Ciclo de Rancor romance Capítulo 135

― Tudo bem... ― Suprimindo a amargura em sua voz, Deirdre assentiu, vigorosamente. ― Vou esperar. ―

Ela planejava voltar para seu quarto quando uma música encheu o escritório. Deirdre estava atortoada e seu coração falhou uma batida. Ela conhecia muito bem aquela música, pois era o toque do seu celular.

Brendan também ficou bastante surpreso. Então, ele puxou a gaveta da escrivaninha e seu rosto se converteu em uma máscara de ódio quando ele viu o nome de Sterling estampado no identificador de chamadas.

Um tempo atrás, Sterling havia tentado ligar para Deirdre algumas vezes, mas parou depois de descobrir que Brendan tinha confiscado o aparelho e não tinha a menor intenção de devolvê-lo. Entretanto, lá estava novamente, o nome do desgraçado estampado no telefone.

Deirdre não teve coragem de agir precipitadamente. Mas, a curiosidade foi mais forte. Suas mãos estavam cerradas e, reunindo toda coragem que tinha, perguntou:

― Meu telefone está tocando? ―

Brendan estreitou os olhos e perguntou, sem responder à pergunta dela:

― Você está ansiosa para atender a ligação de quem? ―

Ele suprimiu a raiva em seu tom, mas Deirdre podia senti-la sem vê-la. Ela mordeu o lábio inferior e inconscientemente negou, dizendo:

― Ninguém. ―

― Ninguém? ― Brendan zombou. Ela parecia uma mulher morta, com seu olhar vazio e opaco, mas seus olhos se iluminaram e todo o seu corpo começou a brilhar quando a ligação foi recebida.

― Eu acredito que você sabe quem está ligando, estou certo? Gostaria de atender a chamada? ―

É claro que gostaria. Mas, as consequências seriam terriveis. Deirdre parecia estar em conflito, mas balançou a cabeça de um lado para o outro.

Brendan cerrou os punhos com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. Inesperadamente, ele apertou o botão aceitar e colocou a chamada no viva-voz.

A voz de Sterling veio do outro lado da linha, imediatamente:

― Deirdre? É você? ―

Deirdre sentiu o coração disparar. Ela manteve a cabeça baixa e não disse uma palavra. Na verdade, ela nem teve coragem de expressar qualquer emoção.

Brendan zombou, enquanto olhava para o rosto de Deirdre, de perto:

― Sinto muito por desapontá-lo, Senhor Fuller. Mas, não é a Deirdre, sou eu. ―

― Fale! Você perdeu a voz? ―

Brendan falou com uma voz tão severa que assustou Deirdre. Por isso, relutante, ela respondeu, com os dentes cerrados:

― Não é importante. Foi há muito tempo. ―

‘Há muito tempo?’

Isso deveria ser antes que Brendan a encontrasse. As sobrancelhas do homem não relaxaram nem um pouco. Ele deu alguns passos para frente e agarrou sua garganta antes de levantá-la:

― Você ainda não entendeu minha pergunta. ―

Uma sensação sufocante encheu sua mente. Ela se pendurou em seus braços e disse com grande dificuldade:

― Prometi que nos mudaríamos para o lugar onde ele costumava viver, para passar a vida juntos, se tivéssemos a oportunidade. ―

Ela pronunciou as palavras com grande dificuldade, mas Brendan podia ouvir a adoração que sentiam um pelo outro. Era a promessa de uma vida.