CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 78

Quando Eduardo chegou ao Jardim das Oliveiras, os outros já estavam lá.

Alfonso lançou um olhar para o fato impecável e a gravata que ele ainda usava: "Você veio direto do escritório?"

"Sim."

"Tsck, a sua esposa está prestes a deixá-lo, e você fica a ganhar todo esse dinheiro para quem? Vai empilhar notas no caixão para te acompanhar na morte?"

"Isso é da sua conta?"

Alfonso Oliveira: Parece que ele engoliu fogos de artifício!

Eduardo sentou-se ao seu lado, com Vinicius do outro lado.

Ele ergueu a taça de vinho que o garçom havia servido e brindou com Vinicius, acompanhando o movimento, o líquido âmbar brilhava sob a luz sombria: "Faça a Renata se mudar do seu apartamento."

Vinicius não se mostrou surpreso por ele saber disso, não tinha nada a esconder e não pretendia ocultar: "Eduardo, você não acha que está a ir longe demais? Afinal, ela é uma mulher e é muito perigoso para ela andar por aí sozinha com uma mala no meio da noite."

As feições de Eduardo estavam ocultas nas sombras, sua expressão era severamente indiferente, ele disse calmamente: "Isso é um assunto entre a minha esposa e eu, Vinicius, você não tem o direito de se intrometer."

O tom de sua voz não era pesado, mas estava repleto de um aviso latente.

Vinicius franziu a testa, sua expressão já não tinha o habitual sorriso suave e leve: "É justamente por isso que você não deveria usar as táticas do ambiente corporativo com ela."

A expressão de Eduardo era de uma frieza que beirava a fúria: "E desde quando é que você tem o direito de ditar como eu a devo tratar?"

Ao redor deles, a atmosfera tornou-se visivelmente tensa, quase como se estivessem prestes a começar uma discussão.

Vinicius enfrentou seu olhar, imperturbável: "As famílias Gomes e Soares são amigas de longa data, eu conheço a Renata há muito tempo, sou quase como um irmão para ela."

O olhar de Eduardo era extremamente frio, e ao ouvir isso, ele soltou um riso gelado: "Você tem a certeza de que a vê apenas como uma irmã?"

Quando a tensão parecia prestes a explodir, Alfonso de repente se levantou e bateu no ombro de Vinicius: "Vem comigo comprar um cigarro."

A desculpa parecia um tanto desinteressada, considerando que havia vários maços de cigarros não abertos na mesa.se necessário, poderiam pedir mais ao empregado sem ter que sair.

Mas com essa interrupção, o clima aliviou um pouco.

Vinicius levantou-se e seguiu Alfonso para fora, até o terraço ao lado do banheiro, onde Alfonso lhe ofereceu um cigarro: "Por que você se meteu de repente entre Eduardo e a esposa dele?"

Embora não soubesse exatamente o que tinha acontecido, a partir daquela breve troca de palavras, Alfonso pôde adivinhar mais ou menos a situação.

Vinicius falou com uma voz tranquila: "Eu não me meti, só emprestei o meu apartamento para Renata ficar por um tempo."

Alfonso olhou para ele de lado e disse: "Se ele quer brincar com você, deixe-o, mesmo que você não se intrometa, ele não faria Renata dormir na rua."

Vinicius fumava com os olhos semicerrados, a fumaça turvava os contornos do seu rosto e as emoções nos seus olhos.

Ele não desviou o olhar de Alfonso, mas também não respondeu.

"Você sabe que Eduardo é particularmente sensível sobre o seu relacionamento com Renata, se você continuar a se intrometer demais entre eles, pode acabar por perder até a amizade."

A força do homem era tremenda, segurando-a pelos ombros e pressionando-a contra a parede, Renata usou toda a sua força e ainda assim não se conseguiu libertar, sendo forçada a suportar o beijo predatório.

Renata abriu a boca tentando mordê-lo, mas antes que pudesse fazê-lo, Eduardo, com grande previsão, a soltou.

Ele olhou para o rosto enfurecido da mulher e riu com escárnio: "Você acha que eu encontrei este lugar por quê?"

Renata arregalou os olhos levemente, ela adivinhou o que ele queria dizer... ele queria dizer que foi Vinicius quem lhe contou sobre este lugar, foi assim que ele encontrou.

Ela, no entanto, disse sem hesitar: "Impossível que tenha sido Vinicius quem te disse."

Renata acreditava na índole de Vinicius, mas mal tinha dito isso, o olhar de Eduardo sobre ela tornou-se frio como nunca antes.

O quarto estava tão silencioso que não se ouvia qualquer ruído...

Depois de um momento, ele deu um sorriso torto, falando com um tom casual como se estivesse apenas a conversar, mas Renata sentiu os seus ombros prestes a serem esmagados pela pressão sufocante que o envolvia.

Os olhos do homem brilhavam friamente: "Você realmente confia nele com todo o seu ser."

Dito isso, seus lábios pressionaram-se novamente contra ela, e a respiração no seu rosto tornou-se cada vez mais pesada: "Parece que você ainda não reconheceu a sua própria identidade."

"Clic."

Logo depois, Renata ouviu o som metálico do fecho de um cinto sendo desapertado...