CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 564

Eduardo, embora soubesse que Renata estava certa, ainda sentia um desconforto no coração e murmurou baixinho: "Ainda há maneiras de preservar flores frescas."

Renata ouviu claramente, mas fingiu que não, inclinando levemente a cabeça: "O que você disse?"

"Nada, vou ao banheiro."

Naquele momento, Eduardo ainda não podia andar e tinha que se mover em uma cadeira de rodas. Antes de sua identidade ser oficialmente revelada, não era apropriado que estranhos soubessem, então apenas eles dois estavam na mansão principal. Ontem, Renata pediu à empregada que preparasse um quarto no térreo, que por coincidência era o mesmo que Rafael tinha ocupado antes, até os lençóis e as capas de edredom eram os mesmos.

"..."

Seu humor já abafado tornou-se ainda mais irritadiço.

Eduardo decidiu que no primeiro dia após recuperar sua identidade, ele demitiria Nicolas, o incompetente sem visão. Renata não sabia como preservar flores secas? Como ele não saberia? Em resumo, era uma questão de falta de cuidado e de uma baixa inteligência emocional.

Ele manobrou a cadeira de rodas até a beira da cama, com os lábios apertados, o olhar fixo naqueles lençóis familiares.

Alguns minutos depois, Renata, que estava cortando legumes na cozinha, ouviu Eduardo chamando-a do quarto, pensando que ele precisava de ajuda com algum problema, ela rapidamente abriu a porta e entrou, "O que aconteceu?"

Vendo que Eduardo não estava no banheiro, mas sim ao lado da cama, ela perguntou, "Você quer dormir?"

Por que ele a chamaria para dormir? Ele conseguia subir e descer da cama do hospital usando apenas a força dos braços, quanto mais desta cama de altura comum em casa.

"Os lençóis estão sujos," Eduardo moveu a cadeira de rodas um pouco para o lado, revelando uma grande mancha úmida nos lençóis, o tecido escuro ficou com uma cor muito evidente, e Renata pôde ver isso da porta.

"Você..." Renata falou sem pensar: "Fez xixi na cama?"

Ela não podia ser culpada por perguntar isso, Eduardo disse que tinha ido ao banheiro, e agora, de repente, havia uma mancha de umidade nos lençóis, a maioria das pessoas teria essa ideia, mas assim que sua "CPU" esfriou, ela percebeu que tinha entendido mal.

"..." O homem ficou sem palavras por um momento, então disse, entre dentes: "Não, acidentalmente derramei água."

Foi então que Renata viu a garrafa de água mineral em suas pernas, dando-lhe um sorriso constrangido: "Oh, desculpe, saia que eu vou limpar."

Ela planejava secar o local com um secador de cabelo, já que os lençóis tinham sido trocados no dia anterior e a água mineral não sujaria.

Quando Renata se dirigiu ao banheiro, Eduardo disse: "Eu tenho dificuldade em dormir, o cheiro completamente desconhecido me faz temer não conseguir dormir à noite, troque os lençóis do quarto principal, por favor."

Renata lançou-lhe um olhar que dizia 'o que você está falando?', "Quando você estava no hospital, você não dormia bem?"

"Era por falta de opção."

Ele não podia deixar Renata saber que estava com ciúmes, apenas por causa de um conjunto de lençóis em que Rafael tinha dormido, isso faria parecer que ele era muito mesquinho.

"..."

Naquela tarde, Eduardo mergulhou no trabalho. Nos últimos dias, a Família Ribeiro estava em tumulto, os acionistas queriam retirar seus investimentos, os parceiros comerciais queriam cancelar contratos, uma grande quantidade de funcionários pediu demissão, e os que restaram estavam inquietos. A empresa estava cercada por credores, e ir ao trabalho se tornou uma missão que exigia estar totalmente armado, temendo ser atacado por essas pessoas enfurecidas.

Mas a Família Ribeiro já estava lutando na beira da falência há algum tempo, agora não tinha muitos funcionários.

Eduardo estava ao telefone, "Marque um encontro com André Ribeiro para mim."

Do outro lado da linha estava Antonio, que não se surpreendeu nem um pouco com a maneira como o Sr. Ribeiro chamava seu próprio pai pelo nome completo: "Certo."