CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 570

Viviana brilhou os olhos, achando a ideia simplesmente divina. Afinal, ela tinha condições de sustentar, mas após um breve pensamento, desistiu. Criar um filho não é como criar um cachorro; a criança precisa viver em um lar amoroso, que inclui tanto o amor de mãe quanto o de pai.

Porém, antes que pudesse balançar a cabeça em negação, a voz fria de Miguel ecoou atrás dela: "Não pode."

Viviana quase pulou da cadeira de susto, e enquanto respirava fundo, o tempero picante do churrasco a fez engasgar, tossindo descontroladamente. Quando finalmente conseguiu parar de tossir, ainda falava com dificuldade: "Você é algum fantasma? Não faz barulho ao andar e ainda fala de repente."

Ela estava aterrorizada.

Miguel arqueou uma sobrancelha, retrucando ironicamente: "Prefere que eu use botas militares e dê três voltas ao seu redor antes de falar para você me notar?"

Viviana, com as bochechas vermelhas da tosse, bebeu duas latas de cerveja numa tentativa falha de aliviar a ardência em sua garganta. Seus olhos, já brilhantes, estavam ainda mais luminosos, cheios de lágrimas involuntárias, enquanto ela o encarava furiosa: "O filho é meu. O que você tem a ver se eu quero ir a uma clínica de inseminação? Eu quero e vou buscar o melhor material genético possível para ter gêmeos perfeitos."

Ele a proibiu, mas ela estava decidida a desafiá-lo.

Afinal, fora da Villa Bella Vista, quem poderia controlar se ela teria filhos ou não?

Miguel franziu a testa, sério: "Um filho não é um objeto, não basta apenas alimentá-lo com dinheiro. É preciso educá-lo. A presença de mãe e pai é fundamental no desenvolvimento da criança. Caso contrário, é fácil causar problemas psicológicos, como frieza emocional ou carência afetiva, além de possíveis defeitos de caráter, que podem acompanhar a pessoa por toda a vida.

Além disso, mesmo sendo uma artista, deveria ler mais. Não é só escolher genes 'perfeitos' para ter gêmeos. Geralmente, a ocorrência de gêmeos tem mais a ver com a genética..."

O rosto de Viviana ficou vermelho de vergonha: "..."

Caramba.

Que tipo de homem bizarro era aquele, que começava a explicar em público como ter gêmeos, como se fosse dar uma aula de biologia genética ali mesmo? Viviana o interrompeu rapidamente: "Quem disse que eu concordei com a inseminação? Não pense que, por ser advogado, pode simplesmente me acusar sem provas."

Em comparação à sua agitação, Miguel era a personificação da calma, quase como um príncipe elegante jantando em um castelo europeu: "Você não disse, mas seus olhos brilharam quando ouviu a sugestão."

Viviana ficou sem palavras: "..."

O que era aquilo? Isso era humano? Ele era o quê, uma coruja com a cabeça girando em todas as direções? Ela estava de cabeça baixa, como ele podia ver seus olhos brilharem? Ela não era uma lâmpada.

Vendo seu silêncio, Miguel provocou: "Admite?"

"..."

Eu admito o seu *%￥##%.

Viviana estava visivelmente furiosa, respirando com dificuldade, mas, incapaz de vencer Miguel com palavras, apenas continuava a acalmar-se, murmurando: "Meus seios, vão acabar virando raiz de ginseng."

Renata, tentando conter o riso ao lado, percebeu que Viviana estava realmente irritada, e por mais que quisesse rir, não queria parecer insensível: "Advogado Miguel, se ainda quiser conquistar a Viviana, sugiro mudar de assunto."

Viviana respondeu irritada: "Impossível, nunca na vida. Quem iria querer namorar uma coruja e ter filhotes de coruja para ver se meus olhos brilham ou não?"

"..." Miguel levantou sua taça de vinho: "Um brinde?"

"Se não te deixar bêbado hoje, não me chamo Qin," ela retorquiu, incapaz de vencer pela lógica, mas confiante em sua capacidade de beber. Planejava embriagar Miguel, capturar seu momento vergonhoso em foto e exibir em um enorme display LED no escritório de advocacia, deixando-o envergonhado.

Ela arregaçou as mangas, "Vamos lá, quem perder é um cachorrinho."

Renata: "Viviana..."