Ciclo de Rancor romance Capítulo 849

― Não, isso não é verdade ― disse Brendan, lutando contra o impulso de puxar Deirdre em seus braços. Mas, ao invés disso, derramou sua sinceridade, ao declarar: ― Falo sério quando digo que te amo. ―

Mas a jovem não estava disposta a acreditar em mais nada.

― Você vai insistir nessa baboseira depois de ter me enganado tantas vezes? Você só vai quebrar a cara! Afaste-se de mim, Brendan. Não aguento mais um segundo respirando o mesmo ar que você! ― Ela rangeu os dentes e desistindo de subir para o quarto, apenas correu, querendo fugir da mansão.

Assustada e preocupada, a governanta saiu atrás da jovem.

Brendan só teve energia para apoiar a mão na parede e abaixar a cabeça. Não importa o quão acostumado ele estivesse com as palavras cáusticas da jovem, elas ainda o machucavam como se fossem facas.

Sam também estava triste e se sentia culpado.

― Sinto muito, senhor! Eu não deveria... eu não sabia que ela estava parada atrás da porta... eu não deveria ter dito nada... ―

― Não é sua culpa. ― Brendan abriu os olhos. Ele sentia como se seu corpo estivesse desmoronando. ― Eu também nunca imaginei que ela já estivesse em casa. A verdadeira culpa é minha. Fui eu que decidi mentir. ―

Por mais convincente que fosse a mentira, um dia alguém descobriria a verdade e quaisquer ganhos obtidos nunca durariam.

Os olhos de Sam também se encheram de lágrimas.

― Mas não era mentira. Você realmente se machucou por ela. Você teve que atirar em si mesmo para obter informações sobre a mãe dela! Isso não é mentira! ―

― Já chega, Sam. Mentir é errado, é isso. Você pode ir agora. ―

Sam hesitou, mas o tom e as maneiras de Brendan claramente não toleravam nenhum desafio, então ele concordou e, cerrando os dentes, saiu.

Brendan fumou um cigarro atrás do outro, enquanto ganhava tempo, esperando que Deirdre se acalmasse o suficiente. Mas, querendo notícias, telefonou para a governanta, sentindo os dedos trêmulos de nervoso.

Antes mesmo de ter a ligação atendida, ouviu passos e correu para a sala de estar, onde encontrou Deirdre. Ela parecia praticamente a mesma de antes, mas seu rosto estava visivelmente tenso por ter sido exposto ao vento cortante de fora da mansão. Brendan ficou sem ar e se aproximou da jovem, em uma tentativa de medir sua temperatura.

― Dee? ―

Mas, a jovem apenas se esquivou dele.

Foi Engel quem explicou:

― O vento frio não fez bem para ela. Ela passou mal. Vou ajuda-la com um banho quente e deixar que descanse um pouco. ―

Os olhos de Brendan estremeceram.

― Ela está bem? ―

A governanta deu um sorriso triste.

― Como poderia? ―

Os olhos de Brendan ficaram frios e distantes:

― Sinto muito por ter causado tudo isso ― disse ele, com sinceridade.

O peso das palavras pegou a governanta de surpresa. Era a primeira vez que via alguém da alta sociedade, que agia como um rei, pedindo desculpas tão sinceras para uma serviçal.

― Seu Brighthall, por favor! Não diga isso! Eu estava apenas fazendo meu trabalho. Além disso, nós... não teríamos encontrado aquele homem maldito se eu não tivesse entrado na loja de roupas de bebê... nada disso teria acontecido. ―

― Um homem? ―

― Sim. ― Engel parecia arrependida. ― Ele alegou ser irmão de um cara de Surstate... não lembro o nome... então disse à Dee um monte de coisas que eu realmente não entendi. Ele falava que o irmão estava preso por sua culpa e que não tinha sequestrado o amigo da Dee... algo assim. Não fez sentido para mim. Mas o que importa é que Dee não acreditou e queria saber diretamente de você, por isso voltamos e... bem... você já sabe... ―

Brendan sentiu uma pontada aguda no peito. Deirdre decidira não acreditar no irmão de Henry, o que significava que ela esperava que não fosse verdade. Ela esperava poder acreditar em Brendan.

Apenas para voltar para casa e ter todo o seu mundo destruído, mais uma vez.

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