Chamas da Paixão romance Capítulo 35

Era um ciclo interminável de pesadelos todas as noites.

Jane estava em pé à beira de um penhasco e, de repente, caiu em um abismo sem fundo!

...

Jane acordou.

Não devido ao penhasco em seu pesadelo, mas porque a porta atrás dela foi aberta por alguém do lado de dentro.

- Você está louca? Tem uma cama para dormir e dorme na porta de entrada? – disse Luísa.

Desde aquele incidente, sempre que Luísa via Jane, ela fingia não ver, exibindo uma expressão indiferente e arrogante. Embora olhasse para Jane com desdém, Luísa também não falava com ela, como se falar com Jane fosse rebaixar a sua própria posição.

Mas hoje de manhã cedo, neste dormitório que elas compartilhavam, Luísa teve a rara misericórdia de falar com Jane.

No entanto, as palavras não foram agradáveis, e teria sido melhor se não tivessem sido ditas.

Jane sentiu tontura, o mundo girava diante de seus olhos, e ela não tinha energia para lidar com Luísa.

- A porta do dormitório estava trancada na noite passada.

- Jane disse levemente, algumas coisas não precisavam ser ditas.

Ela não esperava um pedido de desculpas de Luísa, apenas esperava que Luísa parasse por aí.

A voz indiferente de Luísa soou em seu ouvido:

- Ah, a porta estava trancada? Talvez eu tenha tocado no tranco sem querer quando fechei a porta ontem.

Não prestou atenção e bateu tocou no tranco da porta? Ninguém acreditaria nessa desculpa.

Jane balançou a cabeça, não querendo discutir com Luísa. Sua cabeça estava ficando cada vez mais pesada, e tudo ao seu redor girava.

- A propósito, isso não foi culpa minha. Foi um acidente. Já que a porta estava trancada, você não poderia ter me chamado? Para que serve a sua boca?

A tagarelice em seus ouvidos fez surgir uma dor latejante em sua testa, o que fez Jane franzir as sobrancelhas. Finalmente, ela levantou a cabeça:

- Luísa, estou exausta.

O cansaço de Jane era visível em seu rosto.

No entanto, Luísa agiu como se não tivesse ouvido nada, olhando repentinamente para Jane com um olhar malicioso:

- Oh... Eu entendo, sua boca só serve para aqueles atos desprezíveis e sem vergonha!

- Estou exausta. - repetiuRepetiu Jane, se apoiando na moldura da porta, a fadiga em sua expressão se intensificando.

Seu rosto pálido estava completamente sem cor.

Mas Luísa se recusou a deixá-la entrar, persistindo teimosamente:

- Espere aí!

Ela segurou Jane, que queria entrar no quarto, e olhou friamente para ela:

- Jane, estou te avisando, pare de ir atrás de Xavier!

Luísa nunca admitiria que estava com ciúmes inveja da intimidade entre Jane e Xavier. Ela era uma estudante da Universidade S, que apenas veio para o Clube Internacional do Imperador para ganhar dinheiro para pagar a faculdade. Ela era diferente das outras pessoas lá dentro!

Jane, apoiada na moldura da porta, estava exausta. Ela realmente não queria discutir mais com Luísa, só queria deitar na cama o mais rápido possível.

- Luísa, estou me sentindo muito mal agora.

Luísa ficou atônita por um momento, mas foi apenas por um instante, e logo agiu como se tivesse sido profundamente insultada, ficando com emoções extremamente agitadas:

- Jane, já chega, você só sabe se fazer de coitada. Eu só falei algumas palavras com você, e você já está desconfortável aqui e ali?

Jane massageou sua testa, não querendo entrar em conflito desnecessário com Luísa:

Ela se sentia desconfortável por toda parte quando via Jane.

E a mulher diante dela agora, que parecia tão submissa, só aumentava sua raiva!

“Essa Jane é medrosa e submissa, o que Xavier viu nela?”

“Ela não tem beleza, não tem curvas, não tem nível de educação. Ela é como um monte de lama, por que Jane conseguiu atrair um homem tão excepcional como Xavier... A menos que...”

- Vadia sedutora! - Luísa chegou a essa conclusão após uma série de deduções.

Jane abaixou a cabeça, escondendo suas emoções nos olhos.

Ela também tinha momentos de raiva.

Em três anos, ela aprendeu a ser paciente, a se submeter.

Ela levantou a cabeça lentamente e olhou para Luísa:

- Se você gosta do Sr. Xavier, então você não deveria ter vindo atéestar procurando à mim. Se você só tem habilidades para me atormentar, então certamente Sr. Xavier não vai gostar de você.

Sim, em três anos, ela aprendeu a ser paciente, a se submeter, mas não conseguiu mudar a arrogância que estava gravada em sua essência desde o nascimento.

Ela não repreenderia Luísa por ir longe demais, mas também era capaz de deixar Luísa enlouquecida a ponto de puxar os cabelos.

E sabia exatamente que palavras usar para encerrar esse assédio unilateral de uma vez por todas.

A expressão de Luísa mudou completamente. Seu olhar, que costumava ser puro, virou distorcido e feroz. Arregalando os olhos, ela parecia incrédula e relutante em aceitar o que Jane tinha dito. Essa mulher, aos seus olhos, sempre foi uma mulher submissa, miserável e inferior.

- Uma mulher tão desprezível e sem vergonha como você, Xavier não vai gostar. Ninguém vai gostar de uma mulher sem escrúpulos como você! - Luísa olhou furiosa para Jane, como se, ao gritar essas palavras, estivesse recuperando sua autoestima perdida diante de Jane.

A cabeça de Jane estava tão pesada que parecia prestes a explodir. Ela sentia um calor inexplicável, mas também sentia tanto frio por todo o corpo que tremulava. Levantando a cabeça, Jane viu Luísa se multiplicar em várias sombras, ora grandes, ora pequenas, ora distantes, ora próximas. Mesmo assim, ela apertou lentamente os punhos, sentindo a dor das unhas cravando em sua palma, o que a manteve ligeiramente consciente. Ela tinha algo a dizer para Luísa:

- Luísa, quando se gosta de alguém, não deveria tratá-lo sinceramente e ter apenas olhos para ele? No entanto, em comparação com Xavier, parece que você se importa mais com a minha existência. Eu não entendo, o seu gostar por ele é apenas palavras vazias? Quanto do seu gostar é verdadeiro?