CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 586

Eduardo originalmente só pretendia colocá-lo em uma situação desconfortável, quanto a ir ou não para um encontro às cegas, isso era problema do Vinicius, mas sua obsessão por Renata claramente não tinha limites.

Assim, ele mudou de ideia.

Vinicius não se estabilizava e isso deixava Eduardo incomodado, sentindo como se alguém estivesse sempre à espreita, pronto para roubar seu espaço.

“...”

Vinicius apenas observava, enquanto Eduardo e sua mãe planejavam seu futuro como se ele não estivesse lá.

Parecia um cachorro.

Dona Gomes, segurando o caderno como se fosse um tesouro, disse “Vou ter que estudar isso com cuidado, obrigada, Eduardo. Quando você e a Renata se casarem, vou lhes dar um envelope vermelho bem generoso.”

Essa última parte foi dita especialmente para que Vinicius ouvisse, para que ele não ficasse remoendo a situação e conseguisse seguir em frente.

Após a saída de Dona Gomes, Vinicius, irritado, retrucou a Eduardo, “A Família Adams está pensando em mudar de ramo para agência matrimonial?”

Arranjar um encontro às cegas para ele, com um caderno de instruções; que ideia mais absurda, só mesmo Eduardo para pensar em algo assim.

Eduardo respondeu, “Somos todos irmãos, eu já me resolvi, como poderia deixar você sozinho? Claro que me preocupo.”

Vinicius olhou para trás, sem responder.

“O que você está olhando?”

“Para ver se você vai crescer uma cauda,” disse, com um ar de superioridade, como se temesse que alguém não soubesse que Renata iria se casar com ele, “Apenas pediu em casamento, ainda não é definitivo. Quem sabe um dia a Renata se cansa de você e te dá um chute. Afinal, uma mulher com talento e beleza como ela não falta pretendentes.”

Eduardo “...”

Ele jamais poderia imaginar, até aquele momento, que palavras tão amargas pudessem sair da boca de Sr. Gomes, conhecido por sua gentileza e comportamento cavalheiresco. Realmente, o ciúme transforma as pessoas.

“Não precisa...” ele parou de falar de repente.

Vinicius, com um sorriso malicioso, provocou “Por que parou? Não vai continuar?”

Na área de alimentação.

Renata, carregando uma bandeja, quase esbarrou em um homem e rapidamente deu um passo para trás, “Desculpa.”

Felizmente, ela não tinha o hábito de andar para frente enquanto se virava, caso contrário, teria derramado tudo nele.

O homem ficou ainda mais nervoso, sua pele rapidamente coberta por um rubor, gesticulando e gaguejando, “Não, não, se alguém deve desculpas, sou eu, eu que bloquei seu caminho.”

Ele rapidamente olhou para o rosto de Renata antes de baixar a cabeça novamente, “E ainda te assustei.”

Renata deu um sorriso leve e virou-se para ir embora.

“Oi, eu...” o homem a chamou apressadamente, “Posso te convidar para dançar?”

Renata não respondeu imediatamente, mas olhou ao redor, notando um grupo de pessoas, homens e mulheres, olhando para eles com expressões provocativas, sem nenhum sinal de constrangimento ao encontrarem seu olhar.

Ela disse, “Desculpe...”

O homem juntou as mãos em súplica, “Estou jogando um jogo com amigos, perdi, e eles me desafiaram a te convidar para dançar, ou então devo gritar ‘eu te amo’ três vezes para aquela mulher ali.”

Ele apontou para a mulher mais cheinha do lugar, seu rosto implorando por compreensão, “Por favor.”