CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 516

Renata estendeu a mão para abraçar Morticia, mas foi impedida: "Acabei de regar as plantas, estou toda suja..."

Antes que pudesse terminar a frase, sentiu o peso do braço de Renata ao redor dela, aproximando-a: "Mãe, me conta sobre aquele menino que vocês quase adotaram."

Mulheres, às vezes, são mais atentas aos detalhes do que os homens, Eduardo disse que havia mais pessoas por trás de Mário, talvez ela pudesse pegar alguma pista da descrição de Morticia.

Quando Morticia ouviu o nome de Mário, franzida foi sua testa: "Ele causou problemas de novo? Eu sempre disse ao seu pai para não se envolver, para não tentar ser um salvador, aquele menino nasceu para ser problema, era só deixar ele se virar no orfanato. Mas seu pai insistiu em tirá-lo de lá."

"Não, ele não causou problemas recentemente, só estava curiosa, ele foi para o exterior," Renata tentou acalmá-la rapidamente.

"Curiosidade por um desajustado? Quem sabe o que se passa na mente dele, só mantenha distância."

Segundo Nicole, eles só encontraram Mário no orfanato duas vezes, uma para confirmar sua identidade e outra para o processo de adoção. Depois disso, para retirá-lo de lá e enviá-lo ao exterior, confiaram em seus subordinados, e aquele incidente com um cão foi o suficiente para Morticia sentir uma aversão tão profunda por ele?

"Você mal o conheceu, como pode detestá-lo tanto?"

Morticia baixou os cílios, escondendo um breve vislumbre de temor sob o olhar de Renata, e com um resmungo, disse, "Não sou a Misericordiosa Guanyin, não posso sentir empatia por alguém assim, especialmente sabendo que ele está se escondendo perto do Sr. Ribeiro, só de pensar nisso me arrepio..."

Ela esteve tão abatida ultimamente, seguindo a rotina apesar do desânimo visível, perdendo peso tão rapidamente que parecia que um sopro a derrubaria. Sem saída, Nicole acabou revelando a Morticia que Eduardo ainda estava vivo.

Ela esperava que Morticia fosse imediatamente verificar, mas não o fez, apenas olhou para o resultado do teste de paternidade e chorou silenciosamente por uma tarde.

Renata perguntou: "Mário não tem mais nenhum parente?"

Para acabar sendo levado a um orfanato...

Mesmo que seus pais fossem filhos únicos, ainda deveria haver avós ou bisavós vivos.

"Não, todos morreram."

"..."

Após desabafar, Morticia suavizou o tom: "Seu pai e sua mãe não eram casados, foram fruto de uma noite, e dessa única vez veio a criança. As famílias decidiram que ela deveria nascer, mas não conseguiram se harmonizar durante a gravidez. Depois do nascimento, eles se separaram e a mãe desapareceu completamente. O pai de Mário nunca mais foi visto após o acidente."

Nicole e o pai de Mário trabalhavam na mesma empresa e tinham uma boa relação, mas devido a eventos subsequentes e a desvios financeiros, acabaram se separando.

Renata refletiu: "Ele era tão jovem quando foi para o exterior, e cresceu sob sua supervisão, mesmo com más intenções, deveria ser difícil para ele ter conexões."

Mas para encurralar Eduardo a tal ponto, não deveria ser alguém inocente.

Pensando em Mauro Duarte, ela franziu a testa: "O pai de Mário realmente morreu?"

Para conseguir infiltrar informantes na Família Adams, ou a pessoa tem contatos muito poderosos ou já esteve na Família Adams antes, possuindo seguidores leais.

Mas Nicole e Eduardo certamente já pensaram nisso, e como não suspeitaram, provavelmente era apenas uma preocupação excessiva de sua parte, então ela apenas fez a pergunta casualmente.

Morticia parecia relutante em mencionar aquela pessoa. Ela apertou os lábios, e após uma pausa, finalmente disse: “Sim, ele morreu. Quando o puxaram para fora da água, seu corpo estava inchado como um gigante, já que o mar tinha feito o seu trabalho. Naquela época, quem fez o resgate foi um guarda-costas, sem experiência alguma. Como resultado, o corpo explodiu, cobrindo-os com uma substância pegajosa.”

Quase morreu de susto com as respostas e desejava poder levar Renata de volta ao hospital imediatamente, para que ela ficasse sob cuidados médicos 24 horas por dia.

Nesse momento, Renata estava sentada de pernas cruzadas no sofá, comendo frutas que Linda havia lavado: “Mas eu também não posso ficar no hospital por um ano e meio, né? O médico disse que eu podia ir para casa.”

“Então, para onde você foi depois da alta? Para aquele pequeno apartamento que você alugou perto da Família Adams? Alguém está cuidando de você?”

“Não, estou na casa dos meus sogros, minha sogra cuidará de mim.”

Rafael já havia conhecido Morticia e sabia que ela realmente tratava Renata como se fosse sua própria filha. Morando lá, ela certamente receberia os melhores cuidados. “Me envie o endereço.”

“Para quê?”

“Tenho algo para você. Ontem, aquela pessoa atrapalhou, e eu esqueci.”

Renata perguntou instintivamente: “O que é?”

“Você verá quando receber.”

Ele não tinha realmente nada de especial para dar a ela; havia retornado ao exército recentemente, onde passava os dias em exercícios físicos extenuantes e treinamento de tiro, camuflado na selva, às vezes por dias a fio. O que ele poderia ter para lhe dar? Ele apenas queria comprar alguns suplementos nutricionais para ela, sabendo que ela provavelmente recusaria, então inventou essa desculpa.

“Me dê o endereço que eu vou até você,” disse Renata, que de qualquer forma não pretendia passar a noite na mansão antiga. Uma corrida até lá não seria incômodo.

“Agora você está no resguardo, não deveria ficar saindo por aí. A enfermeira disse que, nessa condição, o melhor é não pegar friagem nem tocar em água fria por uma semana...”