Deirdre esperava que Charlene fosse presa, mas não esperava que isso acontecesse em apenas dois dias. Quando a polícia lhe disse que a mulher em questão seria detida, a jovem ficou chocada.
Antes de iniciar a operação, a polícia teve o cuidado de abafar qualquer fervor que Deirdre pudesse ter depois de ouvir notícias como aquela.
― Decidimos te contar que o mandado de prisão foi expedido, no entanto, podemos não conseguir prendê-la, em nossa primeira tentativa. ―
Mesmo se o policial não tivesse avisado, a jovem realmente não acreditava que Charlene seria presa. Deirdre sabia que era quase um milagre conseguir que Charlene admitisse a culpa ou se submetesse à polícia. Então apenas jogou um pouco de água no rosto, esperando que o frio a acordasse de qualquer estupor.
A jovem estava tão preocupada com o que poderia acontecer dali em diante que perdeu toda a suavidade tão comum em seu rosto. Então, vestiu um conjunto de roupas novas e desceu as escadas.
Declan preparava o café da manhã, enquanto Kyran fazia o papel de seu assistente. Ouvindo uma comoção ecoando nas escadas, Declan levantou a cabeça e cumprimentou:
― Querida, bom dia! ―
Ele mal tinha terminado a frase quando Kyran instintivamente se virou para olhar para a jovem nas escadas.
Um par de olhos de corça claros e enevoados o encaravam por trás das sobrancelhas finas e arqueadas. O rosto cheio de cicatrizes havia sumido, substituído por um de pele lisa e hidratada, como a pele de um recém-nascido. Seus lábios de rubi realçavam a brancura perolada de seus dentes. Ela parecia tão absolutamente deslumbrante que ninguém conseguia desviar os olhos.
Kyran tinha visto Deirdre, antes da desfiguração, e ainda agora, não conseguia impedir seu coração de pular. Suas bochechas queimavam de excitação.
― O que está errado? ― Deirdre ficou confusa. ― O que aconteceu? Por que vocês pararam? Tem algo no meu rosto? ―
Declan riu:
― Realmente, o problema foi justamente seu rosto. Você é tão linda que me aterrorizou. ―
― Linda? ― Deirdre foi pega de surpresa.
― Você não sabia? Suas cicatrizes sumiram. ―
O coração de Deirdre deu um salto e ela inconscientemente esfregou as bochechas, sem conseguir sentir a fricção irregular de suas cicatrizes. Seu rosto havia se recuperado completamente e a pele era tão macia que era como se tivesse nascido de novo.
A jovem havia recuperado sua aparência original.
― Espere até que sua visão se recupere. Você será como uma fênix em ascensão. Não, esqueça isso. Você já é uma fênix saindo das chamas. ―
Os olhos de Deirdre brilharam de alegria:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ciclo de Rancor
Cadê o restante?...
😣...
Terá mais capítulos?...
Gostaria de ler o restante do livro...