CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 575

Viviana puxou o canto da boca de forma rígida. "Não foi ele, fui eu que comecei, ele originalmente não concordava, fui eu que insisti..."

Ela estava bêbada, mas não tinha perdido a memória. Embora não se lembrasse dos detalhes sobre a noite anterior, ainda tinha uma impressão vaga.

Vendo-a com uma expressão de arrependimento, Renata sentiu-se culpada, ela deveria ter feito Viviana ficar na Villa Bella Vista ontem à noite. "E agora, o que você pensa? Vai tentar algo com o Miguel?"

"Não vou tentar."

Renata não esperava que Viviana recusasse tão categoricamente. "Você realmente não está interessada nele?"

Se houvesse até mesmo um leve interesse, não teria deixado de dar uma chance depois do que aconteceu.

"Não é uma questão de interesse," Viviana cobriu a boca com a mão e sussurrou no ouvido dela, "ele não é capaz."

"Ah? Não pode ser," Renata ficou em silêncio por um momento antes de falar com dificuldade, "Eu pensei que o Advogado Miguel tivesse um bom físico e fosse capaz, ele é tão ruim assim naquela área?"

Ele e o Eduardo ainda são amigos, será que aquela velha frase sobre as pessoas serem conhecidas pela companhia que mantêm é verdadeira?

"Não é que seja ruim, é que simplesmente não tem, suspeito que ele nasceu assim, pouco dotado, estou com dor até na bunda," ela disse, mexendo-se desconfortavelmente, "não senti absolutamente nada."

Renata perguntou, "Então você sangrou?"

"Não sei, quando acordei estava deitada em cima do Miguel, segurando meus sapatos na mão, com medo de acordar aquele demônio, nem ousei olhar se havia sangue ou não. Além do mais, fizemos isso... no chão da sala, e as cerâmicas são de cor escura..."

"Você tem certeza de que algo aconteceu entre vocês ontem à noite?"

"Cert..." Viviana disse decisivamente, mas então hesitou. Ela pensou com mais cuidado e percebeu que não tinha memória daquilo. Ela apenas se lembrou de tê-lo beijado, e depois? O que mais ela fez?

Ela baixou a gola da camisa e inclinou a cabeça para mostrar a Renata as marcas em seu pescoço e clavícula. "Também no peito, e ainda tem marcas de dedos, tudo foi tão intenso, não é possível que não tenha acontecido nada."

Tão virtuoso? Desistir de uma oportunidade dessas?

Renata olhou para aquelas marcas dispersas, abriu a boca, mas realmente não sabia o que dizer.

Viviana olhou para ela com uma expressão de profunda injustiça, "Você acha que o Miguel iria à delegacia me acusar de estupro?"

"Provavelmente não, né? Nesse tipo de situação, não seria ele quem se beneficiaria mais? Por que ele iria te acusar, querendo adicionar uma aura de vítima à sua reputação?"

"Você não sabe, ele é pervertido nesse aspecto. Um toque acidental, e ele pode te acusar de um crime, depois ainda te diz quantos anos aquela ação daria de prisão. Sobre o rumor que espalhei de que ele era gay, ele não só encontrou fotos para me educar sobre o que é ser homossexual, como também exigiu que eu dissesse onde falei isso."

Ao falar sobre as atitudes extremas de Miguel, Viviana era eloquente. "Além disso, ele ainda queria que eu fosse apontar o local exato, você acredita? Dizendo que queria me perseguir, me acusando de crimes, sempre pronto a me acusar quando queria, mas se estivéssemos juntos, eu teria de anotar até a conta do almoço, para não acabar sendo acusada por ele devido a alguma razão bizarra e acabar na cadeia."

Ouvindo sua descrição exagerada, Renata riu, "Não pode ser tão..."

Ela de repente parou de falar, lembrando-se de que, quando Miguel ligou para Eduardo, ela ouviu vagamente que ele estava na delegacia. Ele não iria... realmente acusar Viviana de estupro, iria?

Viviana notou sua hesitação. "Por que parou de falar? Também acha que ele é um pervertido?"