CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 552

Miguel parecia estar provocando-a propositalmente: "Se você quiser, por mim tudo bem."

"Eu acho que você está delirando," disse Viviana, olhando para o rosto do homem a poucos centímetros de distância, sua voz ficando progressivamente mais baixa. Um homem que podia entrar e sair dos tribunais, vencendo todos os casos, e que poderia esmagá-la apenas com sua presença.

Viviana o empurrou pelo peito, fazendo-o recuar: "Dê um passo para trás."

Quando ela estava sentada, estava tudo bem, mas ao se levantar, a proximidade entre eles parecia quase sufocante, e ela mal ousava respirar profundamente, temendo soprar seu hálito em seu rosto.

Miguel arqueou uma sobrancelha, "Minha proximidade te impede de falar?"

"Sim, eu temo que você..." Viviana, sob seu olhar penetrante, foi diminuindo o volume da sua voz até, sem muita convicção, trocar o 'você' por 'eu', "temo que eu tenha mau hálito, e possa incomodar o senhor."

Miguel inclinou-se para mais perto dela, parecendo querer beijá-la, seu hálito caindo sobre o rosto dela.

Viviana, surpresa, arregalou os olhos e inclinou a cabeça para trás, "O que você está fazendo?"

"Não há mau hálito, cheira a menta."

"..." Viviana acabou rindo: "Esse cheiro não te parece familiar?"

Logo depois, um punhado de balas foi enfiado nos braços de Miguel, tiradas da mesa disponíveis para os clientes, "As balas da sua empresa, sabor de menta, acabei de comer uma."

As balas duras de menta caíram sobre Miguel, espalhando-se no chão entre eles com um som de clique claque.

Renata viu que eles começaram a discutir novamente e não pôde evitar de massagear as têmporas, justo quando alguém bateu na porta. Ela então desligou o telefone e se levantou para atender.

Era Vinicius.

Ele segurava uma sacola da farmácia, com um antisséptico, "Sua ferida molhou, precisa ser tratada."

Renata olhou para sua mão, notando que o corte estava esbranquiçado por ter sido molhado, completamente absorta na videochamada com Viviana e esquecendo-se da ferida, ela pegou o medicamento de suas mãos, "Obrigada."

Vinicius perguntou: "Precisa de ajuda?"

"Não, eu consigo aplicar sozinha."

Sabendo que ela recusaria, ele simplesmente acenou com a cabeça e disse: "Ok, descanse logo."

...

No dia seguinte.

Eduardo foi transferido para o quarto comum, embora já estivesse fora de perigo, ainda não havia despertado.

Renata umedecia uma gaze em água, limpando cuidadosamente os vestígios de sangue em sua pele. O médico havia dito que Eduardo havia batido a cabeça ao cair da escada, o que poderia resultar em sequelas, mas só saberiam quais após ele acordar.

Ao passar a gaze sobre o nariz dele, os cílios do homem tremularam.

Renata parou, olhando ansiosamente para o homem na cama: "Eduardo?"

Eduardo abriu lentamente os olhos, sentindo uma dor cortante na cabeça, como se estivesse em uma serra circular, e não conseguiu evitar gemer.

A atmosfera no quarto tornou-se extremamente tensa.

O médico chegou rapidamente, após verificar a situação, disse, "Não é nada sério, mas é crucial que você descanse, evite atividades físicas e emoções fortes. Alguém deve ficar com o paciente nos próximos dias para observar qualquer anormalidade e acionar a campainha se necessário."

"Ok, obrigado." Renata queria se levantar para acompanhar, mas Eduardo continuava segurando sua mão, como se temesse que ela desaparecesse assim que a soltasse. Ela só pôde acenar constrangidamente para o médico enquanto ele saía.

Eduardo disse: "Não fique zangada, eu só estava tentando aliviar o clima pesado aqui," as palavras do médico lhe deram um pouco de confiança: "Você ouviu o médico, não posso ficar sozinho agora, e se eu não acordar?"

Ouvindo suas palavras amaldiçoadas, Renata lhe deu um tapa leve no ombro, "Sua habilidade de língua afiada melhorou, hein? Agora você não só fere os outros como também a si mesmo, é um ataque indiscriminado."

Eduardo respondeu irritado: "Por que você está sempre por perto? Desapareça, só de ver você minha cabeça dói."

Alfonso perguntou: "Seu corpo está bem agora?"

"Apenas alguns ferimentos externos, vou me recuperar com o tempo."

"Hm," o homem assentiu com a cabeça e se virou para sair, sem demorar-se um segundo sequer, levando Vinicius com ele.

Renata limpou o chão e depois tirou um frasco de perfume da bolsa para borrifar, Eduardo, deitado na cama, olhou para ela com uma expressão de mágoa: "Você me despreza."

"..." A mulher lançou-lhe um olhar de 'o que você está falando', "Quer que eu traga a lixeira para colocar ao seu lado?"

Eduardo de repente disse: "Vinicius mencionou que você tem estado ocupada esses dias, deve ter sido difícil."