Ciclo de Rancor romance Capítulo 914

‘Então, a dondoca está no Hospital de Neve?’ Charlene abriu as cortinas, revelando o prédio bem em frente ao bar em que estavam hospedados. ‘Mas, que coincidência! Como eu poderia perder essa chance de foder Deirdre um pouquinho mais?’

Sem responder Engel, Charlene desligou a ligação e decidiu mandar uma mensagem, fingindo ser o magnata:

“Estou no hotel em cima do Nyx’s Pub. Bebi demais ontem à noite. Estou com dor de estômago. Se houver algum remédio de alívio, por favor, traga um pouco para mim. Acho que é hora de conversarmos.”

Depois de garantir que o endereço estava correto, Charlene enviou a localização para o número de Engel e excluiu todo o histórico de conversas e mensagens de texto de Brendan.

Então, colocou o telefone de volta onde estava.

Acompanhando pela janela, observou a governanta e Deirdre saindo do hospital.

Enquanto isso, a porta do banheiro se abriu e Brendan emergiu com o cabelo preto molhado e desgrenhado. O empresário vestia a mesma camisa do dia anterior e tentava suavizar os vincos e marcas de amassado. Então pegou o telefone e estava pronto para sair.

― Bren? ― Charlene o observou se mover e saiu da cama, mordendo os lábios. ― Você já está indo? ―

― Sim. ― Ele lançou um olhar insondável para ela. ― Tenho uma reunião mais tarde, esta manhã. O que você quer? ―

Charlene abaixou os olhos, com tristeza no rosto.

― Eu... eu pensei muito sobre o que aconteceu ontem à noite, e eu estava pensando... Não pode ser bom se eu ficar grávida e Deirdre ficar sabendo, não é? Além disso, você também não iria me querer grávida. Então, talvez você devesse dizer a Sam para me comprar algumas pílulas do dia seguinte, e eu as consumirei aqui e agora. ―

Mencionar a possível gravidez fez Brendan afundar em um silêncio pensativo. Quando finalmente respondeu, seu tom era distintamente estoico.

― Nós vamos nos casar, então qual é o problema? Sua gravidez não tem nada a ver com Deirdre. Ela não pode interferir na minha vida. ―

A apatia do homem a agradou. O momento estava quase próximo e a jovem chegaria a qualquer instante. Dando um passo à frente, Charlene perguntou timidamente:

― Cale a boca! ― trovejou Deirdre, levantando a cabeça para revelar um par de olhos vermelhos e lábios trêmulos. Ela respirou com dificuldade, algumas vezes, antes de se acalmar o suficiente para encarar Brendan. ― Eu liguei para você ontem à noite. Eu disse que não estava me sentindo bem. Pedi que me levasse ao hospital. Por que você não retornou? ―

― Noite passada? ― Brendan, atordoado, virou-se para Charlene.

A jovem parecia um pouco ansiosa, mas Brendan respondeu rapidamente:

― Eu acabei bebendo demais, foi por isso. Mas que bom que tudo se resolveu, você parece bem, agora. ―

― Senhor Brighthall! ― Engel não podia acreditar no que ouvia. Seu coração estava doendo. ― Dee não se sentiu bem por um dia inteiro, ontem. Ela nem conseguia dormir! Nós fomos para o hospital esta manhã por causa disso, e isso... Isto é o que você decidiu dizer a ela!? ―

O rosto de Deirdre estava pálido, mas foi precisamente esse tipo de expressão que incentivou Charlene a colocar mais lenha na fogueira.

― Ora! Deixa disso, senhora Engel! Isso é muito duro com Brendan, você não acha? Ele bebeu demais ontem à noite, certo? Eu estava aqui cuidando dele porque ele estava bêbado! Você não acha que é um pouco egoísta exigir que ele cuide de Deirdre, quando não está em condições nem cuidar de si!? ―