Ciclo de Rancor romance Capítulo 25

Gentilmente, a recepcionista acompanhou Deirdre até a porta da frente e a jovem agradeceu a funcionária, antes de perguntar:

― Você pode me dizer onde fica a farmácia mais próxima? ―

A recepcionista não sabia ao certo por que ela precisava de uma, mas deu as instruções necessárias, de qualquer maneira. Com a ajuda de sua bengala, Deirdre foi até a farmácia e pediu algumas pílulas do dia seguinte.

Apesar de quão suave sua voz era, ela conseguiu atrair alguma atenção. Um grupo de arruaceiros adolescentes, que matava o tempo no local, não fez nenhuma tentativa de esconder o riso, dizendo:

― Por que uma cadela feia precisaria de pílulas do dia seguinte? ―

Deirdre os ignorou, saiu da loja e, sem perder tempo, engoliu o comprimido sem nem pedir um copo d'água. Apesar de seu corpo atormentado não ser mais fértil, ela não arriscaria nem uma chance em mil de gerar a cria do Diabo.

Sentindo-se curiosa e confusa, a recepcionista ainda aguardava na frente do prédio, observando, à distância, Deirdre descartar o pacote de comprimidos. Depois que a jovem partiu, em um táxi, a funcionária foi até a lixeira e examinou o conteúdo, certificando-se de que era o que ela achava ter visto.

Ela ficou chocada ao descobrir que realmente era uma pílula do dia seguinte. “Há uma longa lista de mulheres que fariam qualquer coisa que pudessem para ter um filho de Brendan, e ainda assim, aquela esquisita preferiria abortar essa chance, completamente!" Pensou a recepcionista.

A revelação era tão absurda que a funcionária não conseguiu ser discreta e acabou contando para uma colega de trabalho, quando se encontraram na copa:

― Lembra daquela mulher com a cara toda destruída que esteve aqui mais cedo? Você acredita que o tempo que ficaram na sala, estavam transando loucamente? Se fosse eu montando no Senhor Brighthall, pode apostar que eu faria o máximo para engravidar! Ia até tomar ácido fólico! Mas, você sabe o que aquela mulher fez? Foi até à farmácia e comprou pílulas do dia seguinte! Eu achei que fosse impossível alguém se negar a carregar um filho do Senhor Brighthall! ―

― Quem?! Quem foi contra gerar minha semente?! ―

A recepcionista congelou. Mas, era tarde demais, o homem em questão já estava parado à porta, levando a temperatura da sala para abaixo de zero.

Com a voz tímida e constrangida, ela murmurou:

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