CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 541

Renata Soares recebeu a mensagem enquanto estava a caminho do escritório do advogado Miguel. Ao ver a foto, ela imediatamente tentou retornar a ligação: mas a outra parte havia desligado o telefone.

Vinicius Gomes, sentado ao seu lado, também viu as fotos: "Renata, o Eduardo não é tão fraco. Talvez ele tenha outro plano."

Ele temia que Renata agisse impulsivamente e caísse na armadilha do adversário. Mário Neves enviou essas fotos certamente com segundas intenções. O motivo pelo qual ele não dizia nada agora era para deixá-la em pânico, preocupada com a vida ou morte de alguém importante para ela. Com o passar do tempo, mesmo a mais forte das resoluções poderia desmoronar. Uma vez que isso acontecesse, seria fácil ser manipulada.

"…Eu sei," Renata forçou-se a desviar o olhar das fotos, desligando a tela do celular numa tentativa de "o que os olhos não veem, o coração não sente": "Eu não vou agir impulsivamente, e também não vou entregar minha cabeça de bandeja. Mário certamente está tramando algo para me usar, eu sou completamente indefesa. Mesmo que eu apareça na frente deles armada, não conseguiria realizar uma façanha heróica para resgatar o Eduardo Adams."

Histórias de um monge humilhado que se torna um mestre invencível pertencem ao reino da fantasia.

Ela era fraca em termos de força física, não tinha o talento de Eduardo para atuação e era completamente leiga em guerras comerciais. Sua presença só serviria para enriquecer a cena preparada por Mário.

Ela tinha consciência de suas limitações, sabendo que agir impulsivamente só atrasaria os outros: "A identidade do Eduardo certamente já foi exposta. Depois de ser manipulado por tanto tempo, dado o nível de perversão de Mário, ele não o deixaria escapar facilmente. Eduardo já havia sido severamente espancado anteriormente e não cedeu; ao enviar as fotos para mim, Mário apenas quer usar-me para atormentá-lo, para satisfazer seu desejo perverso. Desde que eu não apareça, ele manterá o Eduardo vivo, o que dará mais tempo para Alfonso Oliveira."

Sua lógica era clara, e ela mantinha a calma, mas as mãos que apertavam o celular firmemente traíam seus verdadeiros sentimentos.

Ela estava preocupada com Eduardo, desejando poder atravessar o telefone e acabar com Mário.

"…" Vinicius, desde que viu as fotos, tentava pensar em algo para convencê-la, mas antes que pudesse falar, Renata já havia expressado tudo o que ele pretendia dizer. Ele deu um sorriso resignado, "Às vezes, eu realmente desejo que você pudesse ser um pouco mais irracional no amor, assim eu me sentiria um pouco mais útil."

Renata ficou atônita por alguns segundos antes de entender o que ele quis dizer, "Você me acha mais capaz do que realmente sou. Eu também sou cheia de dúvidas. Se ainda consigo manter a calma agora, é porque confio no Eduardo, em você e no Alfonso. Também estou preocupada que agir impulsivamente possa acabar prejudicando os planos.

Já planejei, se algo realmente acontecer com ele, vou encontrar uma oportunidade para acabar com esse desgraçado do Mário, e depois jogar ácido em seu corpo, para garantir que acabemos juntos."

Vinicius: "…"

Ele ficou sem palavras, levando um tempo para finalmente conseguir dizer algo, "Você não deveria ser tão radical. A vida continua."

Renata sorriu, sem dizer nada, e virou-se para olhar pela janela. O sorriso forçado desapareceu assim que ela deixou de olhar para Vinicius.

Ela estava extremamente irritada por dentro. Todos entendem a lógica, mas compreender não significa necessariamente aceitar, especialmente se algo inesperado acontecer. Mas ela não podia deixar Vinicius compartilhar de sua angústia. Expressar tais emoções negativas não ajudaria em nada, apenas faria com que mais pessoas se preocupassem.

"Se você sabe disso, por que não fica quietinha na Villa Bella Vista?"

"Em momentos assim, preciso encontrar algo para fazer, para não ficar pensando demais. Ficar sem fazer nada só me faz querer pegar uma faca de cozinha e ir atrás do Mário, mas sacrificar a minha vida e a do Eduardo pela dele não vale a pena. Não posso ajudar na linha de frente, só me resta ver se consigo ajudar o advogado Miguel com os problemas da família Ribeiro."

Caso a situação continuasse a fermentar, e ele voltasse com uma chance mínima de sobrevivência, apenas para ser preso e obrigado a trabalhar com papelão na prisão, não seria trágico demais? Afinal, ele era um jovem nobre, acostumado a uma vida de luxo desde pequeno, sem nunca ter enfrentado dificuldades ou entrado em brigas, com menos músculos abdominais que os outros, certamente seria alvo de zombarias.