Cativa do Sheik romance Capítulo 29

Horas depois, no meu quarto, tiro o lençol com a mancha de sangue, e o lavo na pia do banheiro. Como teve uns pingos, o coloco assim mesmo e me deito do outro lado da cama, para não me deitar na parte molhada.

Ali, escuto uma voz me dizendo baixinho: Suma. Quando fecho os olhos, minha cabeça se enche de imagens da minha vida passada, as coisas que sonhei para mim. Raed não é diferente do meu sonho, mas não consigo relaxar sabendo ele está bancando o homem bom comigo.

Eu quero que ele seja feliz! Sei que no fundo tenho sido um peso muito grande em seus ombros, depois de tanto pensar, adormeço fatigada.

Acordo sozinha na cama com aquele sentimento de vazio no peito. Levanto-me como se nada tivesse acontecido. No coração um objetivo: procurar dinheiro, meus passaportes e sair da vida de Raed. Deixá-lo respirar. Mas antes tenho que provar que perdi essa criança. Ele pode achar que fui embora ainda grávida. Ele não irá descansar até me encontrar.

O negócio é agir naturalmente e lembrá-lo que preciso ir ao médico. Isso ficou esquecido, desde que ele soube de seu pai.

Raed chega à tardinha. As olheiras abaixo dos olhos indicam uma noite sem dormir. Meu coração acelera quando eu o vejo. Sim, eu o amo e me será muito penoso deixá-lo, mas ele merece uma vida normal, e não um erro.

Tentando ignorar a tristeza que me invade quando penso nisso, eu me aproximo dele. Raed abre os braços para mim. Eu o abraço sentindo o calor do corpo dele e seu cheiro. Fecho os olhos, deixando que a emoção de o ver me domine, mas com muito esforço, reprimo minhas lágrimas, não quero preocupá-lo.

Ele se afasta um pouco, eu abro os olhos. Ele me olha com intensidade.

—Está tudo bem com você?

—Sim, Raed. Não se preocupe.

Ele solta o ar e dá um leve sorriso.

—Estou tão cansado! Esses dias não têm sido fáceis.

—E seu pai?

—Está se recuperando, mas quando ele recobrou a consciência ele estava muito agitado, os médicos então acharam melhor sedá-lo.

—Quer comer algo? Você conseguiu almoçar?

Raed assentiu.

—Sim, almocei. Agora só quero tomar um banho e me deitar. Acho que vou dormir até amanhã.

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