Ciclo de Rancor romance Capítulo 67

Deirdre subiu as escadas segurando o corrimão e abriu a porta para entrar no quarto de Brendan. Um momento depois, um par de mãos enormes a agarrou pela cintura e a girou, jogando contra a cama macia, onde foi prensada pelo corpo de Brendan. Antes mesmo de se recuperar do susto, ela foi atacada pelo beijo feroz do homem que tirava as roupas.

Deirdre se recuperou da surpresa e começou a lutar com todas as forças:

― Não! Não me toque, Brendan! ―

― Não tocar em você? ― Brendan agarrou o maxilar da jovem e a forçou a encará-lo ― Dê-me uma razão para não tocar em você. Já que você ainda está viva e se recusa a me dar o divórcio, não deveríamos cumprir nosso dever como marido e mulher? ―

Deirdre se explicou, apressadamente:

― Não é que eu não queira me divorciar! Eu quero ver minha mãe, só isso. Se eu a vir, me divorciarei de você, imediatamente. Agora, pare com isso! ―

― Cale-se! ― Brendan gritou, achando sua pressa de se divorciar muito desagradável ― Sua desculpa não parece convincente, agora que você a usou duas vezes. Eu sei o que você quer, melhor do que você! ―

'O que eu quero? Tudo que eu quero é fugir!' Deirdre pensou, consigo mesma.

Ela se sentiu extraordinariamente relutante em ser beijada pelos lábios do homem, depois de sentir o cheiro da outra mulher nele.

― Você não prometeu a Charlene que faria companhia a ela, esta noite? Durma com ela! Você não precisa cumprir seu dever como marido, já que você e Charlene são um par perfeito. Vá até ela. Só não me toque! ―

Conseguindo uma posição que permitia uma boa alavanca, a jovem empurrou Brendan para longe. Assim como quando ela entrou no banco da frente do carro, ela preferia estar em companhia de qualquer outro homem, que na de Brendan.

'Agora ela está me implorando para dormir com Charlene? Ela não se importa nem um pouco com Charlene me tirando dela?' Brendan sentiu um nó na boca do estômago.

― Ainda não nos divorciamos, mas, eu não estaria te traindo se dormisse com Charlene? Posso ver que você está tentando fazer com que ela se sinta moralmente culpada. Não é? Ouça-me, eu não vou fazer isso! Charlene não vai se importar de qualquer maneira, dada a sua condição atual! ―

Deirdre não conseguiu escapar das garras de Brendan e ele finalmente conseguiu o que queria.

No final, foi um telefonema de Charlene que fez Brendan parar.

Do outro lado da linha, Charlene disse em tom sedutor:

― Quando você vem, Brendan? Pedi a alguém para trazer seu vinho tinto favorito e preparar uma refeição deliciosa. ―

― Eu chego já. ― Brendan desligou a ligação e saiu, sem a menor hesitação.

Deirdre fechou os olhos e se recuperou até se sentir bem o suficiente para descer. A jovem pensou se deveria tentar deixar a mansão ou não. Tudo estava em silêncio e ela não sabia se era vigiada. Mas, quando se aproximaram da porta, ouviu uma voz:

― Sinto muito, Senhora McQuenny. O Senhor Brighthall ordenou que não a deixássemos andar por aí. ―

― Claro. ― Deirdre respondeu, desanimada. Então, levantou a cabeça e perguntou ― Foi você quem guardou meu quarto e me trouxe para casa, não é? ―

― Sim. ― O segurança abriu um sorriso, embora Deirdre não pudesse vê-lo ― Meu nome é Sam. ―

― Sam... ― Deirdre repetiu ― Seu nome é fácil de lembrar. ―

Sam estava atordoado. Depois de tanto tempo, ele descobria que havia algo muito agradável na voz e na presença única daquela mulher que, apesar do rosto desfigurado, a tornavam uma boa companhia.

Deirdre ficou em silêncio, por dois segundos, antes de perguntar:

― Posso pedir sua ajuda com uma coisa? ―

― Com o que? ―

Deirdre respirou fundo, mas teve dificuldade em dizer:

― Por favor, ajude-me a comprar algo em uma farmácia? Preciso de um frasco de vitaminas e... é... algumas pílulas anticoncepcionais de emergência. ―

Sam também se sentiu envergonhado ao ouvir o pedido. Mas, entendeu o que havia acontecido e gaguejou:

― A-Ah! S-Sim claro. No entanto, eu precisaria informar o Senhor Brighthall primeiro. ―

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