Ciclo de Rancor romance Capítulo 26

A chamada foi conectada e Brendan rangeu os dentes, ao dizer:

― Onde diabos você está?! ―

Deirdre não disse nada. Ao final do silêncio, ouviu-se um clique e ela desligou a ligação, guardando o aparelho de volta no bolso e sentindo-se desapontada por não ser Sterling. Como ele estava? Ele estava bem? Ela não fazia ideia da situação em que o médico se encontrava.

A única coisa positiva nessa história é que a família Fuller era bastante conhecida na cidade e qualquer motorista de táxi seria capaz de levar Deirdre para a mansão da família, sem problema algum.

Descendo do veículo, a jovem pagou ao motorista que lhe orientou, descrevendo onde ela encontraria a campainha. Depois de apertar o botão, Deirdre ouviu uma série de passos rápidos, acompanhados por uma voz carregada de irritação:

― Quem será o maluco, desta vez? É como se todos pensassem que podem aparecer sem avisar, sempre que quiserem! ―

― Sinto muito ― Deirdre bufou, sentindo-se ansiosa ― eu... eu só queria... saber onde está Sterling? Ele não está atendendo o telefone... ―

― Sterling? ― A empregada zombou e ficou nítido o quão baixo era o respeito que havia pelo médico, naquele lugar, embora ele fosse, supostamente, um dos empregadores da criadagem ― Como um simples idiota pode ser capaz de criar tantos problemas? Acho que ser o filho bastardo de uma família grande e rica ainda deve contar para alguma coisa, porque ele ainda vai precisar receber alguns cuidados... Ele provavelmente está em algum necrotério ou algo assim. Talvez, você devesse voltar para procurá-lo em seu funeral. ―

"Funeral?!” O rosto de Deirdre empalideceu. Brendan não disse que deixaria Sterling em paz?!

Ela investiu contra o portão de ferro, motivada por seu medo e sensação de perigo:

― Por favor! Por favor, deixe-me entrar para vê-lo! O Senhor Brighthall prometeu que tudo estaria acabado agora! Por favor! ―

A empregada não entendeu o nome Brighthall, pois tudo o que ela notou foi o rosto grotesco de Deirdre se aproximando dela. Assustada e surpresa, ela xingou:

― Mas, que porra! Oh meu Deus, tire isso da minha cara! Quem diabos deixou você andar nas ruas? ―

Ela ouviu o portão abrir e, sem pensar no que poderia lhe acontecer, estava prestes a entrar, quando sentiu uma força atingindo-a bem no peito. O golpe a nocauteou e ela acabou caindo.

A empregada ainda não tinha terminado:

― Você quer entrar, não é? Quem você pensa que é, seu show de horrores?! Uma idiota feia e cega! Deus, por que fui eu quem tive de lidar com essa coisa nojenta?! ―

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