CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 591

Viviana calou-se, pois Miguel puxou um gravador e colocou-o à frente dela. "Fale."

"O que você quer dizer com isso?"

"Bem, já que você não pode lidar com isso, só me resta esperar até a próxima vez que eu ver seus tios e perguntar a eles."

"..."

Viviana lançou-lhe um olhar fulminante.

Desprezível.

Sua mãe, embora despojada e às vezes parecendo pouco confiável, era intransigente quando se tratava de educação familiar. A senhorita da Família Barros não poderia simplesmente começar a falar palavrões sobre os pais de alguém; o que os outros pensariam sobre a Família Barros? Então, se sua mãe descobrisse sobre isso, certamente ela não escaparia de uma bronca envolvendo uma boa dose de canjiquinha com carne de porco.

Miguel estava mirando no ponto fraco; ela não tinha espaço para resistência.

Com Eduardo e Miguel, essas duas figuras autoritárias, além das trivialidades do dia a dia como alimentação e vestuário, o que mais poderia ser discutido?

Aproveitando uma ida ao banheiro com Renata, Viviana perguntou, confusa, "Seu marido tem algo contra mim? Porque sinto que ele me olha como se eu fosse uma ladra. Se eu falo um pouco mais com você, ele me lança olhares furtivos."

Renata "..."

"Ele não vai..." Viviana arrastou as palavras, mostrando os dentes em uma expressão de frustração, "Ele não vai estar com ciúmes de uma mulher, certo? Não me diga que depois de vocês se casarem, ele quer que você corte laços com todos os seus amigos? Não me diga que ele quer te isolar, deixando no seu mundo apenas ele, e então manipulá-la à vontade? Se ele ousar fazer isso com você, eu vou deixá-lo careca."

"Não," Renata apressou-se em cortar a imaginação fértil de Viviana. "Ele só está preocupado que você me apresente a algum jovem sarado. Ele está apenas tomando precauções contra isso."

Viviana sentiu como se a palavra "injustiçada" estivesse escrita em sua testa. "Quando eu fiz isso..."

Bem, ela realmente tinha feito isso, e mais de uma vez, embora fosse para ajudar alguém a bater metas de vendas, mas ela não impediu Renata de avançar. Se ela realmente estivesse interessada, Viviana definitivamente não iria impedir; mais do que isso, ela entregaria o sujeito limpo e pronto nas mãos dela.

Viviana lambeu os lábios nervosamente, "Naquela época vocês estavam prestes a se separar, quem saberia..."

Que você voltaria para ele.

A língua de Viviana estava ferida, tornando doloroso comer qualquer coisa, especialmente tirar carne assada dos espetos, que era difícil e doloroso a cada mordida. Ela já não estava com muita fome, e agora tinha ainda menos vontade de comer.

Não podendo beber, nem comer churrasco, e sem poder conversar direito, ficar sentada ali era apenas tedioso. Viviana bocejou, "Vamos embora, tenho trabalho amanhã. Melhor todo mundo ir para casa dormir, em vez de ficar vagando sem fazer nada."

Essa última frase era claramente uma provocação a Miguel.

Ela não acreditava que fosse coincidência encontrá-lo enquanto comiam espetinhos; Miguel definitivamente tinha investigado seu paradeiro para segurar Renata, e de propósito tinha chamado Eduardo.

Depois de falar, Viviana se levantou primeiro e caminhou para fora. "Renata, eu não dirigi, você pode me levar para casa?"

"Claro."

Miguel falou, "E o seu cachorro, você não vai levá-lo?"

Ela sabia exatamente o que ele estava tramando, tentando enganá-la para ir à sua casa? Nem pensar, ela não era tão ingênua. "É um presente para você, então agora é seu. Cuide bem dele, eu paguei uma boa quantia nele. Aliás, esta é a primeira vez que dou um presente tão caro para um homem."

Ela falou com sinceridade, seus olhos brilhando com emoção, enquanto Renata, conhecendo toda a verdade, mordeu os lábios para não rir e deliberadamente atrasou o passo, temendo não conseguir segurar o riso.

Eduardo também diminuiu o passo, perguntando baixinho, "O que houve?"

Renata balançou a cabeça, "Nada, só um pouco de dor nos pés."

"Eu..."

"Não precisa," antes que ele terminasse, Renata interrompeu, "Não precisa me carregar, eu consigo andar."