Ciclo de Rancor romance Capítulo 59

― Como isso aconteceu? ― Charlene manteve os olhos baixos, tentando impedir que Brendan visse o toque de raiva que passava por eles.

'Aquele maldito arruinou meu plano.'

Brendan olhou atentamente para o rosto de Charlene e disse:

― A parte mais crucial é que designei Sam para cuidar de Deirdre, mas ele foi distraído por alguém. Por outro lado, o método de distração envolvia uma mensagem de texto enviada para Sam, do meu telefone que estava no escritório. A única pessoa que tinha acesso era você. ―

― Brendan, o que você está tentando insinuar? ― O rosto de Charlene ficou terrivelmente pálido ― Você está insinuando que eu coloquei Deirdre em perigo? ―

Os punhos de Brendan se apertaram, mas não houve mudança excessiva em sua expressão. Ele continuou olhando para Charlene, com atenção:

― Eu preciso dar uma resposta para Deirdre. Ela perdeu a visão na prisão, então não sobraria nada dela se ela também perdesse a voz. Ela merece isso. ―

― Então você suspeita que fui eu? ― Os olhos de Charlene ficaram instantaneamente vermelhos e cheios de lágrimas ― Sim, eu passei em seu escritório esta tarde, de fato, e saí porque não consegui vê-lo. Não fazia ideia de onde estava seu celular. Por que eu a colocaria em perigo, de qualquer forma? Como você pode pensar isso de mim?! ―

A mulher começou a chorar tanto que a ponta do nariz ficou vermelha. Brendan ficou agitado:

― Eu não quero culpar você, mas você acha que há outra resposta? Tem alguma teoria? ―

Ainda chorando muito, a mulher levantou a cabeça, como se se lembrasse de algo:

― Havia mais alguém na sala, além de mim. ―

― Quem? ―

― A assistente que me serviu um copo d’água ― disse Charlene ― ela me serviu um copo d’água e acidentalmente derramou um pouco em mim. Eu precisei me secar, então ela ficou um tempo sozinha aqui. Ahh, certo! Tem mais uma coisa... outro dia ela me disse que a vítima do acidente de carro era sua amiga. Eu me pergunto se ela detesta Deirdre e está tramando isso há muito tempo... ―

Charlene falou devagar como se estivesse incerta. Mas, a expressão de Brendan era de extremo desagradado, quando ele chamou a assistente. Entretanto, quando o homem questionou a funcionária, o rosto da mulher se tornou absolutamente pálido, quando respondia:

― Eu não fiz isso, Senhor Brighthall! Clark e eu éramos realmente conhecidos, mas nunca passamos de colegas de faculdade. Como eu cometeria um crime por uma pessoa que mal conheci? ―

Brendan disse, com os dentes cerrados:

― Diga isso à polícia. ―

A assistente foi levada, enquanto Charlene ainda soluçava.

― Bren, diga a verdade. Você ama Deirdre? Você não me ama mais? Se você está realmente enojado com a minha presença, apenas seja franco. Eu tenho amor próprio. Apenas esqueça o fato de que eu salvei você do incêndio e irei embora. ―

― Que absurdo! ― Brendan franziu as sobrancelhas e ficou muito inquieto em seu coração. Ele puxou alguns lenços e os passou para ela ― Como eu poderia deixar você ir embora? Eu prometi que seria bom para você, pelo resto da minha vida. ―

Charlene mordeu o lábio inferior. Brendan havia feito essa promessa a Deirdre, não a ela. Ela se perguntou se Brendan já a teria largado se ela não tivesse assumido o papel de impostora.

― Isso é só porque eu salvei você do fogo, não porque você me ama de verdade. Sinceramente, Bren... eu não quero isso. Eu quero que você me ame de todo o coração, mas você está apaixonado por Deirdre! ―

― Não. Eu sou seu! ― Mas, por alguma razão desconhecida, foi o rosto pálido e choroso de Deirdre que veio à sua mente quando ele disse isso. ―

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