Ciclo de Rancor romance Capítulo 166

Deirdre sabia exatamente o que Brendan queria dizer com encher o saco e isso significava colocar qualquer argumento que o fizesse duvidar de Charlene.

Sem esperar por qualquer reação da jovem, Brendan girou nos calcanhares e subiu as escadas. Percebendo que perderia a oportunidade, Deirdre cerrou os dentes e finalmente retrucou:

― Então, você não está interessado na verdade por trás da morte de Bliss! Você não dá a mínima, mesmo sabendo que o que estou prestes a dizer diz respeito a Charlene! É isso?!―

Assim como ela esperava, o maldito parou, à primeira menção ao nome de sua intocável Charlene. Deirdre estava perto de rir alto. Seu algoz era muito previsível.

As sobrancelhas de Brendan estavam franzidas e havia uma expressão de despeito em seu rosto, quando cuspiu uma resposta, com desdém:

― O que você acabou de dizer? ―

Deirdre enunciou cada palavra, vagarosamente e com nitidez:

― O sem-teto que matou Bliss foi pago pela mulher que está ao seu lado! ―

Charlene olhou para Deirdre, em estado de choque, mas sua perplexidade fez pouco para esconder seu desprezo. ‘Repetir as mesmas coisas sem parar, apesar de não ver resultado, deve ser a definição de idiotice, certo? Ela não pode acreditar que dessa vez Brendan vai acreditar nela. Isso já foi resolvido há muito tempo! Bem, se ela insiste nisso, vou ter que acompanhar!’ Charlene se recuperou do choque e colocou uma expressão inocente no rosto. Seus olhos ficaram vermelhos e cheios de lágrima.

― O que isso quer dizer? Você não vai desistir disso, não é? Não acredito que você trate minha vontade de perdoar como uma espécie de incentivo distorcido para ataques mais infundados! Eu ser uma garota legal significa que você pode continuar abusando da minha boa vontade, né? Você insiste em continuar me acusando da morte de seu cachorro! ―

― Abusando da sua boa vontade? ― Deirdre murmurou, com os olhos vermelhos. Então, zombou, virando o rosto na direção da voz de Charlene. ― Você ainda está comprometida com esse seu ato de ‘querida inocente’, não é? Você confessou ter matado Bliss, no salão da antiga mansão Brighthall. Você! De que outra forma eu poderia ter feito a conexão? ―

Charlene nem precisou revidar. Brendan ficou frustrado o suficiente para explodir e gritar, tentando interromper a discussão:

― Basta! ―

O olhar que ele lançou a Deirdre quase o fez parecer que foi criado apenas por pura ira e irritação. ‘Essa desgraçada não aprende! Ela falhou na primeira vez que tentou essa merda e, em vez de aprender com os castigos e punições, as lições simplesmente a fortaleceram para tentar exatamente a mesma merda! Ela continua se recusando a mudar!’

― Você é uma sem-vergonha, sabia?! Que outras táticas você tem, além da calúnia, hein? ― Brendan gritou, com o rosto vermelho de raiva. Em um surto de desvairo, o monstro ordenou, apontando para a porta: ― Dê o fora dessa casa, agora! ―

Apesar de já esperar a reação dele, Deirdre não pôde deixar de sentir o coração afundar:

― Você não acredita em mim, sem nem mesmo me ouvir. ―

Os olhos de Brendan se estreitaram:

― Ninguém deveria acreditar em você! ―

Era isso. A sugestão. Ela estava esperando que ele dissesse isso. Ela tateou o sofá e pegou a pasta que havia preparado e estendeu na direção de Brendan:

― Então veja com seus próprios olhos. Estou inventando coisas ou é tudo verdade? Você me diz. ―

A princípio, Brendan simplesmente olhou para ela com frieza. Tudo o que esta mulher tinha feito até aquele momento o surpreendia, incluindo o aparecimento desta pasta que Deirdre agia como se fosse um dossiê ultrassecreto que mudaria tudo!

O homem pegou os documentos, pensando consigo mesmo: ‘Tudo bem. Vou jogar junto. Vamos ver até onde vai essa merda.'

Brendan abriu a pasta e tirou uma folha de dentro. Originalmente, ele havia planejado fazer uma inspeção superficial, mas as coisas chamaram sua atenção mais do que ele pensava. Sua expressão endureceu. Então, instantaneamente, ficou sombrio. Ele começou a folhear as páginas com foco genuíno.

― Bren? Qual é o problema? ― Charlene ficou alarmada. ‘O que é esse documento? O que há dentro? Por que ele está olhando assim?!’ O pânico passou rapidamente pelo rosto de Charlene. Ela garantiu que a figura central envolvida naquele incidente desaparecesse para sempre. Não deveria haver mais rastros levando de volta a ela.

― Brendan, este documento está cheio de mais calúnias contra mim? ― Charlene perguntou, desta vez enfatizando a vulnerabilidade em seu tom e deixando seus olhos ainda mais vermelhos. ― Mas você sabe que eu não sou nada disso! Você sabe que tipo de pessoa eu sou. Não há como eu fazer nada descrito nessa pasta, é tudo inventado. Você já deve saber disso, certo? ―

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