CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 83

Eduardo não disse nada, lançando-lhe um olhar de quem já conhece a resposta.

Renata exclamou: "Impossível!"

Ela jamais concordaria em deixá-lo morar ali!

"Dez mil por uma noite." Disse Eduardo

"Não, Deus sabe que tipo de intenção você tem."

"De onde vem essa confiança de que eu teria alguma intenção com você?"

"..." Renata não pôde evitar de lembrar-se das experiências desagradáveis do passado e torceu a boca: "De qualquer forma, não."

Ela já estava a pensar em recorrer à justiça, seguindo o caminho da separação judicial por dois anos para então obter o divórcio automático.

Eduardo, com a face inexpressiva, disse irritado: "Mamãe já sabe que estamos separados."

"Mesmo assim, não."

"Um milhão."

"À vista, toda noite, sem cheque, transferência bancária direta."

Renata mudou de opinião com velocidade espantosa, concordando entre dentes.

De maneira nenhuma, ele estava a oferecer uma quantia muito alta.

Eduardo: "..."

Durante os segundos de silêncio dele, Renata já tinha tirado o cartão bancário e o estendia para ele.

O homem deu uma olhada e desviou o olhar: "Não preciso de ver, me envie os dados da conta."

Com uma mistura de desconfiança e esperança, ela retirou o contato dele da lista negra do WhatsApp e enviou os dados da conta. Poucos minutos depois, recebeu uma notificação de depósito de um milhão.

Eduardo fixou o olhar nos seus dedos, que estavam prestes a bloqueá-lo novamente, e a avisou com severidade: "Se eu descobrir que você me bloqueou de novo, esqueça o resto do dinheiro."

Renata encolheu-se e levantou-se, dizendo: "Boa noite."

Quando Eduardo percebeu o que ela quis dizer, a porta do quarto se fechou com um 'bang' e trancou-se por dentro!

Eduardo pensou que, tendo feito tanto para ficar, certamente continuaria a criar problemas, mas a noite passou tranquilamente e nada mais aconteceu.

No dia seguinte, ele saiu numa viagem de negócios. Renata não se importava com o tempo que ele ficaria fora; o importante era que o milhão diário estivesse garantido.

Rapidamente, a notícia de que ela ajudara o Velho Sr. Gomes a avaliar tesouros se espalhou pelo seu círculo social...

Naquele dia, ela foi ao Jardim das Oliveiras, deu ao empregado o número da suíte e levaram-na ao quinto andar.

Alguém tinha ligado para ela no dia anterior, dizendo que seu pai estava presente na noite da avaliação e ficara muito impressionado com a habilidade de Renata, querendo que ela examinasse um item que ele possuía.

Renata inicialmente recusou, a avaliação não era sua especialidade, mas o interlocutor mencionou um preço que ela não pôde recusar.

Havia várias pessoas na suíte, mas as luzes estavam normais, e embora houvesse homens e mulheres, todos se comportavam com decoro, sem atmosfera ou ações repreensíveis.

Ela reconheceu alguns dos presentes com um olhar.

O homem de meia-idade sentado no centro levantou-se imediatamente ao vê-la, curvando-se ligeiramente: "Srta. Soares."

Essa atitude...

Era respeitosa a ponto de ser incrível.

"Sr. Mendes?"

Fábio Mendes assentiu rapidamente, cedendo o lugar central a Renata: "Depois de ouvir o meu pai falar da ajuda da Srta. Soares na avaliação de tesouros para o Sr. Gomes, pensei em pedir também a sua ajuda. Mas temia ser indelicado e só consegui entrar em contato ontem à noite."

Quem jogava golfe com o Velho Sr. Gomes certamente tinha uma situação financeira muito boa, e geralmente eram pessoas com grande prestígio.

Sua reverência a Renata devia-se, em grande parte, ao fato de ter ouvido dizer que ela era esposa do Sr. Adams, e ele queria estreitar os laços e se aproximar da Família Adams.

Renata não se preocupou em desvendar os pensamentos do Sr. Mendes, apenas disse: "Deixe-me ver o objeto primeiro."