Ciclo de Rancor romance Capítulo 157

Charlene sorriu amargamente, enquanto o criado exclamava:

― Senhorita McKinney, seu corpo está tão fraco e você não comeu nada durante toda a noite. Como você poderia estar ao lado da Senhora McQuenny o tempo todo? Senhor Brighthall, este assunto não tem nada a ver com a Senhorita McKinney. Se você deseja colocar a culpa em alguém por não ter impedido a Senhora McQuenny, culpe a mim! ―

Charlene e Greenlee concordaram, em perfeita harmonia, fazendo um ato perfeito e, no final, Brendan cedeu e reprimiu sua raiva. No entanto, ele parecia extremamente rígido quando disse:

― Está muito frio. Você deveria voltar para casa, Charlene. Passarei amanhã para ver você. ―

― Está bem. ―

Brendan sentia que sua cabeça explodiria de enxaqueca quando entrou no carro. Sua mente estava uma bagunça, depois de ficar no vento frio por alguns minutos. Ele não suportava o frio, então não conseguia imaginar como uma mulher que acabara de se recuperar de uma doença grave como Deirdre poderia ficar no frio, por tanto tempo.

‘Ela se colocou nessa situação trágica apenas para difamar Charlene? Para que? O que ela ganharia com isso? Se eu viesse um pouco mais tarde, é possível que estivesse morta...’

Ao pensar na morte de Deirdre, Brendan sentiu um nó na boca do estômago e seu peito doeu como se algo tivesse explodido dentro dele. Logo depois, ele ficou furioso.

‘Deirdre, por que você não se preocupa um pouco mais com sua vida? Por que você não tem medo de morrer? É por causa de Sam?’

Dada a condição de Deirdre, Brendan imaginou que teria que levá-la para o hospital, mais uma vez. O médico que a atendeu a tratou durante a noite toda, mas ela ainda teve febre alta por dois dias, antes de se recuperar.

Era o terceiro dia, quando Deirdre acordou. No momento em que ela abriu os olhos, sua garganta estava tão seca que doía, mas ela não reagiu muito a isso. Era uma coisa comum para ela ser internada no hospital por alguma doença, com certa frequência.

A porta se abriu quando ela estava prestes a se levantar para pegar água. A pessoa parecia agitada e andava em um ritmo apressado:

― Senhora Deirdre? Quando acordou? A senhora está bem? ―

Os lábios de Deirdre tremeram quando reconheceu quem falava e ela disse, com uma voz seca e rouca:

― Sam, é você? ―

O homem coçou a cabeça e riu:

― O que está acontecendo? Eu sumi por alguns dias e a senhora já não sabe mais quem eu sou? Não consegue reconhecer minha voz? ― Brincou carinhosamente.

― Não é isso... ― Deirdre ficou surpresa porque não esperava que a voz de Sam fosse a primeira que ela ouviria, assim que recuperasse a consciência.

Ela baixou o olhar por um momento e lembrou de algo:

― Como está seu corpo? Você está bem? ―

Sam esfregou o braço envolto em uma bandagem:

― Estou bem. Acabei levando dois golpes no braço, mas tratei minhas feridas imediatamente, então já está tudo bem. ―

― Desculpe por isso. ―

Sam foi pego de surpresa pelo pedido de desculpas inesperado:

― Por que a senhora está se desculpando comigo? ―

Ela agarrou o cobertor e disse, em tom de autoironia:

― Se você não tivesse me salvado do depósito, você não teria sido transferido para trabalhar no cassino e não teria se machucado. Foi minha culpa que você se machucou. ―

Um olhar de espanto passou pelos olhos de Sam. Ele só havia sido designado para trabalhar no cassino porque tinha sentimentos pela mulher de seu empregador...

‘Brendan não revelou a ela?’ Ele se sentiu aliviado. No mínimo, seu relacionamento com Deirdre não ficaria abalado, por enquanto, se esse fosse o caso.

― Em primeiro lugar, eu nunca teria saído do cassino, se não fosse pela senhora. Afinal, comecei a trabalhar na mansão um pouco depois de você ter se mudado para lá. ― Ele riu. ― Além disso, não fui designado para lá por sua causa, mas porque eles estavam passando por uma escassez de mão de obra. ―

― Isso é verdade? ― Deirdre levantou a cabeça confusa.

Sam assentiu com a cabeça, antes de lembrar que Deirdre não podia ver. Então disse ‘sim’ e logo depois ficou sério:

― No entanto, recebi algumas informações. Por acaso, a senhora ainda se lembra do mendigo que queria que eu investigasse? ―

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