessa forma. Ela havia escolhido entrar para a Família Adams por vontade própria e não queria que ele sentisse remorso, pensando que ela tinha sido forçada a entrar nos negócios por causa dele. "Eduardo, não é o que você está pensando..."

"Eu sei, Renata. Você queria proteger a Família Adams enquanto eu não estava. Agora que retornei, deixe que eu cuide dela, certo?"

Renata estava tão exausta que não queria se mover ou falar. Já estava claro lá fora, e o horário de trabalho havia passado há muito tempo.

Eduardo riu baixo e mordeu levemente o lóbulo de sua orelha: "Se você não se levantar agora, vou ter que continuar."

Renata, que estava exausta ao ponto de se comparar a um cachorro morto, subitamente recuperou suas forças, empurrou-o com as mãos e se sentou na cama com um movimento rápido, correndo para o banheiro.

Quando seus pés tocaram o chão, seus joelhos fraquejaram e ela quase caiu de cara no chão.

Ela se apoiou na cama com uma mão e na cintura com a outra, entrando no banheiro em uma postura desajeitada. A porta se fechou com um 'bang' e ela a trancou.

No quarto, agora silencioso, Eduardo ficou parado por um momento antes de rir baixinho.

Devido a esse imprevisto, Renata chegou atrasada ao trabalho, como esperado. Enquanto registrava o ponto, alguém comentou em voz alta o suficiente para ser ouvido em um raio de três metros: "Ter conexões realmente faz a diferença. Chegar duas horas atrasada e ainda assim vir, se fosse qualquer um de nós, já teríamos sido repreendidos pelo supervisor."

"Veja o que você está dizendo. A supervisora dela é a ex-sogra, e ela está grávida do futuro herdeiro da Família Adams. Mesmo que ela não venha todos os dias, ainda receberia seu salário."

Diante de pessoas que só sabem invejar a vida dos outros e não olham para si mesmas, quanto mais você as contraria, mais satisfação elas sentem. Portanto, nada é melhor do que concordar com elas: "Você está certa, mas eu nasci para trabalhar duro. Não consigo ficar parada e não estou precisando de dinheiro. Pode descontar."

É só que ela nasceu para trabalhar duro. Não seria melhor simplesmente comer e trabalhar em paz? Mas ela tinha que provocá-lo, e acabou sendo dominada por ele na cama por duas horas. Não era só ficar em silêncio; ele ainda insistia em ouvi-la dizer que "ele era bom naquilo", não parando enquanto ela não falasse.

Ela nunca viu um homem tão vaidoso.

As duas mulheres que falavam dela a observaram se afastar com uma expressão amarga no rosto: "..."

"Aliás," Renata se virou e sorriu para elas como se estivesse banhada pela primavera: "Se vocês estão com inveja, também podem casar com um herdeiro rico. Este lugar está cheio de escritórios. Escolham um e fiquem esperando, quem sabe um dia vocês não têm sorte? Eu consegui subir na vida assim com o Sr. Adams."

"..."

Renata virou-se e sua expressão alegre desabou. Ela massageou discretamente a parte inferior das costas e rangeu os dentes —

Eduardo, aquele monstro, era completamente insensível. Ele definitivamente devia ter tomado alguma coisa, pois nenhum homem normal aguentaria duas horas. Embora não fosse de forma contínua, foi o suficiente para ela aguentar.

Ao entrar no elevador exclusivo do presidente, ela viu seu rosto cansado refletido nas paredes metálicas brilhantes. Por causa de sua condição de grávida, ela sempre estava sem maquiagem na empresa. Agora, sem a cobertura da base, as olheiras azuladas sob seus olhos eram especialmente evidentes, como se ela tivesse sido totalmente esgotada por um demônio.

"Em breve será o aniversário de Viviana, e eu queria saber o que ela gosta," disse ele com expressão neutra e um tom sério e frio, mais parecendo estar verificando o conhecimento de um assistente sobre legislação do que inquirindo sobre os gostos da pessoa que lhe interessava.

Renata se sentiu como se um professor universitário tivesse a chamado de repente, instintivamente endireitou sua postura antes de perceber que Miguel estava perguntando sobre Viviana.

Contando os dias, realmente estava próximo. Ela tinha estado tão ocupada recentemente que se esquecera disso.

"Advogado Miguel, você realmente gosta de Viviana?"

Ela e Viviana podiam não ser inseparáveis, mas compartilhavam tudo uma com a outra. Sempre que Viviana falava de Miguel, era com um ódio que fazia seus dentes coçarem. Além disso, ele quase a tinha feito parar atrás das grades, mesmo que o mentor fosse Eduardo, para o temperamento vingativo de Viviana, não havia diferença entre o mentor e o cúmplice.

Renata não tinha ideia de como eles chegaram a esse ponto.

"..." Miguel ficou em silêncio por alguns segundos: "Ela tem perfil para ser esposa."

Barulhenta e animada, a casa nunca ficaria silenciosa.

"Se é assim, Advogado Miguel, não precisa se dar ao trabalho, ela não vai gostar de nada que você der. Existem muitas que são adequadas para ser esposa, você pode encontrar alguém do tipo dela," Renata respondeu com um tom mais neutro, acelerando o passo: "Se o Advogado Miguel está muito ocupado para procurar, eu posso ajudar."

Ela já estava atrasada e, depois de ser detida por Miguel, os outros já tinham entrado na sala de jantar privada.