Passei duas horas direto na academia. Não estou me reconhecendo, mas sim. Fiquei duas horas treinando na academia. Com a minha vontade de transa, um banho não resolveria e eu preciso ficar longe do Matthew para poder me controlar. Então decidi gastar toda essa energia na academia. Não quero sexo com Matthew até saber que ele está bem. Ele não pude fazer esforço e quando a gente… hum… bem, as coisas não são bem calma e romântica. Requer um esforço, esforço que será evitado.
– Senhorita Aria…
– Apenas Aria, Anna. – Não sei quantas vezes eu pedi isso.
Olhei para ela.
– Aria. – Ela dá um sorriso forçado. Quando essa mulher vai confessar seu amor por mim? – Quer algo especial para jantar?
– Eu sei que você gosta de mim. – Falei me aproximando dela.
– Isso é o que você está dizendo.
Apertei meus olhos em sua direção.
– Estamos do mesmo lado para cuidar do Matthew. – Continuei. – Você já viu que sou uma boa pessoa. Para de ser tão difícil.
– Gostar ou não de você, não importa…
– Importa sim. – Interrompi ela. – Vai me dizer que você preferia antigas namoradas do Matthew? Tem alguma preferida?
– Não…
– Mas eu sei que você gosta de mim. – Afirmei.
Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios, mas sumiu rapidamente. ela não vai ceder nem tão cedo. Eu sei que um dia ela vai confessar.
– O que eu penso não importa, senhorita Aria. – Anna volta com a sua formalidade. – Deseja algo de especial?
Suspirei cansada. Ô mulher difícil essa.
– Não. Vou subir e tomar um banho.
Anna concorda e se retira. No quarto encontro com o Matthew saindo do banheiro.
– Outro banho? – Perguntei confusa.
Quando eu saí do quarto ele estava indo tomar banho.
– Eu preciso me aliviar, Aria. – Matthew diz irritado. – Eu estou doente e não morto.
– Falou certo: doente. Precisa descansar. – Passei por ele para entrar no banheiro. – O médico disse sem esforço algum.
– Trabalho! Eu estou comendo direito, estou tomando os meus remédios, estou fazendo acampamento no psicólogo…
– Tudo em um dia…
– Dois!
– Que seja! Você não vai ficar 100% em dois dias, Matthew. – Segurei a porta e olhei para ele. – São consequências dos seus atos. – Sorri e fechei a porta.
[...]
Entrei na sala do Matthew e coloquei minha bolsa em cima da sua mesa. Os olhares continuam sobre mim sempre que entro na empresa, mas pelo menos não surgiu nenhum fofoqueiro para dar a língua nos dentes e contar para Matthew que estou aqui. Meu segredo com Martin continua intacto.
Segundos depois Martin entra na sala, ele tem uma pasta em mãos e uma cara não muito boa. Apoio meu corpo na mesa e olhei para Martin esperando ele me explicar o que está acontecendo. Precisei sair de casa enquanto Matthew tomava banho, quando chegar terei que me preparar para as perguntas.
– Sr. Silva, quer uma linha de computadores para sua escola feita por nós. – Martin me entrega a pasta.
Ele ficou meio em dúvida se me entregava, aposto que pensa que não vou entender nada. Abrir e comecei a ler. Realmente não entendi nada. Tem muitas palavras difíceis aqui. A única coisa que entendi foi as informações sobre o cliente na primeira página. Fechei a pasta.
– Ponto positivo e ponto negativo? – Perguntei.
Martin me olhou. Hum, deixei ele em dúvidas do meu potencial? Sorri.
– Será mais trabalhoso. Uma logística grande e bem planejada. – Martin pensa um pouco. – Como será para o Brasil precisamos ter um cuidado maior. No total são mil computadores, ele quer tudo em um mês.
– Imagino que o ponto negativo seja o prazo. – Falei vendo uma leve careta em seu rosto quando informou o prazo. – Podemos fazer?
– Claro! Mas o problema é que pegamos um trabalho grande. – Martin suspira. – Dois para falar a verdade. Serão duas casas, cuidaremos de toda a parte tecnológica. São clientes mais antigos e não são casas pequenas. Trabalho que envolve até placas de energia solar.
Uau. Imagino a fortuna que Matthew vai ganhar com tudo isso.
– Vocês tem fábricas para produzir tudo isso ou envolve empresas terceirizadas?
Martin dá um sorriso debochado. A vontade de revirar meus olhos é grande, mas me contenho. Não vou perder meu tempo discutindo coisa boba com ele. É uma pergunta simples. Não teria como eu saber, eu cair de paraquedas aqui.
– Temos quatro fábricas à nossa disposição. Uma aqui em Nova York, duas na China e a outra na Rússia. – Martin fala orgulhoso. – Recebemos muitos trabalhos, temos muitas filiais pelo mundo.
– Ok. Então vamos contratar empresas terceirizadas…
– O que?
– Você tem outra ideia? – Pergunto. – Caso tenha estou aceitando. Nós não vamos recusar trabalhos a não ser que não seja vantajoso para a gente. Com o tempo pode ter uma fábrica no Brasil também. – Dou de ombros.
Martin riu.
– Você não está falando sério.
– Por que eu não estaria? – Fiquei confusa.
– Não usamos empresas terceirizadas. O próprio senhor Silva vai recusar…
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